Ele vem “Yeshua”

O agir de Deus no sofrimento


 O agir de Deus nos meus sofrimentos


Confiar na hora da dor é difícil, mas é preciso
 
Às vezes, você pensa que Deus não o ouve? Que o seu choro e a sua dor somem no vento? Não, Deus não é surdo. Sabe que Seus filhos têm medo, que nossa fé é pequena, a ansiedade grande, e que, muitas vezes, somos infiéis. Mas Ele, mesmo assim, nos ama incondicionalmente e nos acolhe em Sua infinita misericórdia.


Quantas vezes nos sentimos completamente incapazes de dizer ou fazer qualquer coisa para aliviar a nossa dor e a daqueles que sofrem. E aí perguntamos: “Deus, por que será que passo por isso, mesmo quando O busco com meu coração repleto de amor? Será que o Senhor está querendo me ensinar alguma coisa através das situações dolorosas?” Não seria isso totalmente antagônico, se Deus é sinônimo de vida e de vitória?


Jesus nunca nos disse que não teríamos lutas neste mundo. Ao contrário, nos diz em Sua Palavra que no mundo sempre teremos aflições, mas que é preciso coragem, pois Ele venceu o mundo e quer nos dar a vitória! E o cristão que resolve buscar Deus em Sua plenitude, se aproxima d’Ele, mesmo na dor. É no sofrimento que caímos com nosso rosto por terra. Geralmente não é na alegria, quando tudo vai bem.


Deus nos prepara sempre. Se olharmos para a o início da nossa caminhada cristã – vamos observar que Ele nos carregou no colo nas piores situações –, como aprendemos com a famosa lição das “Pegadas na areia”, e que de alguma forma, nos deu a vitória. É Ele quem escolhe como ela será, quando irá acontecer e se estamos preparados ou não para recebê-la.


Deus recebe, acolhe e responde aos nossos pedidos. Mas no tempo d’Ele, porque Ele é o Senhor do nosso passado, do presente e também do futuro e, sabe o que passaremos lá na frente. Nossa ansiedade quer tudo para o agora, nosso coração enganoso faz escolhas erradas, e nossas opções, muitas vezes, não são as de Deus. Deveríamos ser prudentes e praticarmos Sua Palavra. Mas nossa natureza é dura. O Senhor sabe disso. Por isso sofremos. Confiar na dor é difícil, mas é preciso. O mais bonito no agir de Deus é que quando confiamos n’Ele nesses momentos, Suas bênçãos nos chegam repentinamente, no momento menos esperado.


Todo cristão deve crer que um dia todas as doenças, toda a dor, toda a tristeza, toda a frustração, todo o rancor serão curados e todos os dias maus – aqueles cruéis momentos em que esperamos, mesmo sem esperanças – serão recompensados. Mas enquanto isso, descansemos no colo do Pai, pedindo-Lhe que entre com Sua providência divina em nossas vidas. Basta darmos um único passo de fé. E não questionar onde Deus está quando somos acometidos pelos sofrimentos. Ele nos observa o tempo todo. E os permite para nos ensinar a repousar e a crer que Ele opera nas circunstâncias mais adversas. Deus trabalha assim. No silêncio. E quem somos nós para questioná-Lo?


Unida em oração,


 Ana Néri

É possível superar



É possível superar

Todos nós perdemos amigos, amores, empregos… 
 
Virtuoso na vida é quem sabe fazer uso até dos sofrimentos para crescer. Lutas e dores todos enfrentamos, porém, nem sempre sabemos tirar o devido proveito destas.
É penoso ver desmoronar nossos sonhos e idealizações, não é fácil perder oportunidades, e, principalmente, pessoas. A saudade de quem se ama – se não for bem digerida e saboreada – deixa em nós centelhas de ausência e abstração.
Não há flores no inverno, mas o frio também é belo, este nos possibilita a reflexão sobre a falta que nos faz a primavera.
Momento de dor é momento de crescer, de se cuidar, de valorizar o que se tem e o que se é. O sofrimento é uma oportunidade singular para repensarmos a vida e nos avaliarmos, colocando cada coisa em seu lugar.


:: Ouça a música: “Superar”::
(do CD Foi assim, de Dunga)


O silêncio e o vazio, – que a ausência de quem amamos deixa em nós – é por vezes desesperador, porém, diante de tal realidade temos a oportunidade de juntar nossos “pedaços existenciais” e recomeçar.
Até mesmo Jesus chorou quando perdeu seu amigo Lázaro. Ele enfrentou como a gente a dor da perda, revelando-nos que não é proibido sofrer e chorar.
Diante de tais desventuras temos o direito de sofrer, mas, não de estacionarmos em nossa dor, ao contrário, somos convidados a superá-la.
Cristo também experienciou a morte e a venceu, e n’Ele encontramos força para também vencê-la, pois, Seu amor e Sua presença são capazes de preencher as lacunas de nossas ausências e carências, tão próprias dos seres humanos.
Todos perdemos em um determinado momento da vida: perdemos amigos, amores, empregos, entes queridos, enfim, perder é uma realidade própria de quem é gente. Quem só quer vencer na vida, nunca se permitirá acrescentar algo com o ensinamento, que somente as perdas podem lhe proporcionar.
É maduro quem não se revolta, nem desanima diante de perdas e dores, e quem procura empregar sempre um sentido à sua dor.
Grandes vitoriosos da história alcançaram seus êxitos – em momentos de grande tribulação –, pois souberam fazer do sofrimento um trampolim para avançar e crescer.
O próprio Jesus nos ensina a crescer com a dor. Sua grande vitória, a Ressurreição, teve por alicerce a cruz e a desventura, evidenciando que a cruz não é somente um lugar de morte, mas também de superação.
Em Cristo, encontramos sentido para nosso sofrer, n’Ele percebemos que a cruz que precede nossos passos é a oportunidade singular, doada-nos pela vida, de recomeçarmos. Além do mais, foi pela cruz que Deus nos trouxe a vida e a paz, e é através dela, que também nós geraremos vida para todos aqueles que necessitarem de nossa ajuda.
A cruz é lugar de superação e de vida nova, e saiba que você não está abandonado nela, pois existe Alguém que o ama e faz questão de acompanhá-lo em suas cruzes cotidianas…


Coragem, é possível superar, sempre o é!


 Adriano Zandoná



Castidade


Castidade
 

 Sexualidade, relacionamentos e vida de oração


O que fazer para cultivar a castidade, pureza e a santidade? 



 
Para cultivar a castidade, a pureza e a santidade, o alicerce da sua casa precisa ser a vida de oração, como uma planta que recebe da sua raiz vida, força e vigor.


Essa vida não acontece com uma oração, com um terço de vez em quando, indo à missa somente aos domingos… Para homens e mulheres que assumem o compromisso de conversão, não é mais possível ir às missas só aos domingos. Com a sede de Deus que temos, precisamos buscar outras oportunidades para receber o alimento que nos guarda e nos prepara para o Céu: a Eucaristia.


A confissão precisa acontecer sempre que necessário. Depois que nos encontramos com Deus, não podemos continuar tendo idéias como: “Não vou me confessar porque o padre é um pecador como eu”. O que importa é a graça que a Igreja concedeu àquele homem de Deus através do sacramento da ordem, dando-lhe, em nome de Deus e da Igreja, o poder para perdoar os nossos pecados.


Durante algum tempo levei minha vida me confessando todo mês. Depois vi que era hipocrisia da minha parte, pois deveria me confessar sempre que necessário, e não esperar completar um mês para fazê-lo.


Aprendi que aquele que se confessa várias vezes, há anos, o mesmo pecado não é um fraco, mas um lutador. Está na luta, está agüentando firme. Continue se confessando e recebendo a cura, a graça de que você precisa. Fraco é quem se afasta da confissão porque não tem coragem suficiente para acusar-se diante de Deus que é amor. Se não tomarmos cuidado, vamos levando nossa espiritualidade de qualquer jeito.


Inventamos mil motivos para não ter profundidade na nossa vida espiritual, que é de fato aquilo que nos dá sustento. A boa semente que você recebeu precisa ser cuidada e a primeira coisa a fazer é resolver a sua vida de oração.


(…) Sua vida de oração precisa ser crescente. Chega de altos e baixos. Você precisa decidir o que quer fazer com o Deus da sua vida. Eu não durmo sem a Palavra de Deus, é uma regra para mim. Posso estar extremamente cansado, seja por qual for o motivo, na minha casa não tem cama sem Bíblia. A decisão de ter uma vida de oração muda radicalmente nossas vidas.


Não pense que você já está suficientemente forte para enfrentar este mundo em que vivemos. Acredito na espiritualidade que faz crescer quando me faz desligar a televisão e ir para o meu quarto rezar com a Bíblia. Acredito na espiritualidade quando meu amigo me telefona e diz: “Vamos sair? Vai ter um programa legal” ou “Vamos para um baile? Depois dormimos na casa de um colega”. E eu digo: “Olha, me desculpe, mas não fiz meu estudo bíblico ainda. Podia até ir, mas pode deixar para a outra semana?” Talvez possamos perder esse amigo, mas não acredito em nenhuma outra espiritualidade que não cresça dessa forma.


Deus toca naquilo que de fato nos faz feliz: nossa capacidade de amar. Você deve conhecer pessoas que possuem muito dinheiro, muitos bens, mas que não se tornaram amor e por isso são frustradas e infelizes. Deve conhecer também pessoas muito simples, algumas sem dinheiro, que tiveram uma vida pobre materialmente e nem tiveram o que comer, mas foram muito amadas e são pessoas íntegras. Você deve conhecer muitas pessoas que conheceram o mundo inteiro, viajaram, falam cinco idiomas e conversam sobre muitos assuntos, mas que não possuem o brilho nos olhos e o sorriso nos lábios. Essas pessoas não fizeram a experiência do amor.


(…) Se você não teve muito afeto, gerando em você carências, e com isso aconteceram as experiências sexuais com pessoas do mesmo sexo, despertando em você esse interesse, saiba que a luta é grande. O mundo manda fazer sua opção porque você é livre. É uma pressão enorme sobre sua pessoa. Mas, é preciso entender que sua íntima decisão de buscar a cura é fundamental. Não importa o fundo do poço no qual você se encontra é preciso decidir-se.


Não tenha medo e afaste-se das pessoas que alimentam em você todo e qualquer desregramento na sua afetividade e sexualidade. Sua luta será enorme. Mas também sua coroa será enorme.


.: Trecho do livro: A cura da nossa afetividade e sexualidade, Comunidade Canção Nova



Ricardo Sá

Tua Cruz


O Tamanho da Cruz
 


Um rei muito justo e bondoso que fazia tudo pelos seus súditos.


Certa vez ele prometeu que levaria todos os que merecessem para uma terra maravilhosa onde viveriam com abundância e segurança.
Mas, para merecer tal lugar, cada habitante deveria carregar uma cruz até a terra prometida, e isto significava uma caminhada de alguns dias.


Todas as cruzes tinham o mesmo tamanho, o que causou um protesto por parte dos mais fraquinhos.


Um deles, revoltado, resolveu dar um “jeitinho”: pegou a sua cruz e, no meio da caminhada, resolveu serrá-la e diminuir-lhe o tamanho para o peso que ele achava ser o mais justo para a sua capacidade.


Logo depois disto, todo o grupo se deparou com uma situação que os impedia de continuar a caminhada: havia um rio, com margens bem altas, íngremes e rochosas que impedia a passagem de todo o grupo. Foi quando um dos caminhantes teve a idéia de utilizar a sua cruz como ponte para atravessar o rio. Assim, todos descobriram que o tamanho da cruz era exatamente o da distância de uma margem a outra.


Todos atravessaram o rio e continuaram a sua caminhada com as respectivas cruzes até a terra prometida.


Todos, menos um, que perdeu a sua cruz levada pela correnteza do rio.


A melhor maneira de se levar uma vida bem sucedida é encarar as crises como oportunidades e os obstáculos do caminho como pontes para o sucesso.