Depoimentos

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Brenda Pratt Shafer , enfermeira .


” A batida do coração do bebê era claramente visível na tela do ultra-som. O médico tirou o corpo inteiro do bebê, menos sua pequena cabeça. O corpo do bebê estava se mexendo. Seus pequenos dedos fechavam-se e abriam-se .O médico pegou uma tesoura e a enfiou na parte de trás da cabeça do bebê se abriram como se ele quisesse evitar aquilo. Depois disso ele inseriu o tubo de sucção no buraco e sugou o cérebro do bebê.”


Dr. David Brewer , Aborteiro .
 Aqui está um pouco da experiência do Dr. Brewer do tempo em que ele fazia abortos.


“Cada vez que eu me voltava enquanto nós reparamos a incisão no útero, eu ouvia aquela pessoazinha chutando e se mexendo na bacia. Eu me lembro de ir até lá e de ter olhado o bebê, depois que terminamos a cirurgia , e ele ainda estava vivo. Era possível ver o peito se mexer com as batidas do coração e com as tentativas do bebê para pegar um pouco de ar.


Anônima.


” Me deram imediatamente um comprimido de valiam para me acalmar, e provavelmente para que eu também desistisse.


Na sala de espera havia pelo ao menos vinte outras mulheres; uma estava grávida de oito meses e disse que esperou todo esse tempo para conseguir economizar o dinheiro.


” Não me deram nenhuma anestesia, e eu fui amarrada a cama , então eu passei pela experiência mais dramática e dolorosa que eu já tive. Eu berrava e incontrolavelmente e as enfermeiras gritavam comigo para ” calar a boca” . Eu senti piscinas de sangue jorrando pelos meus quadris abaixo, e a sucção era forte que parecia que todos os meus órgãos estavam sendo puxados para fora.


” Nós temos que garantir que todas as partes estão aqui”. ” Partes? Eu pensei que fosse ” tecido” !? Empurrei uma enfermeira da minha frente e vi meu precioso menininho em pedaços. Havia partes de corpo simplesmente jogadas em uma vasilha. ” Rapidamente eu caí na minha cama e chorei, sentindo-me triste e vazia e falando o tempo inteiro: ” Eu me sinto tão mal…” Depois daquele dia , o aborto nunca mais foi mencionado e eu o apaguei inteiramente da minha cabeça , até que eu comecei a ter Síndrome Pós-Aborto. Que Deus tenha piedade das suas almas preciosas”.


 


Depoimento de uma menina que decidiu ter o filho aos 16 anos.


Fiquei muito chocada. Fiquei grávida com 16 anos, hoje minha pequena tem 13 meses e foi a melhor coisa que me aconteceu, mesmo com tantas dificuldades que tive. O pai dela as berros e puntapões enfiou-me goela à baixo remédio abortivo. pedi tanto à Deus que nada acontecesse com meu bebê e fui atendida. Nunca vi ninguém se arrepender de ter um filho, mas já vi o contrário. Todos, hoje em dia temos a opção de usar muitos métodos anticoncepcionais, mas depois que acontece uma gravidez a escolha já não está mais em nossas maõs, então devemos amar muito essa criança. Essa semana fiz uma boa ação, e ajudei uma conhecida minha de 19 anos a não cometer essa crueldade e esse absurdo com uma coisinha tão indefesa, que não tem escolha nenhuma, apenas está alí dentro dela… Eu consegui ajudá-la. Sei que a mãe não se arrependerá.
Parabéns pela extrema clareza, espero que muitas mulheres vejam essas cenas e pensem muito bem. Nesta hora a decisão está apenas em nossas mãos, mulheres e mães.
 

Testemunho 07

 


FUI INDUZIDA…


Meu nome é Maria Cristina Esteves de Sá, tenho 50 anos, sou carioca, resido em São Paulo há 27 anos, sou empresária e a minha historia sobre o aborto começa quando eu tinha  apenas 19 anos, nessa ocasião residia no Rio de Janeiro. Eu conheci um rapaz por quem me apaixonei desesperadamente e ele por mim. Eu era de uma família humilde e católica, e ele de uma família rica e judeu. A família dele não apoiava a nossa relação, tanto pelo aspecto econômico social quanto pelo aspecto religioso,   assim sendo, arquitetaram mudar do Rio de Janeiro para uma outra cidade, a fim de nos manter afastados e dar fim a nossa relação. Ele o meu namorado, assustado e desesperado  com a atitude dos seus pais, decide que o melhor para nós era o casamento. Apaixonados e ao mesmo tempo desesperados, e sem saber ao certo por onde devíamos iniciar essa nossa união, foi então  no inicio de Fevereiro de 1975 que mantivemos uma relação sexual sem prevenção e o eminente aconteceu engravidei do meu namorado. Felizes com a nossa condição de grávidos, começamos a procurar um apartamento para alugarmos e vivermos felizes para sempre. A nossa felicidade era visível a olhos nus. Até que um dia quando estava com 2 meses de gravidez, fui surpreendida pela minha mãe que me chamou até seu quarto e disse as seguintes palavras: ‘ O seu namorado telefonou e disse que não quer mais saber de você’ . Eu estranhei e tentei falar com ele mais foi em vão, e foi a partir desse momento que passei a ficar frente a frente com o meu sofrimento. Ele havia sumido no ar, e sua família tratou de providenciar o meu aborto. Na ocasião eles me procuraram, disseram que sabiam da minha gravidez, e fragilizada com toda a situação e sem apoio familiar conduziram-me a uma clinica e realizaram o aborto. No dia seguinte, eu estava tal qual um zumbi, e assim fiquei por algum tempo. Aos 23 anos casei com um outro rapaz e fui residir com meu marido em Santos – São Paulo onde morei por 7 anos, ao completar 25 anos, no auge da minha juventude adoeci gravemente. A minha doença durou 5 anos, até onde sei apenas 5% das pessoas que contraem essa doença conseguem sair com vida, é uma doença que quase sempre  resulta em suicídio. O que tive foi um distúrbio psíquico emocional proveniente do aborto que fiz. Foram 5 anos de sofrimento contínuos, não tinha nenhum controle das funções neurofisiológicas, dentre outras seguidas de angustia, depressão e alucinações que consome o ser humano resultando na maioria dos casos em morte. O psiquiatra que me assistia na época afirmava durante as sessões de terapia que o meu caso era difícil de tratar porque não tinha retaguarda familiar, ou seja, todos a minha volta ignoravam a minha enfermidade porque a mesma não se refletia em chagas em meu corpo, ou seja, a minha doença estava instalada no meu psíquico na alma, na minha historia de vida, que eram absolutamente invisíveis aos olhos dos homens. O que me sustentava um pouco de pé na época era de fato, as raras oportunidades de ver o meu sobrinho André filho de minha irmã Rose, pois  ainda lembro que se eu não tivesse abortado o meu filho, a diferença de idade deles era de apenas 1 mês. O André faz aniversário dia 04.10, e se meu filho tivesse vivo no dia 03.11. Toda vez que via o André abraçava-o com profundo  amor e fantasiava que ele era o meu filho. Aos 27 anos de idade peço de joelhos a meu marido, que na época não queria ter filhos, procurava sempre evitar, pois era avesso a crianças, pedia aos prantos, que permitisse que mantivéssemos relação sem preservativo, pois precisava ser mãe a qualquer custo, e mantinha esperança que se tivesse um filho ficaria boa da doença que já me atormentava por 2 anos consecutivos sem qualquer progresso. Ele concorda, e então logo engravido. Para minha surpresa o médico afirma através do ultra-som que a minha gravidez era gemelar, ou seja, que eu tinha 2 bebes em meu ventre, e o laudo que guardo até hoje diz o seguinte: GRAVIDEZ GEMELAR, AMBOS OS FETOS COM BATIMENTOS CARDÍACOS. Apesar da doença, este dia teve um grande significado para mim, suportaria a minha dor alimentando de esperança a minha alma que um dia alcançaria a cura, o psiquiatra que cuidava de mim afirmava que seria possível, era uma questão de tempo e paciência. Preparava o enxoval com orgulho para os gêmeos, escrevia cartas para minha mãe falando dos gêmeos, cartas essas guardadas ate hoje, outubro de 2005. Em fase a medicação forte que tomava na época para manter-me a um nível mínimo de socialização, um dos fetos não resiste, e para de se desenvolver em meu útero, ou seja, morre,  e o meu organismo acaba absorvendo-o durante toda a gestação do outro gêmeo. Quando sou informada desse fato pelo ginecologista, o que era ruim em meu mundo psíquico acaba ficando pior ainda, ou seja, o meu quadro se agrava, e deixo de sentir que ainda estou grávida, porque fico totalmente alheia a minha condição de grávida, e passo a agir como um zumbi. Finalmente no dia 09 de junho de 1982 às 16:10 hrs nasce a minha filha a Agnes, no hospital Ana Costa em Santos, absolutamente perfeita e sadia, eu peço pelo outro bebe, mas o médico explica que não há outro, que havia apenas a Agnes. Passo a cuidar da Agnes como uma boa mãe, ainda que, terrivelmente doente, cheia de limitações. Passado o tempo da amamentação e vendo que a Agnes já tinha alguma defesa, penso e planejo o meu suicídio, porque já não suportava mais sofrer tanto, afinal eram quase 3 anos e meio de insanidade mental. Então, sem saber como e quando fico grávida do meu filho Eric que veio como uma benção para que não me matasse, meses após o seu nascimento fico sem os sintomas da doença, porém carrego até hoje a dor do aborto que fui induzida a fazer. Muitas coisas aconteceram em minha vida, desde então, passei a ser uma mulher forte, corajosa, com objetivos e de muita determinação. O meu desejo maior era ser rica, pois a vida havia me discriminado por ser pobre, e torno-me uma mulher rica a custas do meu trabalho, e hoje afirmo com convicção que muito melhor do que ter dinheiro é ter riqueza de caráter, muito melhor do que ter uma religião é ter fé. Coincidência ou não, a Minha filha Agnes a que era gêmea, quando completa  18 anos encontra o seu primeiro namorado Rafael, que nasceu também no dia 09.06.1982 às 16:30 horas, assim como ela, a diferença entre os dois é de apenas alguns poucos minutos. A Agnes engravida de Rafael aos 19 anos exatamente como eu no passado, em fevereiro de 2002, minha neta Gabriela nasce no dia 03.11.2002, ou seja, no mesmo dia em que meu filho abortado teria nascido, só que passados 27 anos. A diferença é que a Agnes é filha de uma mulher de posses e o Rafael de uma mulher humilde. Acredite você ou não por ordem Divina, ou por misericórdia Divina eu tenho hoje comigo através da Gabriela, minha neta, o meu filho abortado, e o Rafael marido de minha filha um dos meus gêmeos que perdi durante a gravidez gemelar  por conta da minha insanidade mental, que para mim não é tão somente meu genro, mais meu filho. Mais a história não acaba aqui, aos 38 anos perco um bebe com 4 meses de gestação provocado por uma descarga elétrica, e Deus me disse: Já devolvi seus 2 filhos o do aborto provocado e do aborto espontâneo, caso queira de volta este último que perdeu aos 38 anos, ajude mulheres a não perderem os delas como você perdeu o seu no passado. Por isso faço palestras sobre VIDA SIM ABORTO NÃO em escolas, faculdades, empresas, em condomínios, na condição de voluntária em defesa da vida. Salvar uma vida é um verdadeiro êxtase, e me deixa em conexão direta com o Divino, quem mais deseja o fim do aborto.

Testemunho 06

 


 EU FIZ UM ABORTO


 


Meu nome é Jacqueline, tenho 21 anos de idade, vivo no Brasil já há 2 anos com a minha irmã, e sou estudante universitária.


 


Vou compartilhar a minha historia com vocês quem sabe ajudara alguém que se encontra na mesma situação que eu.


 


Bem em 2004 eu já estava há 2 anos e meio com o meio ex namorado. A gente sempre teve um namoro a distancia só nos víamos nas férias. Em dezembro de 2004 fomos passar férias nos nossos pais como de costume a gente fazer, entre nos tava tudo indo muito bem. Em janeiro de 2005 ele voltou para o pais onde estuda e eu ainda fiquei uns dias no meu pais. Nesse tempo em que eu fiquei por lá, que foram 8 dias a mais depois da partida dele, comecei a sentir-me mal. Falei para as minhas amigas, assim compramos o teste de farmácia e deu positivo, fiz o teste durante 2 dias, pois ainda estava com esperança de não ser verdade, mas mesmo assim o resultado não mudou POSITIVO.


 


Estava com muito medo de contar ao meu namorado (na altura), mas mesmo assim liguei para ele e pedi para a minha amiga falar com ele. No momento não sei qual foi à reação dele, mas sei que ele ficou tão assustado quanto eu fiquei. Ele nem me perguntou o que eu queira, na verdade eu estava com muito medo, foi ai que falou no aborto. Em nenhum momento pensei na criança que estava dentro de mim, fui procurando me informar onde eu podia fazer o aborto (no meu pais não é ilegal), mas eu não encontrava, foi ai que um amigo nosso falou do tal citoteck, disse que era a coisa mais rápida já que em ia viajar em 2 dias. Eu nunca tinha ouvido falar de tal citoteck e perguntei para a minha amiga e ela foi logo contra, me explicou as complicações que podia me causar. Liguei para o meu namorado e falei o que achava, e disse para ele que se tivesse que tirar tinha que ser no médico. Mas ele não concordou muito e todas as horas eu me sentia pressionada por ele.


 


Minhas ferias acabaram e tive que voltar para o Brasil. Procurei meu ginecologista e ele me falou de cara que não fazia aborto e também não conhecia ninguém que fizesse. Foi ai que tudo comecei a perder o chão. Eu sentia-me perdida e sozinha, andava pela rua feita uma louca procurando alguém que pudesse me ajudar. Não agüentava mais fiquei muito deprimida e fui conversar com uma professora da faculdade e ela de primeira me falou para não tirar o bebe que ia me ajudar a arranjar emprego, mas a pressão do meu namorado era tanta que não sabia mais o que fazer. Quando ligasse para ele para desabafar ele brigava comigo e assim foi ate que eu descobri uma cidade que tinha um medico que fazia.


 


Eu sentia muito medo, só chorava. A primeira vez que o medico tentou fazer o aborto eu comecei logo a gritar e com isso ele não conseguiu fazer nada. Fui para casa rezei, pedi perdão, pedi uma luz para Deus, mas ai meu namorado ligou e falou para ter coragem. Então dia seguinte fui e fiz o aborto. Matei alguém inocente, alguém que não tem culpa de nada. Mas por medo, por me sentir perdida e sozinha fiz. Sei que isso não justifica o que fiz, mas peço perdão a Deus por tudo que fiz e que pudesse um dia me conceder o desejo de ser mãe. Depois de 2 dias meu namorado terminou comigo, acho que na verdade ele já queria terminar só não fez com medo que eu não fizesse o aborto. Fiquei tão deprimida, eu implorava para ele não me deixar porque ainda precisava dele, mas simplesmente ele me deixou e sempre que eu ligasse para ele, ele pisava em mim. Demorou para eu ultrapassar tudo sozinha, mas Deus abandona seus filhos por mais desumanos que sejamos.


 


Depois de 5 meses meu ex namorado pediu para voltar e eu como ainda gostava dele, voltei. Pediu-me desculpas e disse que nunca mais ia fazer o que fez comigo. Nas férias de julho que tive na faculdade fui ver ele, as coisas estão + ou – mas depois a gente superou.


 


Em agosto para o Brasil e as coisas entre nos estavam indo bem. Mas em setembro as coisas entre nos só iam de mal a pior e comecei a me preocupar porque a minha menstruação estava atrasada de 8 dias. Fui ao medico ele também não soube dizer o que eu tinha. Fiz o teste da farmácia e deu Positivo, mas mesmo assim fui fazer o teste de sangue e também deu positivo. Liguei e falei para ele (o meu namorado da primeira gravidez), como eu já esperava a reação dele foi à das piores, disse que o filho não era dele, que eu planejei, sou isso e aquilo, disse tudo que um homem pode dizer a uma mulher.


 


Hoje estou grávida desse homem que a primeira vez não soube se comportar como homem e agora ele repeti a mesma coisa. Só que dessa vez eu estou forte, não tenho medo das coisas que tem falado para mim. Depois ele viu que eu não sou mais aquela menina-moça que sempre fez o que ele quis. Ele disse para eu abortar, alias não sou ele como minha família também.


 


Mas eu não vou fazer o que eles acham que é certo fazer, faze rei o que meu coração mandar e acredito que se ate agora com 2 meses eu consegui enfrentar o que ate agora veio acredito com ajuda de deus que não me tem abandonado que conseguirei. Não me importo de ter que largar os estudos, mas também não vou cometer o mesmo erro duas vezes.


 


Sei que essas pessoas que hoje pedem para eu abortar não sabem a dor de tirar um inocente e depois se arrepender. Se Deus quis que eu em menos de um ano tivesse outro filho, farei o que ele quer. Mas não irei a medico nenhum.


 


Espero que todas as moças que peçam que tendo um filho perdesse tudo, o sonho de se formarem, o sonho de serem alguém na vida. Pois digo, eu ainda não tive meu filho, mas farei o que tiver ao meu alcance para que ele nasça feliz mesmo que o pai não o queira ele tem a mim. Sei que no começo será difícil, mas acredito que foi difícil para todo mundo ate mesmo para as nossas mães, porque ter um filho é uma mudança em nossa vide, é um privilégio que nem toda mulher tem o prazer de sentir ou ter. Pense antes de fazer esse erro, eu já cometi e deus me deu de novo esse privilegio de ser mãe. MEU FILHO ME DARA FORÇAS PARA VENCER NA VIDA.


 


UM FILHO É UMA BENÇAO. E NÃO PRECISAMOS ESTAR PREPARADAS PARA SER MÃES, PORQUE ACREDITO QUE NOSSOS PAIS NAO FIZERAM NENHUM CURSO PARA NOS TER e prova disso estamos aqui hoje gerando outros seres.

O fato que faz calar o argumento


Marcela: o fato que faz calar o argumento


(contrariando tudo o que dizem os abortistas, ela insiste em permanecer viva)
Quando o menino Jesus nasceu, “o rei Herodes ficou alarmado, e com ele Jerusalém inteira” (Mt 2,3). A pequena Marcela, de maneira semelhante, está causando grandes incômodos entre os defensores do aborto de anencéfalos.


Os abortistas insistem em dizer que um bebê com anencefalia nunca poderá viver mais que uma semana após o nascimento. Marcela, porém, já passou de dois meses de nascida, engordando em média cem gramas por semana. Em 30/01/2007, ela pesava 2,9 kg , com 50 cm de altura.


Os abortistas dizem e repetem que a mulher grávida de um anencéfalo carrega um “peso inútil” e que seria desumano exigir da mãe o sacrifício de não matar o bebê. Marcela, porém, longe de ser inútil, está fazendo a felicidade da família. Pelo simples fato de existir, ela é um presente para sua mãe.


Os abortistas, repetindo o que lamentavelmente disse o Conselho Federal de Medicina, afirmam que o anencéfalo é um “natimorto cerebral”, de modo que os órgãos poderiam ser extraídos dele, antes mesmo que a respiração cessasse (!). A exuberante atividade vital de Marcela, porém, faz cair por terra a idéia de que ela está “morta”. Impossível aceitar que a menina seja apenas um repositório de órgãos para transplante.


Os abortistas afirmam que o anencéfalo não pode sentir dor, nem ter consciência. No entanto, Marcela reage a todos os estímulos nervosos. Mamou no peito durante a primeira semana de nascida, e agora é alimentada por uma sonda. Sua mãe Cacilda e sua irmã Débora dão testemunho de ela chega a sorrir!


E Marcela veio nascer justamente na Diocese de Franca. Na mesma diocese em que, poucos dias antes, em 8 de novembro de 2006, uma mulher de 30 anos havia abortado sua filha anencéfala de sete meses, depois de obter autorização de um juiz! Na mesma diocese em que Dom Diógenes protestara veementemente contra a atitude desse juiz!


Entre as visitas que Marcela recebeu está a de uma mãe que abortou seu bebê anencéfalo. Acerca dela, Sra. Cacilda comenta: “A gente vê que ela está sofrendo, que está arrependida. Ela ficou emocionada”.


 O fato que faz calar o argumento


“Conta-se que Diógenes, diante de quem Zenão de Eléia desenvolvia seus argumentos contra a possibilidade do movimento, contentou-se, em vez de qualquer resposta, em levantar-se e andar…”.[1]


De maneira análoga, diante de todos os defensores da Argüição de Descumprimento de Preceito Fundamental 54 (ADPF 54), em juízo no Supremo Tribunal Federal, que pretende declarar lícito o aborto de bebês anencéfalos, a pequena Marcela, em vez de dar qualquer resposta, contenta-se em permanecer viva junto de sua mãe.


Anápolis, 05 de fevereiro de 2007.
Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz
Presidente do Pró-Vida de Anápolis

Aborto e pena de morte

 


Será que um cristão pode ser a favor da violência?


   


“Amai os vossos inimigos” (Lucas 6,27).


 


Na infinita bondade e misericórdia de Deus, Ele criou o ser humano à Sua imagem e semelhança. Ao criar o homem e a mulher, o Senhor dá uma prova concreta do Seu amor incondicional à humanidade. Nós nascemos da vontade de Deus. Nós passamos a existir a partir da decisão livre e amorosa d’Ele. Lendo e meditando a História da Salvação e a Sagrada Escritura, nós aprendemos que em Deus só há amor. Tudo o que Ele cria, faz e transforma é por amor, pois, “Deus é amor” (1Jo 4,16). E se nós fomos criados à Sua imagem e semelhança, logo, nós precisamos agir de tal maneira que sejamos reflexos do amor divino. As pessoas precisam reconhecer o amor de Deus em nós por meio de nossas atitudes e decisões. Pelo nosso modo de ser e de agir, precisamos irradiar o amor divino para o mundo e para a humanidade.


 


Parece que o ser humano tem uma queda à violência. Nas mais diversas fases da história da humanidade, nós percebemos que, em muitas ocasiões, o homem tenta resolver os seus problemas na base da força e da violência. Aquilo que popularmente se diz: “fazer justiça com as próprias mãos”. Às vezes, se pensa que o melhor mesmo é um retorno à “lei de Talião”, ou seja, “olho por olho, dente por dente”.


 


Recentemente, não só o Rio de Janeiro, mas, o Brasil inteiro ficou consternado, abismado, indignado e até revoltado com a violência que não pára e não tem limites. A brutalidade que chega a ponto de sacrificar um inocente de seis anos de idade, o pequeno e grande João Hélio, que barbaramente foi martirizado, preso pelo cinto de segurança pelo lado de fora do carro. A que ponto chega a barbárie?!


 


Diante de episódios tristes como este, reaparece o debate com relação à pena de morte. E junto com este tema, surge também na pauta dos Parlamentares do povo em geral a questão sobre o aborto. Precisamos conversar sobre esses dois temas. Mais do que conversar, precisamos ter uma consciência clara sobre o que a Santa Mãe Igreja nos ensina sobre esses dois assuntos. E mais: precisamos tomar uma posição e não ter medo nem vergonha de assumir uma posição bem clara e bem definida sobre isto. Será que um católico pode ser a favor da morte? Será que um cristão pode ser a favor da violência?


 


É muito interessante observar como a contradição encontra lugar em nosso pensamento e em nosso coração. Choramos e nos revoltamos ao ver um menino de seis anos ser violentamente assassinado. E isto é inaceitável mesmo! Não poderia jamais acontecer algo assim. Contudo, existem pessoas que gritam, fazem passeatas e esbravejam contra este tipo de violência, mas que, ao mesmo tempo, defendem a liberdade do aborto. Ou seja, são a favor da violência contra crianças que estão no ventre materno, indefesas e inocentes. São pequenos, são fetos, mas são vidas! Isso é uma grande contradição.


 


Existem Estados norte-americanos e países que legalizaram a pena de morte. E, no entanto, não conseguiram diminuir a violência. Esta é uma punição que não tem volta; irreparável. E se depois de se executar uma pessoa se descobrir a sua inocência? É bem verdade que o nosso sistema prisional está muito longe do ideal. Pois, não reeduca e não ressocializa as pessoas detidas. Pelo contrário, às vezes, até piora a conduta delas. Mas, este é um outro problema, que precisa ser resolvido também. A questão é sobre a nossa posição em relação à legalização da pena de morte e do aborto. Será mesmo que abortar, matar, executar, eliminar seria solução para os nossos problemas? A violência e a morte nunca solucionam problemas. Pelo contrário, os aumentam!


 


O ser humano foi criado para ser bom. Todas as vezes em que alguém pratica a violência e que se torna mau, contraria a sua própria natureza. E uma pessoa que age contra a sua natureza se torna alguém infeliz e angustiado. Quando contrariamos a origem de nossa criação, perdemos a graça, o brilho nos olhos e a beleza da vida. Todas as vezes em que pagamos o mal com o mal, nos tornamos parecidos com o mal. Por outro lado, sempre que respondemos ao mal com o bem, tornamo-nos parecidos com Deus. É no bem e no amor que ficamos semelhantes ao nosso Criador!


 


A graça de Deus pode mudar a vida das pessoas. Por pior que alguém seja, ele pode ser tocado por Deus. A conversão pode acontecer. Nós acreditamos em milagres. A conversão é um milagre. Deus pode realizar muitos milagres de conversão na nossa vida e na nossa família. Pois, para o Senhor não existe caso perdido. O Apóstolo Paulo, antes era Saulo e perseguia e matava os cristãos. Santo Agostinho, antes de sua conversão, teve uma vida devassa, e depois se tornou um grande homem, padre, bispo, doutor e santo da Igreja. A conversão pode acontecer. O nosso Deus é o Deus da vida e da vida em abundância. Sendo assim, um católico, um cristão, jamais pode ser a favor da pena de morte e do aborto. Por mais difícil que seja a situação, somos e seremos sempre a favor da vida. O mundo – para ser melhor – não precisa de aborto nem de pena de morte. O mundo – para ser melhor – precisa de Deus!



 


 Padre Silvio Andrei


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