Ele vem “Yeshua”

B- Reflexão-testemunho acerca do milagre



Reflexão-testemunho acerca do milagre
       
Escrito por Elbson Araujo do Carmo  
  


Nossos sacrários mantêm entre nós a realidade da Encarnação: ‘O Verbo se fez carne e habitou entre nós…’ E habita ainda verdadeiramente presente entre nós, não somente de uma maneira espiritual, mas com seu próprio Corpo – ‘Ave verum corpus, natum de Maria Virgine’ canta a Igreja diante do SS. Sacramento: ‘Salve verdadeiro corpo, nascido da Virgem Maria, corpo que sofreu verdadeiramente e foi verdadeiramente imolado pela salvação dos homens’.


Esta presença real da carne de Cristo (é uma carne viva, unida à alma e a divindade do Verbo, pois Jesus esta hoje ressuscitado) é admiravelmente manifestada pelo milagre de Lanciano. Um milagre que dura 12 séculos e que a ciência acaba de examinar, e diante do qual, ela teve que se inclinar.


Sim, um milagre, e bem destinado ao nosso tempo de incredulidade. Pois, como diz São Paulo, os milagres são feitos não para aqueles que crêem, mas para os que não crêem. Ora, hoje em dia, um certo número de cristãos da Presença Real, mesmo depois que o Papa Paulo VI, no documento ‘ Mysterium Fidei’, recordou-lhes claramente este dogma. Querem admitir, a exemplo dos protestantes, apenas um presença espiritual do Cristo na alma daquele que comunga; mas os sinais sacramentais do pão e do vinho consagrados seriam puros símbolos, tal como a água do batismo, que não é e não permanece senão simples água, ainda que significando e realizando pela palavra que a acompanha – a purificação da alma. Depois da comunhão, as hóstias que não houvessem sido consumidas, dizem eles, não seriam mais, nesse caso, senão pão, podendo ser atiradas fora como coisas profanas… A própria discrição com que, em certas igrejas, cercam o sacrário, já manifesta esta falta de fé profunda na presença real, e portanto, na palavra onipotente do Cristo: ‘Isto é meu Corpo! Isto é meu sangue!’ Eis porque Deus permitiu para todos que duvidam da presença eucarística do Cristo ou que a negam, que um milagre, que dura há mais de 12 séculos, fosse nos últimos anos, posto em evidência e verificado pela própria ciência.


Por minha parte, eu ouvira falar do milagre de Lanciano, mas o fato me havia parecido tão forte, que desejei tomar conhecimento dele e julgá-lo por mim mesmo no próprio local. A pequena cidade Italiana de Lanciano nos Abrozzes encontra-se a 4 km da estrada de rodagem Pescara-Bari, que contorna o Adriático, um pouco ao sul da Pescara e de Chies. Em uma igrejinha desta cidade, igreja dedicada a S. Legoziano ( que se identifica com S. Longiano, o soldado que transpassou o coração de Cristo com a lança na cruz), no VIII século, um monge basiliano durante a celebração da Missa, depois de ter realizado a dupla consagração do pão e do vinho, começou a duvidar da presença na hóstia e no cálice, do Corpo e do Sangue do Salvador. Foi então que se realizou o milagre: diante dos olhos do Padre, a hóstia se tornou um pedaço de carne viva; e no cálice o vinho consagrado torna-se verdadeiro sangue, coagulando-se em cinco pedrinhas irregulares de formas e tamanhos diferentes. 


Quiseram, em nossos dias, verificar a autenticidade do milagre, e 18 de novembro de 1970, os Frades Menores Conventuais que têm a seu cuidado a igreja do Milagre decidiram, com a autorização de Roma, a confiar a um grupo de peritos a análise científica daquelas relíquias, datadas de doze séculos.As pesquisas foram feitas em laboratório, com estrito rigor, pelos professores Linoli e Bertelli, este último da Universidade de Siena. A 4 de março de 1971, estes cientistas davam suas conclusões, que em inúmeras revistas de ciência, do mundo inteiro divulgaram em seguida. Ei-las:


‘A Carne é verdadeiramente carne. O Sangue é verdadeiro sangue. Um e outro são carne e sangue humanos. A carne e o sangue são do mesmo grupo sangüíneo (AB). A carne e o sangue são de uma pessoa VIVA. O diagrama deste sangue corresponde a de um sangue homano que tenha sido retirado de um corpo humano NAQUELE DIA MESMO. A Carne é constituída de tecido muscular do CORAÇÃO (miocárdio). A conservação destas relíquias, deixadas em estado natural durante séculos e expostas à ação de agentes físicos, atmosféricos e biológicos, permanece um fenômeno extraordinário’.



Inútil dizer-vos que nesta igreja, celebrei a Missa votiva do Santíssimo Sacramento com uma fé renovada: o senhor, por meio de tal milagre vem, verdadeiramente, em socorro de nossas incredulidades.


E depois que foram conhecidas as conclusões dessa pesquisa científica, os peregrino vem de toda a parte venerar a Hóstia que se tornou carne e o vinho consagrado, que se tornou sangue.


Quanto a mim dois fatores me espantam. O primeiro é que se trata de carne e sangue de uma pessoa VIVA, vivendo atualmente, pois que esse sangue é o mesmo que tivesse sido retirado, naquele dia mesmo, de um ser vivo!


É bem uma prova direta de que Jesus Cristo ressuscitou verdadeiramente, que a Eucaristia é o Corpo e o Sangue de Cristo glorioso, assentado a direita do Pai e que, tendo saído do túmulo na manhã da Páscoa, não pode mais morrer. Tantas tolices tem sido ditas, nesses últimos anos, contra a ressurreição do Cristo! Algum, desejariam, com emprenho que essa ressurreição não fosse senão um símbolo, elaborado como que um mito pela piedade muito ardente dos primeiros cristãos!…Ora, eis eu a ciência vem de certo modo, em nosso socorro. Foi verdadeiramente na carne que o Cristo morreu e foi verdadeiramente também na carne, que Jesus ressuscitou no terceiro dia. E a mesma Carne –verdadeira carne nos é dada vida na Eucaristia, para que possamos viver da vida de Cristo! Não é a carne de um distante cadáver, mas uma carne animada e gloriosa. Portanto, vendo a Hóstia consagrada, posso dizer como o Apóstolo Tomé, oito dias depois da Páscoa quando colocou os dedos nas chagas de Cristo ‘ Meu Senhos e meus Deus’ é bem a carne viva do Deus vivo!’



Um segundo fato impressiona-me ainda mais: a Carne que lá esta é a carne do Coração. Não a carne de qualquer parte do Corpo adorável de Jesus, mas a do músculo que propulsiona o Sangue – e por tanto a vida – ao corpo inteiro, do músculo que é também o símbolo mais manifesto e o mais eloqüente do amor do Salvador por nós. Quando Jesus se entrega a nós na Eucaristia, é verdadeiramente seu próprio Coração que ele nos da a comer, é ao seu amor que nós comungamos, um amor manso e humilde como esse Coração mesmo, um amor poderoso e forte mais que a morte, e que é o antídoto dos fermentos de morte física e espiritual que carregamos em nossa ‘carne de pecado’.


A Eucaristia é, na verdade, o dom por excelência do Coração de Jesus. S. João nos diz no começo do capítulo XIII de seu Evangelho, antes de nos falar do preparativos da ultima Ceia de Jesus: ‘Tendo amado os seus que estavam no mundo. Ele os amou ate o fim’. Não tanto querendo significar: ate o fim de sua vida terrestre, mas ate os últimos excessos de onde poderia chegar a ternura de um Deus feito homem, do Amor infinito, tornando carne: Meu Coração é tão apaixonado de amor pelos homens’ dira um dia o Cristo em Parayle-Monial, revelando seu Coração a Santa Margarida Maria. Uma paixão que o conduzi a cruz, que torna hoje presente sobre nossos altares em nossos sacrários e até em nossos corações. Esta declarado em nosso Credo que Jesus, depois de sua morte, desceu aos infernos’. Ressuscitado vivo, ele ai desce ainda hoje: ele vem à lama de nossos corações para arranca-los dessa lama. Ele vem a esses lugares de morte eterna. Ele vem em nossos corações, nos quais entrou o pecado – arrancar-nos da morte eterna e fazer-nos viver de sua vida divina. Seu Coração imaginou tudo isso, para testemunhar-nos –e de maneira singularmente eficaz – seu afeto se limites. Guardemos isto, em todo o caso: na Eucaristia eu recebo o Cristo todo inteiro, mas é verdadeiramente que se da e que eu como.


Não tínhamos também nós, necessidade de revigorar a nossa fé na Eucaristia? E não foi sem razão que Deus permitiu que o milagre de Lanciano, antigo de 12 séculos e sempre atual, nos fosse apresentado hoje pela própria ciência, por esta ciência que alguns queriam colocar em oposição com a fé ou que a pudesse substituir. Fiz questão de comunicar-vos as reflexões que me inspirou o conhecimento deste milagre, e a emoção profunda que ele produziu em minha alma. Agora que me aproximo do SS. Sacramento com renovado respeito à ação de graças, adoração, amor renovados. E não duvido que vos tendo comunicado o que eu mesmo descobri em Lanciano, não tenhas também vós, diante da
divina Eucaristia um sentimento mais vivo da presença do Verbo feito Carne que vem habitar em nós, o Cristo ressuscitado, que nos ama com uma ternura infinita entretanto humana.


Jesus o prometeu: ‘Eis que estou convosco até a consumação dos séculos. Sim, até o fim do mundo. Ele, o Verbo tornado Carne, desce em nossa carne e nos fez viver de sua vida eterna e gloriosa…


É assim que o Milagre de Lanciano, desafiando a ação do tempo e toda a lógica da ciência humana, se apresenta aos nossos olhos como a prova mais viva e palpável de que o ‘Comei e bebei todos vós, isto é o meu Corpo que é dado por vós’, mais do que uma simples simbologia, como possa parecer, é o sinal divino de que no Sacramento da Comunhão está o alimento do nosso espírito, da nossa fé, da nossa esperança nas Promessas de Cristo, para nossa Salvação:


‘Aquele que come a minha Carne e bebe o meu Sangue tem a vida eterna, e eu o ressucitarei no último dia.’ (Jo 6,55).



 

B- Os dados Históricos


O Pronunciamento Científico
        

 
Foi em novembro de 1970 que os Frades Menores Conventuais, sob cuja guarda se mantém a Igreja do milagre (desde 1252 chamada de S. Francisco), decidiram, devidamente autorizados, confiar a dois médicos, de renome profissional e idoneidade moral, a análise científica das relíquias. Para tanto, convidaram o Dr. Odoardo Linoli, Chefe de Serviço dosHospitais Reunidos de Arezzo e livre docente de Anatomia e Histologia Patológica e de Química e Microscopia Clínica, para, assessorado pelo Prof.Ruggero Bertelli, Prof. Emérito de Anatomia Humana Normal na Universidade de Siena, proceder os exames.


Após alguns meses de trabalho, exatamente a 4 de março de 1971, os pesquisadores publicaram um relatório contendo o resultado das análises:


A Carne é verdadeira carne.


O Sangue é verdadeiro sangue.


A Carne é do tecido muscular do coração (miocárdio, endocárdio e nervo vago).


A Carne e o Sangue são do mesmo tipo sangüíneo (AB) e pertencem à espécie humana.


Coincidência extraordinária: É o mesmo tipo de Sangue (AB) encontrado no Santo Sudário de Turim.


Espanta: trata-se de carne e sangue de uma Pessoa Viva, vivendo atualmente, pois que esse sangue é o mesmo que tivesse sido retirado, naquele mesmo dia, de um ser vivo.


No Sangue foram encontrados, além das proteínas normais, os seguintes minerais: cloretos, fósforo, magnésio, potássio, sódio e cálcio.


A conservação da Carne e do Sangue, deixados em estado natural por 12 séculos e expostos à ação de agentes atmosféricos e biológicos, permanece um fenômeno extraordinário.


Outro detalhe inexplicável: pesando-se as pedrinhas de sangue coagulado (e todos são de tamanhos diferentes) cada uma delas tem exatamente o mesmo peso das cinco pedrinhas juntas! Deus parece brincar com o peso normal dos objetos.


E antes mesmo de redigirem o documento sobre o resultado das pesquisas, realizadas em Arezzo, os Doutores Linoli e Bertelli enviaram aos Frades um telegrama nos seguintes termos:


” Et Verbum caro factum est” = “E o Verbo se fez Carne!”
 
 

B- O milagre de Lanciano


HISTORICO




 
 







Há mais de 12 séculos aconteceu um grande milagre eucarístico na Igreja Católica. Por volta dos anos 700, na cidade italiana de Lanciano, viviam no mosteiro de S. Legoziano os Monges de S. Basílio e entre eles havia um que acreditava mais na sua cultura mundana do que nas coisas de Deus. Sua fé parecia vacilante, tinha dúvida de que a hóstia consagrada fosse o verdadeiro Corpo de Cristo e o vinho o Seu verdadeiro Sangue. Mas, a Graça Divina nunca o abandonou, fazendo-o orar continuamente para que esse insidioso espinho saísse do seu coração.



Foi quando, certa manhã, celebrando a Santa Missa, mais do que nunca atormentado pela sua dúvida, após proferir as palavras da Consagração, ele viu a hóstia converter-se em Carne viva e o vinho em Sangue vivo. Sentiu-se confuso e dominado pelo temor, diante de tão espantoso milagre, permanecendo longo tempo transportado a um êxtase verdadeiramente sobrenatural. Até que, em meio a transbordante alegria, o rosto banhado em lágrimas, voltou-se para as pessoas presentes e disse:



“Ó bem-aventuradas testemunhas diante de quem, para confundir a minha incredulidade, o Santo Deus quis desvendar-se neste Santíssimo Sacramento e tornar-se visível aos vossos olhos. Vinde, irmãos, e admirai o nosso Deus que se aproximou de nós. Eis aqui a Carne e o Sangue do nosso Cristo muito amado!”



A estas palavras os fiéis se precipitaram para o altar e começaram também a chorar e a pedir misericórdia. Logo a notícia se espalhou por toda a pequena cidade, transformando o Monge num novo Tomé.



A Hóstia-Carne apresentava, como ainda hoje se pode observar na foto acima, uma coloração ligeiramente escura, tornando-se rósea se iluminada pelo lado oposto, e tinha uma aparência fibrosa; o Sangue era de cor terrosa, coagulado em cinco fragmentos de forma e tamanho diferentes.
Serenada a emoção de que todo o povo foi tomado, e dadas aos Céus as graças devidas, as relíquias foram agasalhadas num tabernáculo de marfim, mandado construir pelas pessoas mais credenciadas do lugarejo.



A partir de 1713, até hoje, a Carne passou a ser conservada numa custódia de prata, e o Sangue, num cálice de cristal.



Aos reconhecimentos eclesiásticos do Milagre a partir de 1574, veio juntar-se a pronunciamento da Ciência moderna através de minuciosas e rigorosas provas de laboratório.

A- As pesquisas com o Santo Sudário

Pesquisas


Carbono-14 – O Carbono-14 (C-14) é um método científico descoberto pelo Dr. Willard Libby, que busca datar a idade de materiais como o tecido através da quantidade de partículas de Carbono-14 encontradas no mesmo. Isso é possível porque os átomos de Carbono-14, que são radioativos, surgem na atmosfera da terra quando os raios cósmicos reagem ao nitrogênio do ar, e são absorvidos por plantas como o linho, material do Santo Sudário. A cada 5.700 anos a quantidade de Carbono-14 no tecido cai pela metade e, utilizando-se de métodos químicos e matemáticos torna-se possível datar a idade do material em questão. No caso do Santo Sudário, no entanto, este teste só veio trazer mais dúvidas. O primeiro resultado situou o linho no período de 1260-1390 d.C. Este disparate que negava a existência de Jesus Cristo ocorreu porque os cientistas não levaram em consideração os incidentes ocorridos com o Santo Linho, como os incêndios de 1516 e 1532, que podem ter reduzido a quantidade de C-14 no tecido, alterando a datação em até 600 anos. Após inúmeras controvérsias e testes anulados, o próprio inventor do método, Dr. Libby, se negou a utilizar o C-14 na datação do Santo Sudário. A última comprovação foi feita em 1995, quando o cientista russo Dimitri Kouznetsov demonstrou experimentalmente os efeitos do incêndio de 1532 sobre a quantidade de C-14 no Linho, datando-o então no século I d.C.



Sangue humano no tecido – Os responsáveis pelos estudos de sangue no Sudário são John Heller e Baima Bollone, que comprovaram a presença de hemoglobina, ferro, proteínas, porfirina, albumina e sangue tipo AB, fator RH positivo na trama do Linho. Esta comprovação anula a hipótese de que a imagem possa ter sido feita por um artista, pois nem mesmo o mais perfeccionista dos pintores plásticos seria capaz de utilizar pelo menos 5 litros de sangue humano e, à pinceladas, constituir a imagem que é vista no Sudário. Além disso, o linho possui diversas camadas, e o estudo do sangue existente nas fibras comprova ter sido este absorvido pelo contato, pois nem todas as camadas estão impregnadas. Isto seria impossível de conseguir se fosse uma fraude.



MOEDAS SOBRE AS PÁLPEBRAS – A partir da análise das fotos feitas do Santo Sudário, três cientistas da NASA, com poderosos amplificadores microscópicos, puderam detectar a presença de duas pequenas moedas, uma sobre a pálpebra do crucificado e outra mais abaixo. Com um estudo aprofundado e o auxílio da mais alta tecnologia, pode-se afirmar serem as moedas dos anos de 26 a 36, cunhadas por Poncius Pilatos em homenagem à sua mãe. Este fato comprova a história e a contemparaneidade do Sudário de Cristo e ajuda profundamente a situar o Santo Sudário na época correta. Estudos realizados por Mario Moroni confirmam a existência destas moedas no tempo de Pilatos.



Síntese



A autora da obra La Sindone, un’immagine ‘impossíbile’, Emanuela Marinelli, do Centro Romano de Sindonologia, traduzida para o português com o título O Sudário – Uma imagem ‘impossível’ elenca as seguintes conclusões em seu estudo sobre as pesquisas feitas sobre o Sudário:


Esse pano tem as características de um tecido funerário hebraico do século I, proveniente da área palestinense.
Esse homem sofreu uma crucifixão romana do século I, com particularidades desconhecidas na Idade Média, mas em sintonia com as descobertas histórico-arqueológicas posteriores.
Esse corpo sofreu os tormentos descritos nos evangelhos, também nas particularidades ‘personalizadas’.
Esse sangue humano se coagulou sobre a pele ferida e passou para o tecido por fibrinólise, com modalidades irreproduzíveis com pincel.
Esse cadáver, posto no lençol cerca de duas horas depois da morte, permaneceu por 30 a 36 horas sem sinais de putrefação.
Essa imagem em negativo não é nem pintura, nem estampa, nem chamuscadura. É uma projeção do corpo, a qual codificou em si informação tridimensional e é como se houvera sido impressa no tecido por um fenômeno foto-radiante.
Esse lençol não tem sinais de deslocamentos; ele se afrouxou e se abaixou porque ficou vazio.

A- Opiniões sobre o Sudário


Opiniões


A ciência vem estudando o Santo Linho há vários anos. Equipes interdisciplinares harmoniosas e livres, ao estudarem o Sagrado Linho, têm a impressão que é a descrição figurada dos Evangelhos. O mistério que cerca o Sudário exige muita humildade, pesquisa e estudos sinceros, pois a responsabilidade é grande.


 


Grupo STURP


 


Este grupo era formado por 40 cientistas americanos, especializados nas mais diversas áreas: biologia, genética, química, física, entre outras. Os diversos estudos e testes realizados comprovaram em vários aspectos a autenticidade do Santo Sudário, e os resultados foram oficialmente divulgados após a reunião de encerramento, convocada em maio do ano 1981, em Nova Londres. Apenas um dos componentes do grupo afirmou que o Sudário era uma falsificação, Walter McCrone, mas seu embasamento teórico era falho e este sequer compareceu às reuniões para defender sua tese. Enfim, o Grupo STURP foi fundamental para precisar a veracidade do sangue humano encontrado no Sudário e, sendo assim, a vida e morte de Cristo.


 


Opiniões


 


O Pe. Giuseppe Ghiberti, teólogo de Turim, assim se manifestou sobre as pesquisas de 1966: “Creio que, antes de mais nada, toca à ciência avaliar esta última descoberta. Se fôr tida como genuína, as conseqüências da mesma não serão desprezíveis. Ter-se-á uma nova modalidade de evidência histórica que até hoje nenhum documento escrito e nenhuma peça arqueológica nos proporcionaram”.


 


O Cardeal de Turim e Guardião do Santo Sudário, Giovanne Saldarini, após as pesquisas, declarou: “Ninguém jamais tentou servir-se do Sudário de Turim para provar a fé cristã. A fé não se funda sobre imagens, nem sobre relíquias, nem sobre descobertas científicas. Doutro lado, se se pode demonstrar que o Sudário reproduz realmente a imagem de Jesus Cristo, os não crentes terão mais dificuldade para sustentar a incredulidade”.


 


“A imagem, acentua o Cardeal, nos apresenta o seguinte problema: estamos nós contemplando mera criação artística, ou, ao contrário, a verdadeira figura de Jesus como era após a sua Paixão e Morte? Esta não é uma questão de fé. Os fiéis gozam de absoluta liberdade para crer ou não crer nos dados fornecidos.”


 


Ítalo A. Chiusano – escritor – “Para mim, depois da publicação do resultado do negativo do exame com o C-14, a questão do Sudário se torna uma questão aberta. Agora o ônus da prova compete aos cientistas. Tocará a eles explicar-nos todas as questões: dos pólens, da tridimensionalidade, do negativo, das coincidências históricas e arqueológicas, das moedas de Pôncio Pilatos sobre os olhos do cadáver, da ausência de decomposição, da impossibilidade de que ele tenha sido pintado etc. Os cientistas terão, portanto, muito trabalho. Trabalho tão longo que, antes que termine, talvez apareça uma prova de que esse lençol é do tempo de Cristo. E então não comemoraremos vitória como fizeram os ‘carbonistas’ (do carbono-14), mas agradeceremos humildemente ao Senhor e saberemos que essa é, em todo caso, só uma imagem do Filho de Deus, que não tem necessidade de imagem porque seu Sudário está dentro da alma de cada um de nós.”


 


Lamberto Schiatti – Jornalista e Sacerdote – “Resta a pergunta: ‘E vós, quem dizeis que eu sou?’ Por isso, o Sudário continua a apaixonar a opinião pública, desafiando a ciência e provocando crentes e não-crentes com o fascínio de um mistério que cada um queria ver definitivamente descoberto. No silêncio da morte, o Homem do Sudário interpela a humanidade como Cristo, há dois mil anos: ‘E vós, quem dizeis que eu sou?’ A resposta não é fácil, porque reconhecer Cristo morto e ressuscitado significaria abalar a existência. O Sudário, como Cristo, não tem pressa. Parece não temer o tempo. O ‘sinal de Jonas’ não se impõe. Tem paciência e espera. Não pode ser cancelado. É mudo, mas interroga-nos com seu silêncio. O Sudário se cala, mas faz a ciência falar.”


 


Ignazio Del Vecchio – padre passionista – “Podemos também acrescentar que, para os tempos modernos, o Sudário é o que foram a estupendas catedrais e maravilhosas esculturas e pinturas para os tempos passados: um grande ‘livro’, mediante o qual todos, indistintamente, são introduzidos e levados à compreensão do maior mistério da humanidade, o do amor e do sofrimento de Deus”.


“Parece, – continua o padre passionista, – que Jesus repete aos estudiosos atônitos as palavras que dirigiu ao incrédulo Tomé, na noite da oitava de Páscoa: ‘Põe teu dedo aqui e vê minhas mãos; estende tua mão e põe-na no meu lado e não sejas incrédulo, mas crê’ (Jo 20,27). Nessa altura, é necessário que o espanto da ciência dê lugar às ‘maravilhas’ da fé. Não basta preparar a lista dos sinais dos sofrimentos presentes no Homem do Sudário. Não basta a veracidade das marcas, e não é suficiente afirmar que a figura impressa nesse lençol é a do Jesus histórico. É necessário acrescentar, por exigência de honestidade, que se trata do Cristo da fé, daquele que venceu a morte e ressuscitou. É certo que o Sudário nunca pretendeu provar a ressurreição de Cristo. Sabemos que a prova decisiva da ressurreição nos vem exclusivamente da Sagrada Escritura, da tradição apostólica e da Igreja, à qual damos nossa adesão de fé. Mas, desde que o Sudário se apresenta corno o pano autêntico que envolveu o corpo de Cristo descido da cruz, já não podemos tirar-lhe um título, ao qual ele tem direito: se ele ‘conheceu’ Cristo morto, ‘conheceu’ também Cristo ressuscitado. Seu papel pode, pois, ser chamado de testemunhal. Será talvez por isso que o mistério da ressurreição, acolhido por um ato de fé, atinge-nos com vibrações novas e com intensidade ampliada. Deve-se, por isso, admitir que é necessário estabelecer com o Sudário um diálogo assíduo, sincero e livre de qualquer recusa preconceituosa. Um verdadeiro diálogo de fé. É necessário ouvir o convite de Jesus aos seus contemporâneos incrédulos: ‘Crede, ao menos, por causa dessas obras’ (Jo 14,11). E as maravilhosas obras de Deus não são nem poucas, nem pequenas. O Sudário oferece uma resposta documentada e providencial à profunda necessidade de devoção cristológica ‘moderna’. A nós, cristãos, cabe o dever de acolher, preservar e difundir esse testemunho.”


 


Papa Paulo VI – “Olho esse rosto e todas as vezes que o olho, o coração me diz: é Ele. É o Senhor.” Dizia ainda: “Grande sorte, portanto, a nossa, uma vez que essa figura do santo Sudário nos permite contemplar alguns traços autênticos da adorável figura física de nosso Senhor Jesus Cristo e socorre o nosso desejo, hoje tão ardente, de poder conhecê-lo também visivelmente! Recolhidos diante de tão preciosa relíquia, crescerá em nós, crentes ou profanos, o fascínio misterioso dele, e ressoará em nossos corações a admoestação evangélica de sua voz, convidando-nos a procurá-lo onde ele ainda se esconde e se deixa descobrir, amar e servir em figura humana: ‘Cada vez que o fizestes a um desses meus irmãos mais pequeninos, a mim o fizestes’ (Mt 25,40)”.


 


Cardeal Anastásio Ballestrero – “Sabemos que, no Sudário, a imagem misteriosa do homem crucificado impressiona. É um sinal ao qual podemos nos referir para tomarmos mais viva nossa meditação sobre a paixão e a morte do Senhor. Um sinal no qual podemos inspirar-nos para vermos nesse homem crucificado não só o Senhor Jesus, no qual cremos e que amamos e adoramos, mas também todos os irmãos crucificados, aos quais estamos ligados pela caridade do Evangelho e nos quais podemos e devemos amar o Salvador.” … “A torturada imagem do Sudário pode tomar-se o retrato de cada pessoa que vive na fé sua paixão pessoal, aceitando sua dor, e compreendendo o fermento de esperança e o poder de transfiguração que a Cruz oferece à vida. O Homem do Sudário, nu, sem nenhuma soberba, sem nenhuma arrogância, sem nenhuma violência, interpela-nos com a sacralidade da dor e com a majestade da paz, e, por assim dizer, constrange-nos a sermos melhores. Esse rosto nos traspassa e nos seduz!”


 


Papa João Paulo II – “Uma relíquia extraordinária e misteriosa, e, – se aceitarmos os argumentos de muitos cientistas, – uma testemunha singularíssima da páscoa, da paixão, da morte e da ressurreição. Testemunha muda e, ao mesmo tempo, surpreendentemente eloqüente!”.


 


Escritor Françóis Mauriac“Naquela mísera carne, saída de um abismo de humilhações e de torturas, Deus resplandece com uma grandeza suave e terrível, e aquele rosto venerável pede talvez mais adoração do que amor.”