Mulher curada, mulher missionária



Mulher curada, mulher missionária




“Eu te bendigo, Senhor, a ti que me fizeste melhor!”



Todos somos feridos na nossa identidade. A grande cura só aconteceu quando comecei a aceitar que era mulher, quando pude dar graças a Deus por ser mulher: Traços, órgãos genitais, etc…


 


Gostaria de contar-lhes o meu testemunho. Sou primeira filha de uma família de 3 irmãos. Quando minha mãe estava grávida, meu pai queria que eu fosse um filho homem. Daí começou a grande ferida de não ser aceita; quando nasci meu pai não me deu muita atenção. Logo com o nascimento do segundo filho que foi homem meu pai se alegrou e colocou até o seu próprio nome no meu irmão.


Fui crescendo com essas feridas na minha identidade. Não aceitava ser mulher, por isso gostava de tudo que fosse serviço de homem. Quando criança gostava de jogar futebol, lavar carro, gostava de dirigir carros. Logo que aprendi a dirigir, como morávamos numa cidade do interior e meu pai tinha fazenda, aprendi a dirigir caminhão, sempre quis chamar a atenção do meu pai, queria agradá-lo, provar que existia, queria ser notada por ele.


Serviço de mulher, como lavar louça, arrumar casa, cozinhar tudo isso eu detestava, e para ajudar, minha mãe com suas frustrações de nunca ter trabalhado fora dizia que fogão e tanque não davam futuro a ninguém, me incentivava a estudar, a ser independente. Com tudo isso foi sendo gerado em mim uma grande perversão na minha Identidade de mulher.


Chegou o tempo do casamento, e toda mulher quer se casar, ter uma casa e filhos para cuidar, eis ai o grande conflito, como eu detestava cozinhar, lavar, passar, arrumar… ufa que coisa chata!


Com isso me envolvi no mundo do trabalho, sou formada em Educação Física com especialização em natação e hidroginástica; chegava a dar 13 aulas por dia para não ficar em casa. Tudo o que envolvesse trabalho fora de casa era comigo mesmo, até trabalhos na igreja (comunidade).


Ao longo da caminhada de fé, Jesus me chamou a me consagrar, a dar a minha vida a Ele no carisma de resgatar a família na comunidade Católica Sagrada Família onde faço parte há 11 anos e sou consagrada há 6 anos e missionária há 2. E dando a minha vida fui enviada de São Paulo onde tinha empregada, não colocava a mão em nada dentro da minha casa, para Palmas no Tocantins, onde passei a não ter empregada e me vi obrigada a fazer tudo numa casa. Imagine os primeiros meses, que infelicidade. A casa para limpar, comida para fazer, roupas para lavar e passar e ainda tinha a missão.


Como estive envolvida no mundo do trabalho por 13 anos, sentia que havia algo errado dentro de mim, alguma coisa não estava bem encaixada, algo estava fora do lugar, foi aí que, fazendo um percurso de antropologia pude aprender sobre a graça de ser mulher.


E a primeira graça de ser mulher é ser mãe, eis a primeira vocação da mulher: ser mãe. Na passagem de João 19, 25-27 vemos Jesus dizendo 4 vezes “Mãe”, lembramos dos 4 pontos cardeais, todo o nosso ser é chamado a ser fecundado, a ser mãe, a gerar vida.


Aprendi que a mulher é como um cristal, frágil, mas ao mesmo tempo bela. Com a liberação feminista a mulher quis se transformar em ferro, ou seja, se igualar ao homem. Hoje vemos muitas mulheres que tem que provar que são ferro, e muitas vezes eu quis ser ferro. Na verdade um cristal precisa de um homem de ferro.


Quando aceitamos a nossa verdadeira identidade, aceitamos que somos frágeis, que somos cíclicas (relógio, todo mês). E o mundo quer nos dizer arranque sua menstruação (fique igual ao homem). Hoje o mundo quer dizer que todos somos iguais. Tudo isso faz com que tenhamos uma grande perversão na nossa identidade, e era isso que acontecia comigo.


Pude perceber que a minha identidade de mulher estava destruída, que vivi numa verdadeira bagunça interior, não me compreendia. A cura se deu quando pude perdoar o meu pai por não me aceitar por ser uma menina, e aceitar e deixar Deus Pai me amar, e me deixar proteger por Ele, aceitar o meu corpo e dar garças a Deus por ser mulher, por Deus ter me criado mulher, aceitando os meus traços, órgãos e minha feminilidade.


Aceitar as variações que o meu corpo tem todo mês, e que há momentos que não me sinto disponível, nem para os outros e nem para Deus! Assim me reconheço frágil e me deixo abrigar e amar. E ao reconhecer que sou cristal, na minha casa, passei a ser mãe de verdade. Hoje estou mais presente na educação das minhas filhas, levo o evangelho e a presença de Deus como a luz da minha casa. Faço todas as coisas sem murmuração. Com meu esposo nem se fala, ele diz que tem uma nova mulher.


Pude constatar a cura da minha identidade com uma oração muito simples, quando dizia para Deus que aceitava, por Ele ter me criado mulher e dando graças a Ele por me ter feito de modo tão maravilhoso, o salmo 138 me ajudou nesse processo de cura, fui recriada com essa palavra.


A segunda graça que recebi foi a da dignidade Batismal. Tive mais consciência que esse corpo que Deus me deu de mulher é templo do Espírito Santo. Que sou filha amada, em quem Deus põe toda a sua afeição (Mt 3,17).


Como Catarina de Sena, pude perceber que ao receber o batismo, o Senhor nos dá um brasão, nos devolve a dignidade de filhos, que sou selada com o Espírito Santo (Rom 8,15). Tenho dons para serviço dos meus irmãos mais pobres. Tudo isso me fez me sentir muito digna.


E ao receber essa dignidade de filha de Deus, o próprio de Deus me dá três capacidades: 1) A de amar, dentro de mim tem uma fonte inesgotável de amor. 2) Tenho a capacidade de relação, ou seja, de ensinar a amar, e 3) capacidade de desejo (desejo do céu). Que no fundo da minha alma tem um sacrário com a presença de Deus que é inviolável, nem o demônio pode penetrar, há uma “terra santa” dentro de mim, e sou chamada como mulher a levar esse sacrário, essa presença de Deus à humanidade. Como a Virgem Maria quero levar o seu povo onde Deus me enviar.


Louvo e agradeço a Deus por ter me escolhido e acolhido, como mulher, a levar a
sua palavra. “Em vós eu me apoiei desde que nasci; desde o seio materno sois o meu protetor, em vós eu sempre esperei. Mas vós tende sido o meu poderoso apoio.” (Sl 70, 6-7).


Curada posso servir melhor a Deus. E dentro da missão que trabalho hoje, a minha fecundidade se deu como mãe espiritual, hoje tenho vários filhos(as) e famílias sendo gerados no Evangelho de Jesus Cristo.


O Senhor fez em mim maravilhas.


Maria Helena Trevizani Pereira de Oliveira


Missionária Consagrada da Comunidade Católica Sagrada Família


Palmas/TO


sagradafamilia.palmas@sagradafamilia.org.br



Jesus precisa curar as feridas familiares


Jesus precisa curar as feridas familiares


A rejeição provoca rupturas interiores profundas no laço do relacionamento humano


Na vida familiar acontecem situações que provocam feridas profundas nas pessoas que a compõe: esposo, esposa e filhos. Quantos sofrimentos são gerados por causa de comportamentos que se observam nas pessoas, os quais acabam ferindo as outras.



Neste texto, quero partilhar (o que colhi em minhas pesquisas e experiência de vida) três causas importantes que provocam as feridas que precisam ser curadas na vida familiar.



Primeira causa: A Rejeição



No seio da família acontecem muitos casos de rejeição: pai que rejeita o filho porque este apresenta algum comportamento negativo, ou não de acordo com suas expectativas; mãe que rejeita a filha, porque esta tem manias ou por ciúme e até inveja; filha ou filho que rejeita o pai porque este bebe, fuma ou tem outros pecados; esposa que rejeita o marido (até em situações de sexualidade conjugal); esposo que rejeita a esposa, e assim por diante.



A rejeição provoca rupturas interiores profundas no laço do relacionamento humano, a qual se manifesta em sentimentos de mágoa, fechamento e individualismo; e pior: a pessoa acaba se sentindo rejeitada por todos e até por Deus. Para fechar essa ferida é preciso pedir a força do Espírito Santo e o exercício da acolhida mútua, da aceitação do outro como ele é, com defeitos, imperfeições e pecados. No lugar da atitude de rejeitar, colocar a atitude de aceitar e amar.



Segunda causa: A Desavença



Você pode observar como a raiz de todas as brigas na família é porque demos lugar a essa doença da desavença, da agressão, das brigas. São discussões enormes, as pessoas acabam não se entendendo mais e, por qualquer coisa, acabam se agredindo com palavras e, às vezes, até com socos e tapas. O que mais acontece é a agressão moral: palavras que destroem, de acusação e constrangimento. São pais que ainda agridem seus filhos: batem, brigam, xingam e ofendem. Filhos que perderam totalmente o respeito pelos seus pais. Esposos que agridem suas esposas e as humilham e isso, muitas vezes, na frente dos filhos. Tudo isso gera sentimento de ódio e vingança, revolta e indignação, perda de sentido da própria vida.



Como curar isso? Com as palavras de Jesus: “Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração”. E exercitar a virtude da TOLERÂNCIA, voltarmos a ser tolerantes e a pedir a graça de sermos controlados em nosso temperamento pelo Espírito Santo. Precisamos rezar e pedir um coração manso e humilde como o de Jesus, para sermos curados dessas feridas todas. E buscar o diálogo, a conversa franca e amiga.



Terceira causa: A Indiferença



Em muitas famílias não acontece a rejeição, nem qualquer tipo de agressão, mas as pessoas deixaram de ser carinhosas e atenciosas entre si. As situações de trabalho e a correria do dia-a-dia levaram-nas a ter atitudes de indiferença. Pais que não estão nem preocupados com seus filhos, que deixaram de colocá-los no colo e de lhes fazer um gesto de carinho e afeto. Entre irmãos vemos que cada um vive sua vida de forma independente e sem qualquer tipo de envolvimento afetivo. Entre cônjuges, então, a situação é caótica: as vezes até têm relações conjugais, mas com frieza e cada um buscando o seu próprio prazer. Isso tudo provoca a fuga (bebida, drogas, fumo) para compensar a necessidade humana de amar e ser amado. Dessa forma, acontecem os divórcios e separações. Filhos que saem de casa para viverem suas vidas, por não suportarem um relacionamento frio e sem amor.



Jesus pede que recebamos um novo Pentecostes, como um derramamento do Espírito Santo, para que transborde o Amor de Deus de nós e passemos a distribuir amor e carinho principalmente entre os de casa. É essa a vontade de Deus, como disse o saudoso Papa João Paulo II: que se construa uma civilização do Amor, no seio familiar (Familiares Consortio).



Depois dessa reflexão que o nosso coração rejeite tudo que destrói nossos relacionamentos e nos apropriemos da graça de começar de novo, de retomar uma vida vivida no amor. Que Deus nos ajude nisso.


 


Diácono Paulo Lourenço



 

As causas e conseqüências das dificuldades em torno da sexualidade no casamento.


As causas e conseqüências das dificuldades em torno da sexualidade no casamento.


Quem casou para não ser feliz?


Através da  pesquisa realizada no inconsciente pelo método ADI  (Abordagem Direta do Inconsciente) constata-se que a pessoa quando faz a escolha pelo matrimônio  somente alcança a verdadeira felicidade quando  está voltada para o outro e não para si mesma, pois o  ser humano existe para o outro.


Assim, o casamento é o encontro de duas pessoas que se unem  para fazer o outro feliz e ao verem a felicidade do seu companheiro encontrem a sua.


Porém, inúmeras pessoas vivem num grande  engano de querer encontrar a sua felicidade sozinha, e começam a cobrar o amor numa atitude egoísta em vez de dá-lo. Quem não dá amor não recebe amor. Aliás, recebemos aquilo que damos. Então se quisermos receber amor deveremos dar  amor, se não dermos amor receberemos tudo, menos o amor.


 Tenho encontrado muitos problemas de ordem conjugal e a maioria deles esbarra na questão da sexualidade.


O sexo foi criado por Deus para a felicidade do ser humano desde que vivido na sua dimensão para a qual existe dentro do ser humano. Já escrevi noutro artigo e vale a pena relê-lo sobre o amor conjugal para que você possa entender melhor a importância deste aspecto na vida conjugal. O sexo é a experiência da doação, onde um mais um não são dois, mas um, onde homem e mulher podem fazer deste momento um encontro profundo de comunhão. Esta comunhão é tocada somente se este encontro for de profunda entrega no intuito de fazer o outro feliz.


 O casamento é uma das maiores alegrias que se pode viver aqui nesta existência. O problema é que as pessoas  não foram orientadas para esta  forma de vida, para como viver a vida a dois, pois não sabem que precisam perder muitas vezes a vontade, a opinião, perder algo de si, para encontrar algo muito maior e mais profundo que as leve para uma vida de mais alegria, plenitude e sentido.


 


Na maioria das vezes os casais não vivem nesta dimensão de plenitude, porque possuem problemas psicológicos, os quais bloqueiam a sua  capacidade de expressar  o amor.


 O sexo no casamento é a expressão do amor no físico, daquele amor que se iniciou na dimensão noologia, passou pelo afeto e se derramou no físico.  A sexualidade só completa um ser humano quando ela é vivida para  a expressão do amor para com o outro.


 Devido aos problemas que a maioria das mulheres carrega dentro de si por heranças psicológicas, bloqueios em sua sexualidade, lhes parece que o homem tem mais necessidade de sexo que a mulher, na verdade ele quando procura sua companheira,   procura  o Amor. No casamento quando  se tem compromisso um com o outro e esse compromisso é para sempre, o sexo deixa de ser um desejo fisiológico e passa a ser a resposta e a fonte de amor para alimentar a união dos dois, ela devido aos seus condicionamentos interpreta o desejo, a atitude dele como sendo sexual e não de  amor, e consequentemente passa a repulsá-lo. O que parece que o homem tem mais desejo que a mulher, não é uma verdade, o problema está nos bloqueios que ela carrega e que consequentemente inibem seu desejo. Estes bloqueios a fazem sofrer muito.


Vou percorrer um caminho com você para ajudá-lo(a) em seu matrimônio, para isto,


relato um trecho de terapia onde o inconsciente revela as causas e as conseqüências dos problemas conjugais na área da sexualidade.


 Paciente do sexo feminino, trás para terapia sua dificuldade de relacionamento conjugal, como dificuldade na área sexual, não gosta, evita seu marido, ciúmes, insegurança…


 Na 3a. Sessão  o inconsciente indica para ser trabalhado o 4o  mês de gestação. Segue o relato:


 


P. A mãe está cozinhando, e o pai chega reclama da comida que não está pronta. Xinga e fica bravo porque a mãe atrasou com o almoço.


T. O que houve antes que nos ajuda a entender porque o pai reagiu assim?


P. O pai vê a mãe lavando roupa, limpando a casa e fica bravo porque a mãe dá mais importância para a casa do que para ele.


T. Tem um antes que nos ajuda a entender a reação do pai, porque isto é uma interpretação dele.


P. Ele vê a mãe cuidando dos filhos, ela dá comida para minha irmãzinha e ele fica com ciúmes pensa: ela ama mais as crianças do que a mim, estou em 2o plano.


T. Isto é uma interpretação do pai, fale ao seu inconsciente que tem um antes onde tudo começou.


P. Estão no quarto, o pai procura a mãe para uma relação e ela recusa, vira de costas e fala que está cansada.


T. E o pai como reage?


P. Fica bravo, triste, vira de costas e pensa: ela não me ama, sou um fraco, incapaz de amá-la, de despertar alegria e prazer nela. Sou incapaz de fazê-la feliz


 Comentário:


 A maioria dos homens quando vivenciam esta rejeição acolhem o problema como sendo deles,   eles  assumem como sendo eles a  causa do desamor dela.


Entende que ela não o ama.


Diante deste fato o homem tem reações e em cada um se expressa de uma maneira diferente dependendo da sua estrutura psicológica, espiritual, de  seus registros e seus condicionamentos que carrega de sua infância ou gestação. Em alguns casos o homem reage com agressividade, outros ficam calados no dia seguinte, não ajudam,´pois sentem-se inúteis, outros saem com os amigos, outros vão beber para esquecer, outros procuram outra mulher, na maioria das vezes esses que procuram outra não é com o interesse de trair a esposa, mas para saber se têm problema ou não, muitas vezes a mulher traída é a outra e não a esposa, pois ele não a esquece, o problema é quando passa a receber o amor que a esposa não expressa por possuir problemas psicológicos; o que vamos ver a seguir, outros saem com amigos porque sentem-se acolhidos e amados por eles,  outros se enterram no trabalho, ele  chega tarde em casa e a esposa está pronta para brigar, assim ele entende que é amado, pois passa ser a  forma como ela expressa ou deixa o amor sair, na briga ela mostra que sente falta dele. Assim a mulher reage e o que acontece é o que chamamos de jogo conjugal, como um jogo de ping-pong, um atinge o outro cobrando amor e não dando amor.


Então, muitos casais brigam não porque o amor acabou, mas porque têm problemas de ordem psicológica e não da ordem do amor como já falei em outros artigos.


Daí o homem reage e a mulher se magoa com sua reação, e não sabe ela que é conseqüência de seu fechamento ao amor. Claro que se a reação do homem for fora do normal é  porque ele também tem registros negativos que se acionam com o desamor dela e que precisam ser tratados também.


Vale dizer que a natureza do homem não foi feita para trair, ser estúpido, dar preferência aos amigos, não ajudar, pelo contrário, o homem se realiza ao lado de sua esposa e seus filhos. É o que ele quer e deseja. Diante desses fatos me adianto em uma pergunta: a solução está na separação, ou no esforço de cada um em buscar as soluções para as dificuldades? Pois estes bloqueios também são levados para outro relacionamento. E as pessoas pensam que a separação resolve um problema, pelo contrário cria-se mais outros tantos problemas.


Continuamos o relato do caso acima:


 Continuemos no relato da terapia sobre o inconsciente.


T. E o bebê como reage no útero?


P. Se encolhe, (como é uma  menina) conclui: meu pai é mal, não ama minha mãe, os homens são maus, não vou amá-los, vou ser distante, vou ser como a mãe. Não vale a pena amar pois amar faz sofrer…


 
Comentário:


Se é um menino  no ventre da mãe, ele pode se identificar com o pai, concluir que é mal, e para não ser mal decide não ser homem.  Noutros casos vemos o menino concluindo que não presta, que é incapaz como o pai, que vai ser distante das mulheres para não faze-las sofrer, daí surgem os problemas por exemplo com a identidade sexual, homens que abandonam, homens que não assumem compromissos, e assim por diante.


Isto não é uma regra, somente aproveito do exemplo para mostrar como seriam as conseqüências no homem, se fosse o bebê um menino.


 Aproveito também para alertar, que esse pai é visto como ruim  pelo condicionamento que a mãe carrega sobre os homens, e passa de “graça” um registro negativo para sua filha ou  seu filho. Portanto, é importantíssimo um auto conhecimento para ver se não estamos passando para nossos filhos uma inverdade sobre o pai, sobre os homens, sendo que a dificuldade desse pai é somente uma reação pela falta de expressão do amor por parte  da mãe.


 Voltemos ao caso terapêutico:


T. Como essas decisões se expressam na sua vida?


P. O inconsciente mostra esta paciente se afastando sexualmente de seu marido.


 T. Pergunte ao seu inconsciente qual o nº que explica a dificuldade de sua mãe.


P. 03. É o 3º mês de gestação, ou seja, quando sua mãe estava na barriga da avó.


P. Vô chegou em casa bêbado, e a avó discutiu com ele.


T. O que aconteceu antes dele beber?


P. Ele foi dar um abraço  nela na cama e ela empurrou ele.


T. O que o seu avô concluiu?


P. Sou um nada, impotente, incapaz…


 Comentário:


Veja -se que aqui o avô entende que ele não é amado e  é incapaz. Muitas vezes o homem transfere esta incapacidade para sua área profissional, relacional e social, bloqueando até o sentido de sua vida.


Claro que este avó tem um problema para precisar beber após uma rejeição sexual, fomos atrás do problema do avô que se acionava nele pela rejeição de sua esposa. Não vou relatar aqui para não me estender muito, e não fugir do meu objetivo.


 Perguntei, com o objetivo de saber a causa da avó rejeitar o marido  e apareceu outra cena de repetição da mesma atitude, também não vou relatar para não ficar muito  extenso. E o inconsciente mostrou que tudo começou a 28 gerações atrás da bisavó.


Fomos investigar  o que ocorreu, apareceu  um estupro com uma menina de 12 anos. Esta concluiu que todos os homens são iguais, não prestam, não AMAM, e transmitiu às gerações futuras  a não confiar nos homens, não amar porque o amor faz sofrer, que as mulheres são vítimas, usadas e objeto e que os homens só pensam em sexo, e que sexo é pecado, nojento e ruim.


Perguntei como isto se expressa na avó, na mãe e nela?


O inconsciente respondeu: avó, a mãe e eu pensamos que nossos maridos nos procuram somente para sexo, e sexo como sendo algo agressivo, nocivo, pecado e não para o amor, que eles são maus como aquele antepassado, que eles querem nos usar…


 Comentário:


A partir de um fato desses se lança aos descendentes que todos os homens são iguais e se separa o sexo do amor, e as mulheres passam a ver o sexo, a aproximação do homem como interesse sexual, como uma maldade,  e não uma aproximação para o amor. Há dessa forma uma distorção do sexo, da afetividade, e as mulheres passam a rejeitar seus maridos como se estivessem rejeitando ou se vingando daquele homem que cometeu aquela maldade lá atrás com aquela menina.


Veja, que este condicionamento na maioria das vezes não permite a mulher expressar o amor, ela ama seu marido, seu companheiro, mas não demonstra.


É um grande sofrimento para a mulher.


Estes condicionamentos atingem os homens  refletindo-se em problemas neles também. Muitas vezes a mulher rejeita ou acusa o homem para que este lhe dê motivos para ela brigar e rejeitar ou ter até a desculpa para não amar e separar-se.  Ela não faz isso consciente, é inconscientemente.


 
Daí parte-se para a decodificação desses condicionamentos e registros negativos que se herdou de gerações atrás, para que a nível de inconsciente a pessoa seja livre e possa ver em seu companheiro o homem verdadeiro que existe dentro dele, o homem capaz de amar e ser amado, que na maioria das vezes ela está fechada e olha para seu marido com a interpretação dos seus condicionamentos, que carrega de sua infância, gestação, e ou antepassados.


Deus colocou no homem e na mulher a mesma capacidade  de amar, porém fez o homem como um botão de rosa fechado e a mulher como um botão  de rosa aberto, para que eles se complementassem.


O homem ama na medida em que se sente amado, e se a mulher for fechada ele permanecerá fechado também, e fechará  seus filhos. Portanto a mulher tem um papel fundamental na expressão do amor de seu esposo, quero dizer, para que ela se sinta amada é preciso amar.


Costumo dizer, como expressei acima, que o homem é como um botão de rosa fechado e a mulher como um botão de  rosa aberto por  causa da maternidade, portanto o botão da rosa do homem se abre quando é tocado pelo amor da esposa, da mãe, se ela é fechada no amor, o botão permanecerá fechado. O homem, ele aprende a amar com a mãe, se esta mãe era fechada no amor consequentemente ele também o é, e depois o inconsciente o acessorará a buscar uma esposa que seja a continuidade afetiva de sua mãe.


 O homem é uma criatura pura, a mulher por conta de seus condicionamentos é que tem dificuldades em ver esta pureza, e ela sofre, ainda que inconscientemente, por não conseguir ser livre para amar e reconhecer o amor no no seu esposo.


Os problemas na mulher por não amar muitas vezes aparecem através de somatiizações de doenças em seu organismo, problemas psicológicos, etc.


É importante que o homem, seu companheiro, a ajude a identificar tais bloqueios para que possam juntos fazer este caminho do amor, e não bloqueiem o percurso do amor que um dia nasceu neles, ou a semente que foi lançada nos seus  corações.


 Está aí uma das grandes causas responsáveis pelo desajuste conjugal e problemas na expressão do amor.


 O meu objetivo com esta exposição acima foi de responder aos inúmeros e-mails recebidos.


Então a solução para os seus problemas não está nas discussões, brigas e separação.


Muitas vezes esses condicionamentos levam a mulher ou homem a idealizar uma pessoa, e não se permite encontrar com esta que está ao seu lado, pois transfere para ela todos os condicionamentos de seu inconsciente, não se permitindo ver que este ou esta que está ao seu lado é a pessoa ideal e perfeita.


Vale a pena tirar essas cortinas que fecham nossos olhos, ouvidos, pensamento e coração, para vermos, percebermos e sentirmos que estamos com a pessoa certa.


O casamento dá certo para quem se esforça, para quem quer que dê certo, e o primeiro passo é buscar a minha mudança, e não a do outro, pois o outro muda a partir do meu amor e da minha mudança, e não da cobrança.


 A   solução está em primeiro lugar numa reflexão para se auto-conhecer, conhecer o outro e observar o que é problema psicológico, o que é bloqueio e o que é AMOR, para não nos deixarmos enganar e descobrir que existia amor entre “nós“ ,  entre o casal, quando for tarde demais e não for mais possível um reajustamento.


Basta boa vontade de se ajustar, vale a pena pelos seus filhos e pelo amor que um dia os uniu e que  foi semeado e brotado dentro de cada um. Este amor não acaba ou vai embora, ele fica escondido a espera de ser encontrado novamente.


 Deixarei aqui um site para o conhecimento de vocês, de como  poderão ter acesso a esse tipo de tratamento, já que muitas pessoas solicitaram ajuda: www.fundasinum.org.br , temos também em Curitiba  a oferta desse tratamento para pessoas carentes de recursos financeiros. Neste site encontra o endereço para contato e maiores informações.


 Um forte abraço e meu desejo que estas minhas palavras possam lhe abrir uma porta e você enxergar uma luz ´para o começo de uma vida a dois plena como Deus a programou para você , e preparou você para esta plenitude.


 Deus fez tudo perfeito, nós que complicamos. Então vamos descomplicar? Começando por mim mesmo? O outro mudará a partir de minha mudança.


 Deixo a você meu abraço, desejoso de que você se esforce para encontrar a plenitude que Deus deseja para você. Vale a pena!!!! Coragem!!!!


 


Liseane C. Almada Selleti.


 

Dia dos pais



 



“Dia dos Pais”.




 


Queridos Pais desejo toda Felicidade, Paz, Alegria, Saúde, tudo de bom em vossas vidas e Realizados em vossas famílias!


 


Que colhais os frutos benditos de uma educação santa dada aos vossos filhos!


 


Que possais ver florescer em vossas famílias às tantas virtudes inculcadas por vossas palavras e exemplos de vida!


 


Que a vossa paciência na educação, escuta e busca de diálogo em família, seja recompensado pela harmonia familiar!


 


Que o amor, carinho e respeito semeado prodigamente em sua casa, germinem e cresçam em relacionamentos carinhosos!  


 


Que vosso olhar bondoso e sincero faça sua família crescer em respeito e honestidade!


 


Que a moeda de maior valor em sua casa seja o AMOR!


 


Que sua Flexibilidade e Firmeza, faça seus filhos crescerem com bondade e caráter!


 


Caríssimos pais, seus exemplos de vida é o que mais contam na educação de seus filhos.


Acredito que a maioria dos pais já viram, assistiram o filme do Batman. O antigo “Batman Begins”, em que vemos o bom pai de Bruce Wayne (Batman).  Graças a pai bom e boa educação, ele supera mais tarde seus medos e traumas e se torna homem do bem e um herói.


 


Enquanto que no último filme que está nos cinemas: “Batman o Cavaleiro das Trevas”, o Coringa conta como era o pai dele.  Ele disse que o pai chega bêbado em casa mata a mãe diante dele. Ele assustado e de cara fechada é perguntado pelo pai porque está sério. Em seguido o pai pega a faca que matou a mãe enfia na boca dele e rasga sua boca dizendo: Ponha um sorriso nesta boca, porque tanta seriedade?  E ele se tornou este monstro devido o exemplo do pai dele.


PAIS QUE TIPO DE FILHOS VOCÊS QUEREM TER?


DEPENDEM DE VOCÊS, DO TIPO DE EDUCAÇÃO E EXEMPLO DADO A ELES.


 


Frei Ricardo de Maria


freiricardo@hotmail.com



 

Família, muito mais que um conjunto de pessoas



O futuro da sociedade e da Igreja passam inexoravelmente por ela.



A família é muito mais do que um simples grupo de pessoas, unidas de qualquer jeito, e vivendo juntas na mesma casa. É muito mais do que isso, ela é a “célula mãe” da humanidade. Quando Deus quis que a humanidade existisse, a projetou baseada na família; por isso ela é sagrada. Não foi um Papa, um Bispo ou um Cardeal que a instituiu, mas o próprio Deus, para que ela fosse o berço e o escudo de proteção da vida humana na terra.



Marcada pelo sinete divino, a família, em todos os povos, atravessou os tempos e chegou até nós no século XXI. Só uma instituição de Deus tem esta força. Ninguém jamais destruirá a força da família por ser ela uma instituição divina. Para vislumbrar bem a sua importância basta lembrar que o Filho de Deus, quando desceu do céu para salvar o homem, ao assumir a natureza humana, quis nascer numa família.



O Papa João Paulo II, na “Carta às Famílias”, chamou a família de “Santuário da vida” (CF, 11). Santuário quer dizer “lugar sagrado”. É ali que a vida humana surge como de uma nascente sagrada e é cultivada e formada. É missão sagrada da família guardar, revelar e comunicar ao mundo o amor e a vida.



Na visão bíblica, homem e mulher são chamados a – juntos – continuar a ação criadora de Deus e a construção mútua de ambos, gerando os seus filhos amados.



Este é o desígnio de Deus para o homem e para a mulher: juntos, em família: “crescer”, “multiplicar”, “encher a terra”, “submetê-la”. Vemos aí também a dignidade, baseada no amor mútuo, a qual leva o homem e a mulher a deixar a própria casa paterna, para se dedicarem um ao outro totalmente. Este amor é tão profundo, que dos dois faz um só, “uma só carne”, para que possam juntos realizar um grande projeto comum: a família.



Daí podemos ver que sem o matrimônio forte e santo, não é possível termos uma família forte, segundo o desejo do coração de Deus. Isso nos faz entender também que a celebração do sacramento do matrimônio é a garantia da presença de Jesus na família que ali começa, como nas Bodas de Caná.



Como é doloroso perceber hoje que muitos jovens, nascidos em famílias católicas, já não valorizam mais esse sacramento e acham, por ignorância religiosa, que já não é importante subir ao altar para começar uma família!



Ao falar da família no plano de Deus, o Catecismo da Igreja Católica (CIC) diz que ela é “vestígio e imagem da comunhão do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Sua atividade procriadora e educadora é o reflexo da obra criadora do Pai” (CIC §2205).


Essas palavras indicam que a família é, na terra, a marca (“vestígio e imagem”) do próprio Deus, que, através dela continua a sua obra criadora. É muito mais que um mero grupo de pessoas.



O futuro da sociedade e da Igreja passam inexoravelmente por ela. É ali que os filhos e os pais devem ser felizes. Quem não experimentou o amor no seio do lar, terá dificuldade para conhecê-lo fora dele. Os psicólogos mostram quantos problemas surgem com as pessoas que não experimentaram o amor do pai, da mãe e dos irmãos.



“A família é a comunidade na qual, desde a infância, se podem assimilar os valores morais, em que se pode começar a honrar a Deus e a usar corretamente da liberdade. A vida em família é iniciação para a vida em sociedade” (CIC §2207). Ela é a “íntima comunidade de vida e de amor” (GS, 48).



Toda essa reflexão nos leva a concluir que cada homem e cada mulher que deixam o pai e a mãe para se unir em matrimônio e constituir uma nova família, não podem fazer isso levianamente, mas devem fazê-lo somente por um autêntico amor, que não é uma entrega passageira, mas uma doação definitiva, absoluta, total, fiel, madura, responsável, até a morte… Se destruirmos a família, destruiremos a sociedade. Por isso, é fácil perceber, cada vez mais claramente, que os sofrimentos das crianças, dos jovens, dos adultos e dos velhos, têm a sua razão na destruição dos lares.



Cabe aqui uma pergunta: Como será possível, num contexto de grande imoralidade de hoje, insegurança, ausência de pai ou mãe, garantir aos filhos as bases de uma personalidade firme e equilibrada, e uma vida digna, com esperança?



Fruto da permissividade moral e do relativismo religioso de nosso tempo, é enorme a porcentagem de famílias destruídas e de pseudofamílias, gerando toda sorte de sofrimentos para os filhos. Muitos crescem sem o calor amoroso do pai e da mãe, carregando consigo essa carência afetiva que se desdobra em tantos problemas e frustrações.



Podemos resumir toda a grandeza, importância e beleza da família, nas palavras do saudoso Papa João Paulo II, na Encíclica Evangelium Vitae: “No seio do ‘povo da vida e pela vida’, resulta decisiva a responsabilidade da família: é uma responsabilidade que brota da própria natureza dela – uma comunidade de vida e de amor, fundada sobre o matrimônio – e da sua missão que é ‘guardar, revelar e comunicar o amor’” ( FC,17).



Muito mais do que um simples grupo de pessoas, unidas de qualquer forma e vivendo juntas, a família, o berço da humanidade segundo o desejo de Deus; é o fruto da união de um homem e de uma mulher, unidos pelo matrimônio e pelo amor para sempre, vivendo a fidelidade, indissolubilidade e gerando os filhos de Deus.



Felipe Aquino