Ele vem “Yeshua”

Natal

 


O que é o Natal

(Do lat. = nascimento). 1. O mistério do Natal. Trata-se da vinda ao mundo e aparecimento entre os homens do Verbo Divino incarnado para salva­ção de todos. Rigorosamente, o momen­to da entrada do Filho de Deus na his­tó­ria dos homens deu-se com o SIM dito pela Virgem Maria aquando da Anun­ciação, que a Igreja celebra a 25 de Março, nove meses antes do Natal; e a sua apresentação oficial ao povo de Deus fez-se por altura da Circuncisão, quando lhe foi dado o nome de Jesus. Por isso, o novo ano começa (a 1 de Ja­neiro) na oitava do Natal, com festa hoje consagrada liturgicamente à Ma­ter­nidade divina da Virgem Maria.


2. O facto histórico. Segundo a tradição captada por S. Lucas (2,4-7), o nascimento de Jesus aconteceu em Belém de Judá, a terra do rei David, de cuja linha­gem era José, o esposo de Maria. O nascimento terá ocorrido no ano 6 ou 7 a.C. O início da era cristã, fixado por Dionísio, o Exíguo (c. sécs. V-VI), foi mal calculado, pois sabe-se que o rei Herodes morreu no ano 4 a.C. Quanto à data tradicional de 25 de Dezembro, já adoptada em Roma no ano 336, terá sido escolhida como forma de substituir, por uma festa cristã, a festa pagã do Natalis Solis Invictis, instituída pelo impe­rador Aureliano, em 274, celebrada no Solstício de Inverno, 9 meses depois do Equinócio da Pri­ma­vera, a 25 de Março, segundo o Calen­dário Juliano. Na Igreja do Oriente, o Natal, como manifestação ou “Epifa­nia” de Jesus, celebra-se no dia 6 de Ja­neiro; e mesmo hoje, em alguns países, como a Espa­nha, é neste dia que se trocam as prendas de Natal.


3. Celebração litúrgica. Depois da Páscoa, que celebra o mistério da Redenção, o maior dia festivo do Ano Litúrgico é o Natal. A sua cele­bração é preparada pelo tempo do Ad­vento, polarizado pela figuras bíblicas de Isaías, João Baptista e Ma­ria, adensando-se nos dias 17 a 24; e prolonga-se pelo tempo do Natal até ao domingo a seguir à Epifania. Parti­cula­ridade do Natal é a de, no seu dia, se poderem cele­brar (com intenção livre) três missas: a da Meia-Noite ou do Galo (desde o séc. V), a da Aurora (desde o séc. VI) e a do Dia (a que primeiro foi instituída, no séc. IV). Modernamente, foi acrescentada mais uma, para a celebração vespertina do dia 24. Excep­cio­nal­men­te, pode juntar-se o Ofício das Horas à missa da Meia-Noite. Nas missas de Natal, às palavras do Credo “E incarnou…”, todos se ajoelham. A sole­ni­dade do Natal tem oitava, ao longo da qual se celebram várias festas com ele relacionadas: Sto. Estêvão (1.º mártir), S. João Evangelista (o discípulo pre­di­lecto), os Santos Inocentes e, no do­min­go (ou dia 30), a festa da Sagrada Famí­lia. Na oitava celebra-se a solenidade de Santa Maria Mãe de Deus, come­çan­do o novo ano sob a protecção de Nossa Senhora. No dia 6 de Janeiro (e, em Por­tu­gal, no domingo entre os dias 2 e 8) celebra-se a solenidade da Epifania ou manifestação de Jesus aos gentios re­pre­sentados pelos Magos do Oriente. O Tempo do Natal termina com a celebração do Bap­tismo do Senhor (no do­mingo depois de Epifania). A festa da Apresentação do Senhor, de temática relacionada com o Natal, faz a transição para a Páscoa, pela profecia de Simeão sobre o que Maria havia de sofrer pelo seu Filho.


4. O Natal na piedade popu­lar. O Na­tal goza de grande popularidade, por focar Jesus Menino no am­bien­te fami­liar. São tradições ligadas ao Advento a coroa de ramos com quatro velas que se vão acendendo sucessiva­m­en­te nos quatro Do­min­gos deste tem­po; a novena do Natal, que se deve enquadrar no espírito dos dias 17 a 24, em que, nas Vésperas, se cantam as antífo­nas maiores ou do “Ó”, que deram o nome a N.ª Sr.ª do Ó (Senhora da Ex­pec­ta­ção ou do Bom Sucesso); e a pre­pa­­ração próxima do Natal. Com o Natal inauguram-se o presépio e a árvore do Natal armados nas igrejas, ca­sas, mon­tras de estabe­le­ci­mentos e até nos largos das povoa­ções. Na noite de Natal é costume reu­nirem-se as famílias para a ceia de alegre convívio, a que não devem faltar a evocação do Natal, e os tradicionais pratos, doces e bolos, o que contribui para o estreitamento dos laços familia­res. A festa da Sagrada Família é também oportunidade para uma liturgia doméstica. Na noite de passagem do ano, celebra-se, em muitos lugares, o “mistério do tempo”, com exposição do SS. Sacramento e orações de agradecimento pelo passado e súplica de bênção para o futuro. No dia 1, formulam-se votos de bom ano e, desde de 1967, cele­bra-se o Dia Mundial da Paz. Na Epifania, conforme as regiões, faz-se o anúncio das festas do ano, trocam-se presentes, procede-se à bênção das ca­sas… Pasto­ral­mente tudo se deve fazer para contrariar a tendência para a paganização do Natal, com a figura exó­tica do Pai Natal (corrupção da figu­ra da S. Nicolau) e a transformação des­te santo tempo em época de intensa pro­mo­ção comercial. Embora já fora do tem­po do Natal, está muito ligada ao mis­tério do nascimento de Jesus a festa da Apresentação do Senhor (2 de Fe­vereiro) com a procissão das velas, bên­ção das mães e bênção dos nascituros. (Cf. DPPL 96-123). 
 
 

Quando o namoro chega ao fim

 



Nenhuma relação poderá ser mantida por apenas uma das partes
 



A novidade dos primeiros momentos de namoro traz para a vida um colorido diferente, um estímulo que nem a distância, nem as condições atmosféricas, por piores que possam parecer, poderiam fazer que os enamorados adiassem um encontro.


Para os casais mais românticos, trocas de cartões apaixonados, flores e, ultimamente, os “torpedos” por meio dos celulares, continuamente “explodem”, enchendo os corações dos apaixonados com mensagens de amor.


Após algum tempo, muitas vezes, lentamente, o romantismo, que se esperava durar por toda a vida, vai perdendo o empenho e a força. O desinteresse nos compromissos é justificado por “desculpinhas”, entre outras coisas, que originalmente não faziam parte do relacionamento. Há a impressão de que a relação parece estar sendo sustentada apenas por um dos namorados. As evidências apontam para caminhos que talvez o mais apaixonado dos dois não gostaria de assumir… Seja pelo longo tempo de convivência ou seja pela insistência em acreditar que ainda poderá haver o desejo de uma mudança concreta de comportamento do outro.


A cumplicidade nos objetivos comuns é a base de todo relacionamento sadio.
Cumplicidade esta que, acredito eu, repousa na predisposição às mudanças em razão da felicidade de quem amamos. Por que alguém haveria de insistir no namoro se não existe a mesma cumplicidade e empenho por parte do outro em manter o compromisso?


Acredito que nenhuma relação poderá ser mantida por muito tempo apenas por uma das partes. Por outro lado, o término de um relacionamento, normalmente acontece somente por um dos namorados. Com isso, aquele(a) que ainda se sente apaixonado(a), como que tomado por uma cegueira, poderá buscar uma reaproximação, mesmo sabendo que estava sendo parcialmente correspondido(a) em seus anseios. Será uma situação de difícil “digestão”, a qual apenas ferirá a auto-estima de quem foi abandonado.


Assim, será necessário um tempo para recompor suas emoções e até mesmo para avaliar o que foi vivido.


Em nossas convivências pessoais, aprendemos a acolher e a assimilar situações que antes poderíamos pensar não ser capazes de administrá-las; entretanto, essas experiências nos farão mais maduros e seguros. Mesmo que esse processo possa ser doloroso, tudo será útil e nos servirá de parâmetros de avaliação sobre as qualidades e interesses desejados para um futuro relacionamento, assim como, nos ensinará a ponderar sobre o nosso próprio comportamento e expectativas dentro da convivência numa vida a dois.


Ainda que você esteja meio atordoado(a) pelo sentimento ferido devido ao rompimento, a retomada das atividades simples de entretenimento e a convivência com amigos sempre serão importantes, pois do contrário, o fechamento e o medo do mundo tendem a levá-lo(a) a situações mais delicadas e de desânimo.


O nosso crescimento pessoal se faz com experiências e nem sempre o mundo nos poupará de viver somente as mais agradáveis.


Deus abençoe.


 José Eduardo Moura
webenglish@cancaonova.com
Missionário da Comunidade Canção Nova, trabalhando atualmente na na Fundação João Paulo II como tradutor do Portal Canção Nova na versão em inglês: www.cancaonova.net


24/10/2006 – 10h00 

Namoro ou amizade?


Quem não encontrou ainda um amor é considerado infeliz? 

  Na época de minha adolescência, era muito comum esta pergunta no meio da turma. Bastava um relacionamento entre um menino e uma menina estreitar-se um pouco mais, para que viesse o questionamento, quase sempre sarcástico: “É namoro ou amizade?”


Lembro-me de que quando essa pergunta me envolvia, tinha muita pressa em responder, antes que o garoto, que era só amizade. Certa vez, quase perdi até uma amizade, já que a opinião dele era diferente da minha.
Bem, são coisas que a gente lembra de repente e nos ajuda a compreender melhor alguns conceitos que mudam ou permanecem quando nos tornamos adultos.


Durante um bom período da minha vida, continuei pensando que não poderia unir as duas coisas: namoro e amizade. Até que compreendi, por força da experiência pessoal, mas também por testemunhar vários relacionamentos amorosos frutos da amizade, que na verdade, é possível dar uma resposta diferente diante do interrogatório que até hoje perdura.


Não tem de ser namoro ou amizade, pode ser namoro e amizade! Aliás, é bom que seja assim e até necessário. Se o casal não tem como base os princípios da amizade, como pode construir um relacionamento sadio e duradouro?


Com a “onda” de namoros virtuais que, infelizmente, só cresce nos últimos tempos, faz-se necessário ainda mais considerar a essência do namoro. Professor Felipe Aquino falando sobre o assunto diz: “O tempo de namoro é antes de tudo um tempo de conhecimento um do outro, mais por dentro do que por fora. E para conhecer o outro é preciso que ele ‘se revele’, se mostre como realmente é. A recíproca é verdadeira”.


Namoro é também uma questão de escolha, de meta que se tenha na vida. Já ouvi, muitas vezes, dizer que o casamento é um namoro que deu certo, de forma que se a meta for construir uma família sadia e abençoada, o namoro precisa começar assim.


Aristóteles, um dos grandes filósofos da antiguidade grega, já dizia que “o homem aspira duas grandes coisas: conhecimento e felicidade”. Platão e Epicuro acreditavam que felicidade é ter amigos. Com o passar do tempo e a descoberta do romantismo, passou-se a acreditar que “felicidade é ter encontrado um amor”. Mas espera aí? Neste caso, quem não encontrou ainda um amor é considerado infeliz? Se fosse assim, teríamos de considerar que todos os religiosos e celibatários que, por livre escolha, permanecem sozinhos dedicando sua vida ao serviço do Reino do Céus, seriam infelizes. E sabemos que não é isso que acontece.


Conheço religiosos felizes e realizados na sua vida celibatária; e casais que se declaravam apaixonados para sempre, e hoje, infelizmente, já não se amam tanto.


Acredito que a felicidade passa primeiro pelo aceitar amar-se a si mesmo como pessoa humana, imagem e semelhança de Deus. Sentindo-se assim, livre diante de Deus, você poderá escolher doar-se como amigo ou namorado e ser feliz amando, porque nascemos, sobretudo, para amar.



 Dijanira Silva
radioitabuna@cancaonova.com
Membro da Comunidade Canção Nova, atualmente trabalha na Rádio Canção Nova de Itabuna/BA. 11/06/2006 – 09h51 

A gravidade do aborto!

 


 A gravidade do aborto


A vida humana deve ser respeitada e protegida de maneira absoluta 
 


O Jornal “Folha de S.Paulo” (Rio de Janeiro, 20ago06) informou que uma pesquisa realizada com cerca de 5 mil jovens em três municípios do Brasil (Rio, Salvador e Porto Alegre) aponta que 16,7% das adolescentes abortaram o primeiro filho, e 45,9% dos rapazes tiveram namoradas que interromperam a primeira gravidez.


A pesquisa mostrou ainda que 15,5% das moças desejaram provocar aborto ao engravidar do primeiro filho, e 11,12% tentaram realizá-lo sem sucesso. Já entre os rapazes, 20% informaram que desejavam que suas parceiras interrompessem a gravidez. A pesquisa foi feita pela pesquisadora Greice Menezes. Segundo a pesquisadora, quem mais faz abortos são as jovens de maior renda e escolaridade. A pesquisa apontou que as mulheres que tinham nível de escolaridade médio ou superior completo relataram três vezes mais o desfecho do aborto na primeira gravidez do que as jovens de baixa escolaridade.


Em relação à renda, as moças que vinham de famílias cuja renda per capita era superior a um salário mínimo relataram ter recorrido ao aborto quatro vezes mais do que as jovens que vieram de famílias com renda inferior a este piso salarial.


Este dado quebra o argumento de que o aborto é uma “solução social”. Meninas de maior renda podem se submeter ao procedimento em clínicas particulares e ter atendimento médico. Já as mais pobres, segundo a pesquisadora, fazem uso de medicamentos abortivos e chás.


A Igreja condena radicalmente o aborto em todos os casos! Não é licito matar a criança no ventre materno; nem os animais fazem isso, ao contrário, defendem suas crias com valentia. Nem mesmo em caso de estupro pode se justificar o aborto, pois o punido pelo crime deve ser o estuprador e não a criança inocente!


A Igreja ensina no Catecismo da Igreja Católica (CIC) que:
“A vida humana deve ser respeitada e protegida de maneira absoluta a partir do momento da concepção. Desde o primeiro momento de sua existência, o ser humano deve ver reconhecidos os seus direitos de pessoa, entre os quais o direito inviolável de todo ser inocente à vida.


Antes mesmo de te formares no ventre materno eu te conheci; antes que saísses do seio, eu te consagrei (Jr 1,5).
Meus ossos não foram escondidos quando eu era feito, em segredo, tecido na terra mais profunda (Sl 139,15).” (§2270)


Desde o primeiro século a Igreja afirmou a maldade moral de todo aborto provocado. Já dizia a (Didaché 2,2) no século I: “Não matarás o embrião por aborto e não farás perecer o recém-nascido.” (Didaché 2,2)
O Concílio Vaticano II disse que: “O aborto e o infanticídio são crimes nefandos” (GS 51,3)
Também quem coopera com um aborto é igualmente culpado. Tanto a pessoa que pratica este crime como quem a ajuda são excomungados pela Igreja.


“A cooperação formal para um aborto constitui uma falta grave. A Igreja sanciona com uma pena canônica de excomunhão este delito contra a vida humana. “Quem provoca aborto, seguindo-se o efeito, incorre em excomunhão latae sententiae” (CDC, cân. 1398) “pelo próprio fato de cometer o delito” (CDC, cân. 1314) e nas condições previstas pelo Direito (CDC, cân 1323-1324). Com isso a Igreja não quer restringir o campo da misericórdia. Manifesta, sim, a gravidade do crime cometido, o prejuízo irreparável causado ao inocente morto, a seus pais e a toda sociedade.” (CIC §2272)


(A expressão latina latae sententiae significa “de sentença já promulgada” e indica que o transgressor incorre na excomunhão sem que a autoridade competente precise pronunciar-se.)



 Felipe Aquino
felipeaquino@cancaonova.com
Prof. Felipe Aquino, 57, é doutor e phD em Ciências pela UNESP. Casado há 34 anos e tem cinco filhos. Foi membro da Comissão Nacional da Renovação Carismática Católica (RCC), participa de encontros no país e no exterior. Escreveu 45 livros e apresenta dois programas semanais na TV Canção Nova: “Escola da Fé” e “Trocando Idéias”.
 21/08/2006

Aborto e maus tratos a crianças.

 


Aborto e maus tratos a crianças



Por vezes ouve-se dizer algo como “Eu defendo o aborto porque estou farto(a) de ver crianças abandonadas, maltratadas, a viver na miséria mais absoluta, na droga e na prostituição. Se todas as crianças fossem planeadas e desejadas, nada disto aconteceria e as próprias crianças seriam muito mais felizes.” Será que faz sentido?


1. O Dr. Philip Ney, professor de Psiquiatria da Universidade de British Columbia, publicou um estudo onde estabelecia claramente que o aborto –e a aceitação da violência que ele implica— levou a que tenha diminuído em muito a resistência psíquica, dos pais, à tentação de maltratar ou abusar dos filhos nascidos.


P. Ney, “Relationship between Abortion & Child Abuse,” Canada Jour. Psychiatry, vol. 24, 1979, pp. 610-620


2. O Professor Edward Lenoski estudou 674 casos de crianças maltratadas que tiveram de receber tratamento hospitalar. Para sua própria surpresa descobriu que 91% das crianças tinham sido planeadas e desejadas. Em média, nos EUA, só 63% das crianças são planeadas e desejadas. As mães começaram a usar roupa de grávida, em média, no dia 114, enquanto que a média nacional é 171; finalmente, 24% dos pais colocaram ao filho o seu nome enquanto a média nacional é de 4%.


E. Lenoski, Heartbeat, vol. 3, no. 4, Dec. 1980


3. “Depois da legalização do aborto nos EUA, enquanto a taxa de homicídios aumentou 39%, a taxa de infanticídios (crianças de um até quatro anos) aumentou 73%.”


Gus J. Sltman, M.D., University of Medicine and Dentistry of New Jersey, Robert Wood Johnson Medical School at Camden, letter to the editor, JAMA 269:2033, 10/21/92.


4. “Desde que há aborto a pedido, o número de crianças sujeitas a maus tratos tem aumentado continuamente”


Philip G. Ney, M.D., “Is elective abortion a cause of child abuse?” Sexual Medicine Today, June 1980


5. “Os defensores do aborto a pedido argumentam dizendo que todas as crianças devem ser desejadas –every child a wanted child—. Contudo, ha razões para crer que o aborto a pedido não só não resolveu o problema das crianças indesejadas, negligenciadas ou maltratadas, como piorou o problema.”


Philip Ney, M.D., “Relationship between abortion and child abuse,” Canadian Journal of Psychiatry 24:610, 1979


6. Na cidade de Aberdeen, na seqüência de uma bizarria jurídica, o aborto foi legalizado 12 anos antes de ocorrer a legalização em todo o Reino Unido. Portanto, a cidade de Aberdeen deveria ter a menor taxa de crianças não desejadas e conseqüentemente a taxa mais baixa de maus tratos. Curiosamente, Aberdeen tinha, no Reino Unido, a mais alta taxa de crianças abandonadas, maltratadas e negligenciadas.


Annual Report, Chief Medical Health Officer, Aberdeen, Scotland, 1972


7. No Japão existe aborto a pedido há mais de 35 anos. Seria de supor que todas as crianças fossem desejadas e bem tratadas. Contudo, “o número de infanticídios tem aumentado tanto que as assistentes sociais tiveram que fazer um apelo às mães japonesas, na televisão e nos jornais, para que não matassem os seus filhos.”


The Sunday Times, June 23, 1974


8. “Mais de um milhão de crianças, em 48 Estados, foram vítimas de maus tratos e de negligência em 1994. Isto representou um aumento de 27% em quatro anos.”


Child Maltreatment 1994: Reports from the States to the National Center on Child Abuse and Neglect


9. “As crianças deficientes ou retardadas não são mais vítimas de maus tratos que as crianças normais”.


Lynch and Roberts, “Predicting child abuse: Signs of bonding failure in the maternity hospital,” British Medical Journal 1:624, 1977


10. “A esmagadora maioria das gravidezes não planeadas originam crianças desejadas”.


Royal College of Obstetricians and Gynecologists of England.


11. Parece que não restam dúvidas: a legalização do aborto leva ao abuso, aos maus tratos e à negligência das crianças, pelo que, para acabar com todos estes horrores é preciso acabar com o horror supremo, o abuso máximo, o extremo mau trato: o aborto!


12. A escravatura foi sempre muito polêmica. Depois de discussões infindáveis chegou-se à conclusão que tudo se resumia nesta questão: o que é que distingue um preto de um branco para que o primeiro possa ser escravizado e o segundo não? Ninguém conseguiu responder a esta pergunta e isso bastaria para a escravatura não ter base lógica. Nos EUA, o problema foi resolvido por uma votação do Supremo Tribunal de Justiça: por 7 votos contra 2 ficou estabelecido que os pretos não eram pessoas e por isso podiam ser escravizados. O resultado é conhecido: uma Guerra Civil e duas emendas à Constituição.


13.O aborto foi sempre muito polêmico. Depois de discussões infindáveis chegou-se à conclusão que tudo se resume nesta questão: o que distingue um bebê por nascer do bebê nascido para que o primeiro possa ser torturado e morto e o segundo não? Ninguém conseguiu responder a esta pergunta e isso basta para que o aborto não tenha base lógica. Nos EUA, o problema foi resolvido por uma votação do Supremo Tribunal de Justiça: por, uma vez mais, 7 votos contra 2, ficou estabelecido que o bebê antes de nascer não é pessoa e por isso pode ser morto. Convinha que os defensores do aborto fossem razoáveis. Se defendiam o aborto para acabar com os maus tratos, devem ter a honestidade de combater o aborto quando se prova que este leva aos maus tratos!


14. Se não se consegue distinguir o bebê não nascido daquele que já nasceu, não há base lógica para defender o aborto e rejeitar o infanticídio. Assim, ou se rejeita a teoria do aborto para prevenir a miséria, ou matam-se as crianças miseráveis e defende-se o massacre da Candelária.


24/08/2006 – Roberto Martins
Fortaleza/CE – med_martin@oi.com.br