Ele vem “Yeshua”

Mentes abortivas

 


Cúmplices da destruição da criação de Deus
 


Deus disse para crescer e fecundar a Terra e não para crescer, se esquecer do criador e matar as criaturas.


Muitas vezes com linguagem sutil e discurso de liberdade, pessoas defendem a morte de seres inocentes e indefesos.


Muitas feministas afirmam que defender o aborto é defender o direito das mulheres de fazer o que quiserem com os próprios corpos. Isto é uma falácia já que se defende o direito da mulher de fazer o que quiser com o próprio corpo e se esquece que está tirando o dereito do outro (do bebê) e muitas vezes este outro que cresce e se desenvolve é uma “mulher” assim como a que aborta.


Fator interessante é que em certas situações o aborto é defendido porque uma criança ainda é um ser “inútil”. Estas teorias tomam o ser humano por objeto onde se deve avaliar a utilidade da coisa em si. Sendo assim, do ponto de vista da utilidade ou não do ser humano, nós poderemos daqui uns anos matar também as pessoas que estarão fora do mercado de trabalho e não serão úteis ao sistema.


Tenhamos os olhos abertos: o ser humano não faz parte dos materiais descartáveis que usamos todos os dias! Ele é obra primordial de Deus que fez boas todas as coisas, mas sobretuto, se alegrou com a maior e melhor de todas as suas criaturas.


Vivendo em um país onde ser assassinado e estraçalhado é quase uma coisa normal, onde o ser humano em si não tem valor e onde os poderosos deste mundo usam de ideologia para contruir homens bombas (que na maioria são pessoas sem esperança de futuro), posso perceber que o que mais temos de bonito no nosso Brasil é a paz entre as pessoas, por mais que existam violência e crimes. Esta paz pode ser ameaçada com atitudes como aborto, eutanasia e outros mais, porque não digo somente do contexto social e jurídico, mas da mentalidade de aceitação do pecado contra a vida.


O pecado contra a vida é grave porque não prejudica somente a vida pessoal mas tira a vida de outro ser, tirando o direito do outro de gozar do Dom precioso doado pelo criador: a vida.


Muitas pessoas choram e se sensibilizam quando vêem as notícias de que tantas pessoas foram assassinadas na luta de gangues no Rio de Janeiro, na luta do tráfico em Belo Horizonte principalmente nos grandes conglomerados das periferias, nas catástofres naturais na Ásia, ou no quotidiano massacre na África e aqui no Oriente Médio, assim como nas guerras de guerrilhas em alguns recantos da terra como por exemplo na América Latina.


Toda esta comoção é diluída no apatismo social de pessoas que se sentem incapazes de fazer algo. Porque estas pessoas não começam por defender a vida em seus próprios bairros?


Talvez seja mais fácil chorar com as notícias da TV do que defender abertamente a vida e proclamá-la como dom de Deus quando sabemos que nossos próprios familiares e ou vizinhos planejam cometer um assassinato chamado aborto.


Talvez seja belo chorar quando se vê uma tragédia, mas não tão bonito ser tachado como “piegas” porque se defende a vida como dom de Deus.


A vida cristã mais do que nunca nos exige opções fundamentais pela vida e pelo autor de toda a vida. Não é coerente chamar Deus de “Pai Nosso” se tiramos o direito dos outros de virem à vida.


Se fazemos ou auxiliamos ao aborto cometemos o pecado próprio em si, mas se somos omissos com a mentalidade que legítima o aborto e eutanasia somos pecadores por omissão.


Pensem bem: o dever do cristão é defender e lutar a favor da vida. Mesmo que os governos aceitem estas crueldades, nós cristãos temos que lutar com a oração e com atos concretos para que a vida seja sempre defendida!


Faça a sua parte e saiba que Deus estará com você a defender a vida de seus filhos, nossos irmãos!


Aurélio Miranda
terrasanta@cancaonova.com

Sexualidade

 


Defesa dos valores cristãos, morais e éticos 
 
Certa vez, alguém definia afetividade como “capacidade humana de formar vínculos”. Pensemos: quanto tempo é investido em deixar-se conhecer e em descobrir as características do outro que podem despertar admiração (e não atração)? Como é aproveitada a presença e a ausência da pessoa: será que já se sabe conviver com a saudade sem se deixar dominar pela insegurança? Como promover vínculos mais “profundos”, que se diferem dos comuns nesses tempos de “pouco papo” e rítmo acelerado?


Na maioria das vezes, alguns valores como intimidade, partilha, conhecimento e transparência são soluções a muitas dificuldades conjugais.


Quanto ao papel social no desenvolvimento da sexualidade, em algumas palestras ministradas a adolescentes, costumo pedir que os rapazes e moças diferenciem atitudes juvenis das de “homem” e “mulher”. Normalmente eles apresentam dificuldades em responder e quando inverto o desafio, normalmente encontro especialistas naqueles que seriam os perfis de maturidade com os quais podem ser caracterizados “homens” e “mulheres”. É interessante observar como eles se mostram completamente contrários à possibilidade de namorarem “imaturos”. No entanto, quando lhes pergunto com qual perfil cada um se identifica, é comum o silêncio tomar conta do ambiente, podendo-se concluir que o jovem adquire bem cedo a capacidade de identificar o que quer, mas parece encontrar dificuldades para se tornar o que precisa. A situação parece refletir a confusão que muitos jovens vivem: “(…) não faço o bem que quereria, mas o mal que não quero” (Rm, 7, 19). Parece existir uma consciência do que deve ser feito, mas nem sempre bons exemplos são encontrados para se espelharem e amadurecerem de forma adequada. E é dessa forma que muitas pessoas atravessam a adolescência “atropelando” algumas fases, com a obrigação de, sozinhos, encontrarem as respostas para suas angústias e dúvidas. O caminho mais fácil (e mais prejudicial) é o de se deixar levar pelo que é mostrado na maioria dos canais de televisão, nos quais a vida é passada de forma descompromissada, sem os fundamentos de maturidade necessários para o relacionamento a dois. A falta de coerência, de capacidade de fazer renúncias, de compreensão e de autodomínio fazem com que muitos adultos ajam como adolescentes irresponsáveis.


Relacionar a sexualidade com a vocação traz um elemento precioso: considerar a vida como um Dom de Deus, e confiar na felicidade que Ele reserva àqueles que respondem ao Seu chamado, pois é assim que a sexualidade se torna uma forma a mais de experimentar a intimidade com Deus. Muitas histórias bonitas, com testemunhos de realidades impossíveis, vêm sendo construídas pelos que aceitam o desafio de amadurecer, pois estão atentos às conseqüências dos seus atos e entendem que o amor relaciona-se muito mais a uma decisão de se doar do que a um estado emocional, pois poderá ser resultante de escolhas infelizes, que mesmo quando saudáveis, são transitórias e não englobam a riqueza do encontro entre duas pessoas.


 



Kleuton Izídio Brandão e Silva
Psicólogo
 

O valor de uma vida!

 


O consenso não é o correto, o bom senso é o certo.


 Nem tudo que todos concordam é o certo, no dia 11 de fevereiro será votada em um plebiscito em Portugal a aprovação do aborto. Isso já foi votado, mas ainda não foi aprovado.


 Hoje os que são a favor da morte, que vivem essa cultura de morte, que promovem a camisinha, a depravação, a destruição da pessoa humana, porque o que se vive hoje só destrói.


 São Pedro nos Atos dos Apóstolos diz é preciso obedecer mais a Deus do que aos homens.


 Pois quando legitimizamos coisas como estas as pessoas se enganam e fazem o que é errado, matam e nem percebem que morrem também.


 A mãe que mata o filho de seu ventre destrói-se interiormente e se não se abrir à misericórdia de Deus não só seu corpo morrera, mas também sua alma.


 O demônio querendo ser como Deus e não conseguindo diz: Já que não posso destruir a Deus vou destruir suas criaturas.


Ele não pode entrar em nosso coração, mas pode colocar uma capa que vai enrijecendo, tornando tão duro quanto à pedra.


E nos tornamos omissos e a assim a violência acontece.


 E Jesus diz:


Diante do mal só podemos reagir com o bem. Pois o amor gera o bem.


Abrace a vida, mas não no silêncio, pois hoje falsos profissionais de saúde indicam a pirula do dia seguinte, onde afirmam que o aborto não acontece… Isso é mentira!


 Pelo menos 99% de nossos problemas seriam solucionados se tivéssemos coragem de viver a verdade, não nos omitindo diante do errado.


 Pois se não o fizermos acabaremos crucificando-nos uns aos outros.


Sem Deus não há amor, sem Deus começaremos a matar o fruto de nosso ventre e através disto crucificaremos a vida.


Saiba que tua decisão tem um preço. O preço do pecado é a morte, a decisão é por Cristo, é a porta estreita, é cruz, mas é a vida eterna.


Lute em favor da vida.



Simoni Adriani Alberti

Em favor da vida !


A questão da defesa da vida em Portugal (II)

Entrevista a Pe. Nuno Serras Pereira, liderança do movimento em defesa da vida no país


LISBOA, segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007 (ZENIT.org).- Pe. Nuno Serras Pereira reflete sobre temas relevantes do contexto pró-vida na atualidade, especialmente em Portugal, no período que antecede o referendo sobre o aborto, que acontecerá em 11 de fevereiro.


Sacerdote franciscano, pe. Nuno Pereira é escritor e uma das lideranças mais expressivas do movimento em defesa da vida, em Portugal, como pensador e militante pró-vida.


A primeira parte desta entrevista pode-se ler em Zenit, 4 de fevereiro de 2007.


–Quais as expectativas dos movimentos em defesa da vida nesse momento histórico, que antecede o referendo de 11 de fevereiro?


–Pe. Nuno Serras Pereira: Com os olhos postos em Deus e confiados na intercessão da Santíssima Virgem Maria combatem o bom combate, na Esperança que o Não ao aborto ganhe o referendo e seja ponto de partida para novos triunfos da vida. Providencialmente o referendo foi marcado para o dia de Nossa Senhora de Lurdes, e em peregrinação a Fátima fomos pedir à Mãe, que é a mesma, que nos conduza e nos ampare.


–Como tem sido a atuação da Igreja em Portugal, nesse período, especialmente o envolvimento dos padres e bispos na causa da vida?


–Pe. Nuno Serras Pereira: Eu creio que nós, como Igreja, temos graves culpas e que devíamos fazer uma ação de penitência pública pedindo perdão a Deus por elas. É demasiado fácil acusar um passado que mal conhecemos e que não vivemos, e ignorarmos os nossos próprios pecados. Para dar um só exemplo, basta referir que em nome de ideologias “pastorais” se profana a Santíssima Eucaristia, com gravíssimo escândalo público, admitindo à Sagrada Comunhão políticos e outras figuras conhecidas, que pública e obstinadamente fazem campanha por e votam leis que admitem o aborto.


Felizmente, o Conselho Permanente da Conferência Episcopal foi muito claro ao afirmar com todas as letras que os católicos “devem votar não”. Também o Senhor Cardeal Patriarca advertiu que a doutrina da Igreja “obriga em consciência todos os católicos”. Tem-se assistido, geralmente falando, a um empenho sério, determinado e constante dos Senhores bispos e dos sacerdotes. Mas o mais impressionante ainda é assistir a uma enorme mobilização dos fiéis leigos como há muitas décadas não se via em Portugal. Como escrevi num texto recente, a propósito deles, “são inúmeros os membros da resistência de quem nos devíamos aproximar com uma reverência semelhante à de Moisés diante da sarça-ardente. Neles, não obstante as suas fragilidades de barro, torna-se verdadeiramente presente Aquele que disse: Eu Sou Aquele que Sou – para vós; operando prodígios que confundem os adversários”.


–O Papa Bento XVI, em sua encíclica “Deus Caritas Est” afirmou que “quem reza não desperdiça o seu tempo, mesmo quando a situação apresenta todas as características duma emergência e parece impelir unicamente para a ação”. Qual o papel da oração no bom combate em favor da vida?


–Pe. Nuno Serras Pereira: Desde sempre que o número 100 da encíclica O Evangelho da vida que faz um chamamento urgente à oração (e ao jejum) em ocasiões especiais mas também no dia a dia das comunidades cristãs e das famílias, foi para nós uma referência. Embora batalhemos com toda a determinação agindo sabemos bem que tudo depende da oração. Por isso, não só rezamos como pedimos a todos os mosteiros de contemplativos que, como Moisés orando de braços erguidos no monte, nos garantam o bom sucesso do combate como Moisés o garantiu às tropas comandadas por Josué contra as de Amalech.


O Papa Bento XVI com os seus contínuos e repetidos ensinamentos sobre a vida e a família tem sido uma fonte de enorme inspiração e encorajamento para todos nós.


–A partir da sua vivência, por que a mensagem da Igreja (o valor da sã doutrina) tem encontrado, ultimamente, grandes dificuldades de chegar à base da sociedade, principalmente em relação à moral sexual? Quais os fatores que mais interferem? E que respostas a dar diante disso?


–Pe. Nuno Serras Pereira: Eu creio que o peso desmesurado da publicidade, dos meios de comunicação social e do ensino da escola estatal dificultam muitíssimo um ambiente são em que a verdade possa ser respirada e vivida. Penso, porém que há outros fatores a ter em conta. Grande parte de dignitários na Igreja mais ou menos afetados pelos efeitos devastadores da revolução sexual, em nome de uma recusa do puritanismo em que porventura alguns terão sido educados, renuncia ao anúncio da verdade e do significado da sexualidade. Uns desistiram, outros são indiferentes e outros ainda cúmplices na deformação sexual. E, no entanto, a Igreja nos dias de hoje dispõe dum meio excelente e singular para se fazer ouvir e entender. Refiro-me às catequeses sobre a Teologia do Corpo do Papa João Paulo II. Onde esta verdade tem sido anunciada tem gerado conversões e transformações prodigiosas.


Depois importa muito lutar pelo ensino livre, para que possam ser as famílias a escolher livremente, sem serem penalizadas, o tipo de educação que querem para os seus filhos. Nos dias de hoje a salvação da vida e da família joga-se em grande parte na educação livre. O Estado totalitário procura subtrair os filhos à influência dos pais.
Finalmente, os pais têm o grave dever de velar para que os seus filhos não sejam expostos de qualquer maneira ao que passa na TV, ao que se encontra nos vídeos jogos e na Internet.


–Por que o relativismo parece ter mais força? Diante dessa mentalidade, tem sido muito difícil testemunhar os valores da família, num contexto de apologia explícita a modelos que contrariam os fundamentos da própria civilização. Muitos dizem que é falta de informação. Mas só isso é insuficiente. Faltam mais coisas. A família vem sendo agrilhoada, em todos os aspectos. Por que a evangelização, nesse sentido, tem sido cada vez mais difícil, e tem encontrado maior resistência?


–Pe. Nuno Serras Pereira: Há grupos minoritários e extremamente bem organizados dotados de enorme poder econômico e político que pretendem destruir a família fundada no matrimônio entre um homem (varão) e uma mulher. A pessoa reduzida a indivíduo, sem uma teia de relações vinculantes, destituído das referências filiais/paternais e fraternas, torna-se presa fácil para qualquer manipulador. O homem sozinho torna-se indefeso e rende-se a tudo. Perde a noção da sua dignidade e abdica de toda a liberdade, prestando consentimento à sua própria escravatura. O poder de sedução desses grupos que dominam a propaganda encontra um aliado fácil na fraqueza ou fragilidade do coração humano ferido pelo pecado. O Papa Bento XVI tem indicado o caminho de redenção com toda a clareza, importa segui-lo.


Poderia nos indicar dez propostas de políticas públicas em favor da família e da vida humana?


–Pe. Nuno Serras Pereira: Como sacerdote não é a mim que me compete dar soluções técnicas concretas para os problemas existentes. Isso faz parte das competências dos leigos.


No entanto, sempre posso adiantar que a política tem de estar centrada na dignidade da pessoa humana, desde o momento da concepção até à morte natural, e na família fundada no matrimônio entre um homem e uma mulher. As políticas não poderão penalizar os casais e as famílias, quer economicamente, quer facilitando o divórcio e as uniões de fato. O Estado deve garantir a liberdade de ensino e de educação. E subsidiariamente incentivar a natalidade.


–Poderia nos indicar, do mesmo modo, algumas propostas de ações pastorais, para uma promoção realmente mais eficaz da Igreja (religiosos e leigos) em sua missão de salvaguardar a família e a dignidade da pessoa humana?


–Pe. Nuno Serras Pereira: 1 – a) Garantir que ao longo de toda a catequese esteja presente o Evangelho da Vida, em particular no que diz respeito às questões do aborto e da eutanásia; b) Não admitir ao sacramento do Crisma qualquer jovem que não professe a verdade que a Igreja anuncia sobre estas questões; c) Por maioria de razão não aceitar nenhum catequista ou outro responsável eclesial que não adira ou tenha dúvidas sobre essa verdade.


2 – Que nos CPM e outro tipo de preparações para noivos ou casais se ensine a Teologia do Corpo do Papa João Paulo II e os métodos naturais de paternidade responsável.


3 – a) Que em todas as Missas em que se reze a Oração Universal, haja, pelo menos, uma intenção pela defesa da vida; b) Que as Paróquias, Congregações e Ordens Religiosas, e Movimentos organizem (em cooperação uns com os outros ou não) ocasiões excepcionais de oração pela vida); c) Que na catequese e noutras realidades eclesiais se reze habitualmente orações como a que o Papa João Paulo II na sua encíclica nos proporcionou ou a de Nossa Senhora do Ó ou qualquer outra adequada e aprovada.


4 – Que ao longo do ano os sacerdotes façam várias homilias sobre o tema, aproveitando festas como a da Anunciação, por ex, ou leituras que venham a propósito, ou, uma vez que a homilia também pode versar sobre isso, a antífona de entrada ou a oração da coleta, etc. Podem encontrar-se muitas sugestões em www.priestsforlife.org .


5 – Que as Dioceses ou a nível nacional se organizem ações de formação para o Clero sobre o Evangelho da Vida, em particular no que diz respeito à formação das consciências. Importa ainda dar uma formação específica sobre as relações entre a lei civil e a lei moral, sobre as leis intrinsecamente injustas, etc; sobre direitos humanos e sobre a verdadeira democracia.


6 – É necessária uma particular atenção aos políticos católicos. A maioria parece ter um conceito relativista da democracia, que é obviamente incompatível com a fé e a lei natural, Depois são de uma ignorância e de uma ingenuidade extraordinárias no que diz respeito às questões morais, às questões de defesa da vida, da sexualidade, da educação, etc. Não basta emitir notas pastorais ou outro tipo de documentos nem deixá-los à mercê de conselheiros espirituais ignorantes ou dissidentes, embora com grande projeção midiática, em relação à verdade anunciada pela Igreja para o bem de todos. Creio que seria indispensável um contacto personalizado da parte dos seus Pastores e propor-lhes formação adequada ao seu nível cultural apostando em encontros ou convênios especificamente dirigidos a eles e sem recear convidar gente estrangeira qualificada para conceder essa formação.


7 – Julgo que também seria urgente que em cada Diocese os Pastores convidassem os católicos de maiores responsabilidades políticas e sociais pedindo-lhes pessoalmente que se empenhassem, desde já, em ações concretas de defesa da vida, procurando organizar-se, não só para impedir alargamentos da lei atual do aborto, mas também para abolir a lei 6/84, o DIU, a contracepção de emergência, etc.: Pede-se «aos Pastores, aos fiéis e aos homens de boa vontade, em especial se são legisladores, um renovado e concorde empenho para modificar as leis injustas que legitimam ou toleram essas violências. Não se renuncie a nenhuma tentativa de eliminar o crime legalizado … » (João Paulo II, Discurso aos participantes no encontro de estudos, pelo 5º aniversário da encíclica Evangelium Vitae (5º aniv. EV), 4) E ainda: Não «há nenhuma razão para aquele tipo de mentalidade derrotista que considera que as leis que se opõem ao direito à vida – as que legalizam o aborto, a eutanásia, a esterilização e os métodos de planejamento familiar que se opõem à vida e à dignidade do matrimônio – são inevitáveis e até quase uma necessidade social. Pelo contrário, são um gérmen de corrupção da sociedade e dos seus fundamentos.». (5º aniv. EV, 3).


8 – É preciso que se cumpra o cânon 915 do Código de Direito Canônico: Não se pode dar a Sagrada Comunhão a quem legisla, favorece, se conforma, vota ou faz campanhas por leis intrinsecamente injustas, como a que admite o aborto. É certo que qualquer Pároco tem o dever, depois de um juízo prudente, de negar a Sagrada Comunhão a quem perseverar obstinadamente nesse pecado, isto é a quem não se arrepender, retratando-se publicamente. No entanto, uma palavra autorizada dos Senhores Bispos, à semelhança do que têm feito alguns Arcebispos nos USA e em outros países, poderia ser de grande encorajamento e servir para a formação das consciências. Não se pode deixar de reconhecer que o respeito pelo culto e pela reverência devida a Deus e a Seu Filho sacramentado, o cuidado pelo bem espiritual dos próprios, a necessidade de evitar escândalo, e a preocupação pelos sinais educativos e pedagógicos para com o povo cristão e para com todos, pedem que se pare, de imediato, com este gravíssimo escândalo de admitir à Sagrada Comunhão políticos e outros com responsabilidades no aborto.


9 – As instituições e os meios de comunicação social da Igreja não devem convidar nem admitir para nelas trabalhar, palestrar ou conferenciar pessoas com responsabilidades públicas no aborto ou seus apoiadores.


10 – Os órgãos de Comunicação Social da Igreja têm de ser exemplares na fidelidade ao Evangelho da Vida. Não podem dar azo a ambigüidades. Devem conceder uma formação habitual e constante através de artigos ou de programas sobre as diversas vertentes do Evangelho da Vida. O critério de escolha para as pessoas a convidar, não deverá depender do peso midiático, dos títulos, mesmo eclesiais, mas da competência e da fidelidade à verdade que a Igreja anuncia. Basta de induzir os católicos em erro apresentando-lhes como verdade a doutrina adulterada e falsificada.


11 – Continuar o apoio às instituições de apoio às mães grávidas, às mulheres que abortaram e todos os que estiveram envolvidos nalgum aborto, às crianças em risco, aos idosos desamparados.


12 – Constituir equipas de leigos e padres que percorram o país de ponta a ponta, e não só as paróquias, dando formação sobre o Evangelho da Vida.


13 – É preciso que Fátima se transforme no centro do anúncio e da celebração do Evangelho da vida em Portugal e na Europa. Nossa Senhora, em 1917, advertiu que se não se fizesse o que Ela pedia a Rússia espalharia os seus erros pelo mundo inteiro. Ora a Rússia foi o primeiro país do mundo a legalizar o aborto. Além disso, como recorda João Paulo II, nas questões do aborto e da eutanásia dá-se uma “guerra dos poderosos contra os débeis”, e como todos sabemos a mensagem de Fátima está intrinsecamente ligada com a Paz. Também o Papa Bento XVI na sua última mensagem para a paz advertiu que “o aborto e as pesquisas sobre os embriões constituem a negação direta da atitude de acolhimento do outro que é indispensável para se estabelecerem relações de paz estáveis.”.


14 – Garantir uma formação fiel à verdade anunciada pelo Magistério da Igreja nos seminários e na Universidade Católica Portuguesa.


–No Brasil, o “Movimento Legislação e Vida” vem buscando uma atuação junto aos parlamentares para evitar a aprovação de leis antivida. As pesquisas dizem que 97% da população brasileira é contra o aborto, mas 70% dos nossos parlamentares são a favor. Isso quer dizer que os representantes do povo não estão em sintonia com o que realmente pensa a maioria da sociedade. Os lobbys anti-vida agem no Congresso, porque sabem que é mais fácil fazer a cabeça dos parlamentares do que de toda a população. Como o senhor vê essa situação? E como é essa realidade em Portugal?


–Pe. Nuno Serras Pereira: Quanto a mim, tem sido muito descuidada a formação dos católicos no respeitante à hierarquia de valores e ao comportamento na vida política. Para um discernimento verdadeiro em quem votar para nosso representante importa muito estudar a Nota Doutrinal da Congregação para a Doutrina da Fé “sobre algumas questões relativas à participação e comportamento dos católicos na vida política” (16. 01. 2003).


[Entrevista concedida ao professor e jornalista Hermes Rodrigues Nery]


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O amor é possível !

 
O amor é possível, assegura Bento XVI aos jovens do mundo



Em sua mensagem por ocasião da Jornada Mundial da Juventude 2007

CIDADE DO VATICANO, segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007 (ZENIT.org).- Bento XVI enviou uma mensagem aos rapazes e moças do mundo, por ocasião da Jornada Mundial da Juventude 2007, na qual se propõe um único objetivo: mostrar-lhes que o amor é possível.

«Cada pessoa sente o desejo de amar e de ser amado. Contudo, que difícil é amar, quantos erros e fracassos deve-se registrar no amor! Há quem inclusive chega a duvidar se o amor é possível», reconhece o Santo Padre em sua carta.

«Mas se as carências afetivas ou desilusões sentimentais podem fezer-nos pensar que amar é uma utopia, um sonho inalcançável, devemos nos resinar?», pergunta o bispo de Roma.

«Não! — responde. O amor é possível», e explica que o objetivo de sua mensagem consiste em «contribuir a reviver em cada um de vós, que sois o futuro e a esperança da humanidade, a fé no amor verdadeiro, fiel e forte».

«Um amor que gera paz e alegria; um amor que une as pessoas, fazendo-as sentir-se livres no respeito mútuo», declara na mensagem por ocasião da Jornada que se celebrará no mundo, no âmbito diocesano, no próximo Domingo de Ramos, 1º de abril.

A carta papal ilustra três momentos ou realidades que permitem aos rapazes e moças do mundo chegar ao «descobrimento» do amor.

Em primeiro lugar, o Papa lhes explica que Deus é a «fonte do amor». «Deus é amor» diz o Papa, citando a primeira carta de João (4, 8. 16); isso «não quer dizer só que Deus nos ama, mas que o próprio ser de Deus é amor».

Em segundo lugar, Jesus constitui a revelação plena do amor de Deus.

«Como o Deus-Amor se manifesta a nós»?, pergunta o Papa; e responde: «Ainda que na criação já estão claros os sinais do amor divino, a revelação plena do mistério íntimo de Deus se realizou na Encarnação, quando o próprio Deus se fez homem».

«Em Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, conhecemos o amor em todo o seu alcance», insiste.

«A manifestação do amor divino é total e perfeita na Cruz, indica, citando São Paulo, quando diz que ‘a prova de que Deus nos ama é que Cristo, sendo nós ainda pecadores, morreu por nós’».

«E mais — insiste –, o Crucificado, que depois da ressurreição leva para sempre os sinais da própria paixão, destaca as ‘falsificações’ e mentiras sobre Deus, que se ocultam sob o manto da violência, a vingança e a exclusão.»

«Cristo é o Cordeiro de Deus, que carrega o pecado do mundo e erradica o ódio do coração do homem. Esta é sua verdadeira ‘revolução’: o amor.»

O Papa chega assim ao terceiro momento de sua reflexão ou realidade com a qual quer que os jovens descubram ou redescubram o amor: a experiência do amor de Cristo deve levar a «amar o próximo como Cristo nos ama», afirma.

«Já no Antigo Testamento, Deus havia dito: ‘Amarás teu próximo como a ti mesmo’ — recorda –, mas a novidade de Cristo consiste no fato de que amar como Ele nos amou significa amar todos, sem distinção, também os inimigos, ‘até o extremo’.»

A carta conclui ilustrando «o segredo do amor», ou seja, o «indispensável apoio da Graça divina».

«Só a ajuda do Senhor nos permite fugir da resignação frente à enormidade da tarefa a levar a cabo, e nos infunde o valor de realizar o que humanamente é impensável», indica.

E para isso, recomenda aos jovens que descubram a Eucaristia, «a grande escola do amor».

«Quando se participa de forma regular e com devoção da Santa Missa — explica –, quando se transcorre, em companhia de Jesus eucarístico, prolongadas pausas de adoração, é mais fácil compreender a largura, a longitude, a altura e a profundidade de seu amor, que excede todo conhecimento.»

O Papa se encontrará com todos os jovens do mundo de 15 a 20 de julho de 2008 em Sydney (Austrália) por ocasião da Jornada Mundial da Juventude (http://www.wyd2008.org).


ZP07020505