A Vida Humana
O homem foi criado para ser integro, reto, incorruptível, portanto, com o fim de caminhar para a perfeição, pois Deus o criou à sua imagem, conforme sua semelhança.
As leis naturais, criadas por Deus, são plenas de sabedoria, e tem como único objetivo, o bem. Dentro de si, na sua consciência, o homem encontra tudo o que é necessário para cumpri-las.
O que deveria ser valor por si mesmo em razão de constituir a própria pessoa humana, transforma-se em benesse do Poder. À medida que os valores da pessoa humana são relativizados, o Poder do Estado se diviniza. Assim uma nova história contra a pessoa humana, encurtando sua vida, começa a ser desenhada. Bem dizia o filósofo Heidegger, ao denunciar nossa civilização, que nunca se acumularam tantos e tão diversos conhecimentos a respeito do homem como em nossa época e, paradoxalmente, em nenhuma fase histórica se soube tão pouco como agora o que é ele. Essa a razão da crise que abocanha o humano do ser humano e institui o aborto. O aborto é fruto da decadência, não da evolução e do engrandecimento da pessoa humana. Mata-se o homem, ao menos no seu início, por enquanto, para trazer mais paz e felicidade a todos, principalmente às mulheres, fonte da vida, como se no nascituro estivesse o problema, sem se aperceber que esse ato é decorrência da perda dos referenciais valores transcendentes ao próprio homem e da conseqüente euforia relativista. O que era respeito à vida, tornou-se um direito de morte, pela ação dos agentes do aborto. É imperioso que nasça um grito de alerta para cortar o silêncio da morte.
Agimos acreditando que conhecemos o suficiente a respeito da vida humana, para defini-la objetivamente, dada a estimativa da quantidade de conhecimentos produzidos, mas não queremos admitir que, ainda, para responder às questões que nascem das mais profundas exigências do nosso ser, a ciência não nos dá a resposta reclamada e digna à vida humana, e, por isso, continua a interrogação existencial – o que somos? -, exigindo o complemento da fé como resposta.
“Choramos ao nascer, sem compreender o mundo em que entramos. Morremos em silêncio, sem entender o mundo de que saímos”.
Fr. Pe. Zezinho OM.
Jose Antonio de Lima
Grupo São Domingo Sávio – inicio 25/03/2007