O mês da Bíblia



O mês da Bíblia
Aqueles que leem a Bíblia progridem na vida do Evangelho


A Palavra de Deus está sempre ao alcance da mão e do coração de quem segue a Deus. E por moção do Espírito Santo, a Palavra vai transformando o coração das pessoas e moldando a comunidade cristã. É claro, supondo um coração aberto, como de discípulo diante do mestre. O profeta Jeremias fez uma experiência profunda: nas mãos de Deus sentiu-se como um vaso de barro nas mãos do oleiro.



As famílias, os grupos e as comunidades que leem a Bíblia de fato progridem na vivência do Evangelho, em unidade com a vontade de Deus e na comunhão fraterna. A Palavra meditada impulsiona as pessoas a superar o pecado e o azedume, causando certa plenitude espiritual com uma aura de paz e de alegria.



É o encantamento espiritual, a força interior, a capacidade de passar imune pelas tentações que nos rodeiam.



São Francisco de Assis, um dos grandes revolucionários da humanidade, apregoava a vida fraterna em meio ao egoísmo; a vida em Deus, mesmo em meio ao prurido da carne e do consumismo; a alegre adesão à vontade de Deus, vencendo o orgulho e a sede do poder. Quando se chega a uma fraternidade assim, logo se capta o perfume do Evangelho.



Por pedagogia, destinamos o mês de setembro a conhecer a Bíblia. Aliás, primeiro a ter a Bíblia em casa. Depois, a lê-la diariamente. Aprender a meditá-la diante de Deus, num coração orante.



A família aprende a acolher de modo afável seus membros: os pais se relacionam de modo afetivo com os filhos, como Deus, com Seu povo. Os filhos, por sua vez, acolhem os pais de modo pacífico, criando um ambiente sereno e alegre. É o encantamento da família.



É neste ambiente que germinam as vocações cristãs, que se alimentam ideais generosos e se superam obstáculos à felicidade.



Seja feliz! Conheça, leia e medite a Palavra de Deus.


 

A graça de ser só


A graça de ser só


Há pessoas que acham um absurdo o fato de padre não poder casar


Ando pensando no valor de ser só. Talvez seja por causa da grande polêmica que envolveu a vida celibatária nos últimos dias. Interessante como as pessoas ficam querendo arrumar esposas para os padres. Lutam, mesmo que não as tenhamos convocado para tal, para que recebamos o direito de nos casar e constituir família.



Já presenciei discursos inflamados de pessoas que acham um absurdo o fato de padre não poder casar.



Eu também fico indignado, mas de outro modo. Fico indignado quando a sociedade interpreta a vida celibatária como mera restrição da vida sexual. Fico indignado quando vejo as pessoas se perderem em argumentos rasos, limitando uma questão tão complexa ao contexto do “pode ou não pode”.



A sexualidade é apenas um detalhe da questão. Castidade é muito mais. Castidade é um elemento que favorece a solidão frutuosa, pois nos coloca diante da possibilidade de fazer da vida uma experiência de doação plena. Digo por mim. Eu não poderia ser um homem casado e levar a vida que levo. Não poderia privar os meus filhos de minha presença para fazer as escolhas que faço. O fato de não me casar, não me priva do amor. Eu o descubro de outros modos. Tenho diante de mim a possibilidade de ser daqueles que precisam de minha presença. Na palavra que digo, na música que canto e no gesto que realizo, o todo de minha condição humana está colocado. É o que tento viver. É o que acredito ser o certo.



Nunca encarei o celibato como restrição. Esta opção de vida não me foi imposta. Ninguém me obrigou a ser padre, e, quando escolhi sê-lo, ninguém me enganou. Eu assumi livremente todas as possibilidades do meu ministério, mas também todos os limites. Não há escolhas humanas que só nos trarão possibilidades. Tudo é tecido a partir dos avessos e dos direitos. É questão de maturidade.



Eu não sou um homem solitário, apenas escolhi ser só. Não vivo lamentando o fato de não me casar. Ao contrário, sou muito feliz sendo quem eu sou e fazendo o que faço. Tenho meus limites, minhas lutas cotidianas para manter a minha fidelidade, mas não faço desta luta uma experiência de lamento. Já caí inúmeras vezes ao longo de minha vida. Não tenho medo das minhas quedas. Elas me humanizaram e me ajudaram a compreender o significado da misericórdia. Eu não sou teórico. Vivo na carne a necessidade de estar em Deus para que minhas esperanças continuem vivas. Eu não sou por acaso. Sou fruto de um processo histórico que me faz perceber as pessoas que posso trazer para dentro do meu coração. Deus me mostra. Ele me indica, por meio de minha sensibilidade, quais são as pessoas que poderão oferecer algum risco para minha castidade. Eu não me refiro somente ao perigo da sexualidade. Eu me refiro também às pessoas que querem me transformar em “propriedade privada”. Querem depositar sobre mim o seu universo de carências e necessidades, iludidas de que eu sou o redentor de suas vidas.



Contra a castidade de um padre se peca de diversas formas. É preciso pensar sobre isso. Não se trata de casar ou não. Casamento não resolve os problemas do mundo.


Nem sempre o casamento acaba com a solidão. Vejo casais em locais públicos em profundo estado de solidão. Não trocam palavras nem olhares. Não descobriram a beleza dos detalhes que a castidade sugere. Fizeram sexo de mais, mas amaram de menos. Faltou castidade, encontro frutuoso, amor que não carece de sexo o tempo todo, porque sobrevive de outras formas de carinho.



É por isso que eu continuo aqui, lutando pelo direito de ser só, sem que isso pareça neurose ou imposição que alguém me fez. Da mesma forma que eu continuo lutando para que os casais descubram que o casamento também não é uma imposição. Só se casa aquele que quer. Por isso perguntamos sempre – É de livre e espontânea vontade que o fazeis? – É simples. Castos ou casados, ninguém está livre das obrigações do amor. A fidelidade é o rosto mais sincero de nossas predileções.


Padre Fábio de Melo


 

Por que o celibato do sacerdote?


Por que o celibato do sacerdote?


O casamento poderia trazer muitas dificuldades aos sacerdotes

Jesus Cristo é o verdadeiro sacerdote e foi celibatário; então, a Igreja vê n’Ele o modelo do verdadeiro sacerdote que, pelo celibato, se conforma ao grande Sacerdote. Jesus deixou claro a Sua aprovação e recomendação ao celibato para os sacerdotes, quando disse: “Porque há eunucos que o são desde o ventre de suas mães, há eunucos tornados tais pelas mãos dos homens e há eunucos que a si mesmos se fizeram eunucos por amor do Reino dos céus. Quem puder compreender, compreenda” (Mateus 19,12).



Nisso Cristo está dizendo que os sacerdotes devem assumir o celibato, como Ele o fez, “por amor ao Reino de Deus”. O sacerdote deve ficar livre dos pesados encargos de manter uma família, educar filhos, trabalhar para manter o lar; podendo assim dedicar-se totalmente ao Reino de Deus. É por isso que, desde o ano 306, no Concílio de Elvira, na Espanha, o celibato se estendeu por todo o Ocidente, até que em 1123 o Concílio universal de Latrão I o tornou obrigatório.



É preciso dizer que a Igreja não impõe o celibato a ninguém; ele deve ser assumido livremente e com alegria por aqueles que têm essa vocação especial de se entregar totalmente ao serviço de Deus e da Igreja. É uma graça especial que o Senhor concede aos chamados ao sacerdócio e à vida religiosa. Assim, o celibato é um sinal claro da verdadeira vocação sacerdotal.



No início do Cristianismo a grandeza do celibato sacerdotal ainda não era possível; por isso São Paulo escreve a Timóteo, que o grande Apóstolo colocou como bispo de Éfeso, dizendo: “O epíscopo ou presbítero deve ser esposo de uma só mulher” (1Tm 3, 2). Estaria, por isso, o padre hoje obrigado a se casar? Não. O Apóstolo dos gentios tinha em vista uma comunidade situada em Éfeso, cujos membros se converteram em idade adulta, muitos deles já casados. Dentre esses o Apóstolo deseja que sejam escolhidos para o sacerdócio homens casados (evitando os viúvos recasados). Já no ano 56, São Paulo, que optou pelo celibato, escrevia aos fiéis de Corinto (cf. 1Cor 7,25-35) enfatizando o valor do celibato: “Aos solteiros e às viúvas digo que lhes é bom se permanecessem como eu. Mas se não podem guardar a continência que se casem” (1Cor 7,8). “Não estás ligado a uma mulher? Não procures mulher”. São Paulo se refere às preocupações ligadas ao casamento (orçamento, salário, educação dos filhos…). E enfatiza:



“Quem não tem esposa, cuida das coisas do Senhor e do modo de agradar à esposa, e fica dividido. Da mesma forma a mulher não casada e a virgem cuidam das coisas do Senhor, a fim de serem santas de corpo e de espírito. Mas a mulher casada cuida das coisas do mundo; procura como agradar ao marido”. “Procede bem aquele que casa sua virgem; aquele que não a casa, procede melhor ainda” (1Cor 7, 38). A virgindade consagrada e o celibato não tinham valor nem para o judeu nem para o pagão. Eles brotam da consciência de que o Reino já chegou com Jesus Cristo.



O último Sínodo dos Bispos sobre a Eucaristia confirmou o celibato e o Papa Bento XVI expressou isso na Exortação Apostólica pos-sinodal “Sacramentum Caritatis”, de 22 fev 2007. Disse o Sumo Pontífice:



“Os padres sinodais quiseram sublinhar como o sacerdócio ministerial requer, através da ordenação, a plena configuração a Cristo… é necessário reiterar o sentido profundo do celibato sacerdotal, justamente considerado uma riqueza inestimável e confirmado também pela prática oriental de escolher os bispos apenas de entre aqueles que vivem no celibato (…) Com efeito, nesta opção do sacerdote encontram expressão peculiar a dedicação que o conforma a Cristo e a oferta exclusiva de si mesmo pelo Reino de Deus. O fato de o próprio Cristo, eterno sacerdote, ter vivido a sua missão até ao sacrifício da cruz no estado de virgindade constitui o ponto seguro de referência para perceber o sentido da tradição da Igreja Latina a tal respeito. Assim, não é suficiente compreender o celibato sacerdotal em termos meramente funcionais; na realidade, constitui uma especial conformação ao estilo de vida do próprio Cristo. Antes de mais, semelhante opção é esponsal: a identificação com o coração de Cristo Esposo que dá a vida pela sua Esposa. Em sintonia com a grande tradição eclesial, com o Concílio Vaticano II e com os Sumos Pontífices meus predecessores, corroboro a beleza e a importância duma vida sacerdotal vivida no celibato como sinal expressivo de dedicação total e exclusiva a Cristo, à Igreja e ao Reino de Deus, e, consequentemente, confirmo a sua obrigatoriedade para a tradição latina. O celibato sacerdotal, vivido com maturidade, alegria e dedicação, é uma bênção enorme para a Igreja e para a própria sociedade” (n.24).



O Mahatma Ghandi, hindu, tinha grande apreço pelo celibato. Ele disse: “Não tenham receio de que o celibato leve à extinção da raça humana. O resultado mais lógico será a transferência da nossa humanidade para um plano mais alto… “Vocês erram não reconhecendo o valor do celibato: eu penso que é exatamente graças ao celibato dos seus sacerdotes que a Igreja católica romana continua sempre vigorosa” (Tomás Tochi, “Gandhi, mensagem para hoje”, Ed. Mundo 3, SP, pp. 105ss,1974).



Alguns querem culpar o celibato pelos erros de uma minoria de padres que se desviam do caminho de Deus. A queda desses padres no pecado não é por culpa do celibato, e sim por falta de vocação, oração, zelo apostólico, mortificação, etc; tanto assim que a maioria vive na castidade e por uma longa vida. Quantos e quantos padres e bispos vivendo em paz e já com seus cabelos brancos!



O casamento poderia trazer muitas dificuldades aos sacerdotes. Não nos iludamos, casados, eles teriam todos os problemas que os leigos têm, quando se casam. O primeiro é encontrar, antes do diaconato, uma mulher cristã exemplar que aceite as muitas limitações que qualquer sacerdote tem em seu ministério. Essa mulher e mãe teria de ficar muito tempo sozinha com os filhos. Depois, os padres casados teriam de trabalhar e ter uma profissão, como os pastores protestantes, para manter a família. Quantos filhos teriam? Certamente não todos que talvez desejassem. Teriam certamente que fazer o controle da natalidade pelo método natural Billings, que exige disciplina. A esposa aceitaria isso?



Além disso, podemos imaginar como seria nocivo para a Igreja e para os fiéis o contratestemunho de um padre que por ventura se tornasse infiel à esposa e mãe dos seus filhos! Mais ainda, na vida conjugal não há segredos entre marido e mulher. Será que os fiéis teriam a necessária confiança no absoluto sigilo das confissões e aconselhamentos com o padre casado? Você já pensou se um dos filhos do padre entrasse pelos descaminhos da violência, da bebedeira, das drogas e do sexo prematuro, com o possível engravidamento da namorada?



Tudo isso, mas principalmente a sua conformação a Jesus Cristo, dedicado total e exclusivamente ao Reino de Deus, valoriza o celibato sacerdotal.




 

Felipe Aquino

Eucaristia, é o alimento indispensável para os cristãos, diz o Papa Bento XVI!



Eucaristia, é o alimento indispensável para os cristãos, diz o Papa Bento XVI!



A Eucaristia é para todas as gerações cristãs o indispensável alimento do deserto deste mundo desertificado por sistemas ideológicos e econômicos que mortificam a vida. Foi o que disse o Papa nesta tarde, 07, durante a Missa para a Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Jesus.


Bento XVI presidiu a tradicional Celebração Eucarística no pátio da Basílica de São João de Latrão e seguiu em procissão até a Basílica de Santa Maria Maior.
Jesus é o ‘Pão da Vida’, alimento que sustenta no caminho da humana existência e o Mistério eucarístico “é o dom que Cristo faz de si mesmo, revelando-nos o amor infinito de Deus para cada homem”.


A solenidade de Corpus Christi nos recorda isso, e “exatamente porque se trata de uma realidade misteriosa que ultrapassa nossa compreensão – sublinhou o Papa – não devemos nos maravilhar se também hoje muitos tem dificuldade em aceitar a presença real de Cristo na Eucaristia”: “A Eucaristia torna-se ’sinal de contradição’ e não pode não ser, porque um Deus que se faz carne e, sacrifica a si mesmo pela vida do mundo, coloca em crise a sabedoria dos homens”.


Mas neste mundo dominado pela lógica do ter e onde encontra mais espaço a violência, a Eucaristia permanece como nutrição vital para os cristãos:


“Como o maná para o povo de Israel, assim para cada geração cristã a Eucaristia é o indispensável alimento que a sustenta enquanto atravessa o deserto deste mundo, dominado por sistemas ideológicos e econômicos que não promovem a vida, mas a mortificam; um mundo onde domina a lógica do poder e do ter ao invés do serviço e do amor; um mundo onde não raramente triunfa a cultura da violência e da morte”.


Bento XVI também recordou que ‘o Dom da Eucaristia’, recebeu dos Apóstolos na Última Ceia, é destinado a todos, ao mundo inteiro”, e é “exposto abertamente, para que cada um possa encontrar ‘Jesus que passa’… para que cada um, recebendo-o, possa ser sanado e renovado pela força de seu amor”.


“A Eucaristia – prosseguiu o Papa – é um chamado á santidade e ao Dom de si aos irmãos, porque ‘a vocação de cada um de nós é estar, juntos com Jesus, Pão partido para a vida do mundo’”. E a Adoração Eucarística, disse ainda o Santo Padre, convida a refletir “sobre o fato que Cristo se imolou pela humanidade inteira”:


“A festa de Corpus Domini quer tornar perceptível, não obstante a dureza do nosso ouvido interior, este toque do Senhor. Jesus bate a porta do nosso coração e pede para entrar não somente pelo espaço de um dia, mas para sempre”.


E a procissão, na Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo, concluiu Bento XVI, é como imergir Jesus “em nosso cotidiano, para que Ele caminhe onde nós caminhamos, para que Ele viva onde nós vivemos”.


Fonte: Portal Catolico



 

O purgatório existe??


Abaixo colocamos partes dos escritos de Maria Sima, uma senhora austríaca falecida recentemente, que durante muitos anos teve a visão das almas do Purgatório.

A tradução e gentileza é de Karl, e isso vem mostrar que tais visões e revelações não são uma exclusividade do Cláudio, embora o carisma dela tivesse uma conotação um pouco diferente: Ela recebia as visitas das almas, que contavam sua história e pediam que Maria rezasse ou sofresse por elas. Muitas almas devem a sua salvação a esta alma vítima.
 
As  Almas  do  Purgatório  me  disseram…                      
 
Este é o titulo de um livro escrito por  Maria Simma,  uma senhora nascida na Áustria no ano de 1915, na pequena aldeia de “Sonntag”, em família muito pobre. Segunda de oito filhos, desde pequena rezava muito pelas almas, como a sua mãe. Teve a graça de receber visitas de almas desde os seus 25 anos de idade, pelo resto de sua vida. Não pretendemos resumir o livro, mas apenas mencionar alguns itens.
                                                                                                                                                                     (1)
Pode parecer estranho, porém não é novidade na história da humanidade. Encontramos uma série de relatos, inclusive feitos por santos canonizados, como o Santo Cura d’Ars, São João Bosco, Santa Catarina de Gênoa (que escreveu muito a respeito), e muitos outros. O mais interessante é que todos esses relatos são muito semelhantes um ao outro.
 
A primeira alma veio à sua casa no ano de 1940, das 03 às 04 horas de madrugada. Diz ela: Ouvi al- guém andando no meu quarto e acordei. Olhei para ver quem podia ter entrado. Era um estranho, que andava lentamente. Perguntei severo “Como entraste? Que coisa perdeste? Que fazes tu?”  Mas como não me respondia, levantei-me de um salto para segurá-lo, e toquei no nada…  O homem havia desapa-recido. Voltei à cama e de novo comecei a senti-lo. Outra vez me levantei para segurá-lo, mas de novo esbarrei no nada. Perplexa voltei à cama. Ele não voltou, mas não consegui mais dormir. Aliás, minha mãe dizia que desde pequena nunca tive medo de nada. Pela manhã, após a Missa, encontrei-me com o meu Diretor Espiritual. Ele me disse: “Se tudo acontecer de novo, não pergunte quem és, mas pergunte que coisa queres de mim?  
 
Na noite seguinte, o mesmo homem retornou. Perguntei: “Que coisa queres de mim?”  Ele disse:“Manda celebrar três missas por mim e serei libertado.”  Então compreendi que era uma alma do purgatório. O meu Diretor Espiritual me confirmou. Aconselhou-me a não rejeitar as almas do purgatório, mas de acolhê-las com generosidade. Por alguns anos continuaram poucas visitas, mas depois vieram mais e mais. Muitas vezes pedem Santas Missas por elas e de assistí-las.  Pedem para rezar o Santo Rosário, a Via Sacra ou outras orações em suas intenções.
 
QUE COISA É O PURGATÓRIO?  Conforme contam as almas, é uma invenção genial da parte de Deus. Imagina um dia lhe aparecer um ser extraordinariamente belo. Ficaríeis fascinados e atônitos por esse ser de luz e beleza. Tanto mais que Ele demonstra ser totalmente enamorado de vós. Queima já no vosso coração o fogo do amor que vos faz querer abraçá-lo. Mas eis que vos dais conta que não sois lavados há meses, tendes um mau cheiro, vos sentis horrivelmente feios… Então vós mesmos direis: “Não, não é possível que me apresente neste estado. Preciso primeiro me lavar, tomar um banho e depois tornar a vê-lo.  O purgatório é exatamente para isto. Para o pecador ter oportunidade de se purifi-car antes de abraçar Jesus.
 
Nenhuma alma do purgatório quer voltar para a terra, porque essas já têm um conhecimento de Deus infinitamente superior ao nosso, e não querem mais retornar às trevas deste mundo. Elas mesmas que decidem ir para o purgatório para se purificarem antes de entrar no paraíso.
 
QUAIS OS PECADOS QUE LEVAM AO PURGATÓTIO?  São os pecados contra a caridade, contra o amor ao próximo, a dureza de coração, a hostilidade, a calúnia, sexo livre, sim, todas essas coisas. Porém a maledicência e a calúnia são as mais graves, que necessitam de uma longa purificação.
 
E COMO EVITAR O PURGATÓRIO? Ter um coração bom para com todos. A caridade cobre uma multi-dão de pecados. Devemos fazer muito pelas almas do purgatório, porque elas nos ajudam  sempre. É preciso ter muita humildade. É esta a maior arma contra o maligno. A humildade elimina o mal. Uma história contada por Maria:
 
Conheci um jovem de vinte anos. Habitava um lugarejo vizinho ao meu. Este lugar foi duramente castigado por avalanches que mataram grande número de pessoas. Uma tarde, quando se encontrava na casa de seus pais, inesperadamente veio um desabamento terrível vizinho à sua casa. Ele ouvindo os gritos desesperados de socorro, se levantou para prestar ajuda àquelas pessoas. A mãe, fechando a porta, disse: “Não! os outros irão socorrê-los, não nós! Não quero que sejas um morto a mais.” Mas o jovem disse: “sim, eu vou! Não quero deixá-los morrer assim!”. Mas eis que ele também, ao sair, foi soterrado e morreu.
Dois dias depois ele veio visitar-me durante a noite e me disse: “Manda celebrar três missas por mim e serei libertado. Tive uma vida cheia de pecados, mas pelo grande ato de amor, colocando em risco a minha própria vida, o Senhor me acolheu assim tão depressa com benevolência. Sim, a caridade cobre uma multidão de pecados.”  Neste episódio se vê, como um só ato de amor desinteressado foi suficiente para purificar este jovem de uma vida toda vivida no pecado. O Senhor aproveitou este momento de amor para chamá-lo a si.                                                                            
(2)                            
                                                                                                                                                                 A SANTA MISSA  é o meio mais eficaz para facilitar a libertação das almas do purgatório, porque aí é o próprio Cristo que se oferece a Deus por amor a nós.  Se em vida tivermos rezado e participado das missas com todo coração, e durante a semana tivermos vivido segundo o nosso tempo disponível, essas missas trarão um maior proveito para nós quando morrermos, do que as que forem celebradas depois. Uma alma do purgatório vê muito bem o dia do seu funeral, se se reza verdadeiramente por elas, ou se simplesmente faz-se ato de presença ara mostrar que está lá. As almas dizem que as lágrimas não servem de nada para ajudá-las. Ao contrário, serve muito a oração.
 
O SOFRIMENTO E O PURGATÓRIO:  A primeira vez que uma alma me perguntou se eu queria sofrer por três horas por ela, eu disse para mim mesma: “se é só por três horas, vou aceitar”. Mas aquelas três horas me pareciam que duravam três dias, os sofrimentos eram terríveis. Mas no final olhei para o relógio e vi que haviam passado somente três horas. Esta alma depois me disse que por eu ter aceitado sofrer por três horas, ela havia sido poupada de passar mais vinte anos no purgatório. Mas é possível ?
Bem, quando se sofre sobre a terra, e ainda mais voluntariamente, podemos crescer no amor de Deus. Isto não é o caso dos sofrimentos no purgatório, que servem somente para purificar os pecados. Sobre a terra temos todas as graças, temos a liberdade de escolher.
 
INDULGÊNCIAS:  As almas dizem  que também as Indulgências têm um grande valor, seja para liberta-ção delas, seja para nós. Talvez seja até uma verdadeira crueldade não aproveitarmos esses tesourosque a Igreja nos propõe em favor das almas do purgatório. É pouco sacrifício para muito proveito.
 
As almas do purgatório não podem fazer nada por elas mesmas. São totalmente impotentes, e se os vivos não rezarem por elas, ficarão em completo abandono. Eis porque é importante utilizar o imenso poder , incrível, que todos nós temos nas mãos para ajudar a libertar as almas que sofrem. Esta é talvez a maneira mais bela de exercitar a caridade.
 
REENCARNAÇÃO:  As almas dizem que Deus nos dá uma só vida.  Não há reencarnação.
 
EXISTEM PADRES NO PURGATÓRIO?  (Quando ouviu essa pergunta, Maria levantou os olhos para o céu como se dissesse: Ai, meu Deus!!!. Respondeu:) Sim, são muitos. Estão lá por não terem ajudado aos seus fiéis a terem respeito pela eucaristia. Negligenciaram a oração e a sua fé diminuiu. Porém, é também verdade, que muitos e muitos padres foram e vão diretamente para o céu.
 
EXISTEM CRIANÇAS NO PURGATÓRIO?  Sim, mas para elas o purgatório não é muito longo nem muito penoso, porque a essas falta o pleno discernimento.
 
PECADOS  CONTRA A NATUREZA:  As almas que eu conheci (do purgatório) não se perderam, mas devem sofrer muito para purificar-se. Em todas as perversões está presente a obra do maligno e, de um modo particular, no homossexualismo. Diria para rezarem sobretudo a São Miguel Arcanjo, porque é ele, por excelência, quem combate o maligno.
 
A PRÁTICA DO ESPIRITISMO:  Não é boa. É sempre o diabo que faz mover as coisas. Não é lícito chamar as almas. A mim elas vêm por permissão de Deus, eu não as chamo. No espiritismo, invocam-se os espíritos, mas é o próprio demônio  que vem fingindo ser a alma deste ou daquele outro. Apresenta-se com falsa aparência, sem ser chamado. Uma vez, uma alma veio encontrar-me e me disse: “Não deves acolher a alma que virá depois de mim, porque ela te pedirá muito sofrimento. Tu não tens saúde para aceitar aquilo que ela te pedir.” Fiquei perturbada, pois meu Diretor Espiritual me havia dito que devo acolher  com generosidade os seus pedidos. Pensei comigo: será que aquele é o demônio? Fiz o sinal da cruz e disse àquele homem: “Se tu és o demônio, vai-te!!!” De súbito soltou um forte grito e fugiu. E a alma que veio depois, era verdadeiramente uma alma que precisava muito da minha ajuda, e a atendi.
 
OS BENS MAL ADQUIRIDOS:  Fiquei mais conhecida, quando as almas começaram a pedir-me para suplicar às suas famílias a fim de que restituíssem um bem adquirido ilicitamente. Os familiares viram que o que eu dizia era verdadeiro. Muitas vezes as almas vieram encontrar-me para dizer-me: “Vai a minha família, em tal lugar, e diz ao meu filho, ao meu pai, ao meu irmão, para restituir tal propriedade, tal soma de dinheiro, tal objeto, e eu serei libertada do purgatório quando estes bens forem restituídos (porque eu participei do ato ilícito). E assim ficavam maravilhadas por eu conhecer tudo. Fiquei conhecida, porque os jornais publicaram esses acontecimentos.
 
UMA  PROPOSTA  PARA TODOS: (3)
Tenho uma proposta para fazer a todos aqueles que leram estes belos testemunhos. A proposta é esta: de tomarmos a decisão de nenhum de nós ir ao purgatório.  Isto é perfeitamente possível. Nós temos tudo nas mãos. São Jo ão da Cruz disse que a providência de Deus provê sempre, na vida de todo homem, a purificação necessária, a fim de que, quando chegarmos no momento da morte, possamos ir diretamente para o Céu. A providência coloca nas nossas vidas bastante contrariedades, provas, sofrimentos, doenças e faz com que esses meios de purificação sejam suficientes para nos conduzir, se assim quisermos, e ir direto para o Céu.
 
Mas porque são tão pouco utilizados? Porque nós nos rebelamos, não acolhemos com amor, com reconhecimento, este presente valiosíssimo que são as provas e os sofrimentos na nossa vida, e os perdemos por causa das nossas rebeliões e pela não submissão. Agora, peçamos ao Senhor, a graça de saber acolher verdadeiramente cada ocasião, a fim de que no dia da nossa morte, Jesus nos veja resplandescentes de beleza  e de pureza.
 
Certamente se nós decidirmos isto, não digo que o caminho será fácil, pois o Senhor jamais disse que seria, jamais prometeu a facilidade, mas o caminho será na paz e será um caminho de encontro e felicidade, isto sim. O Senhor estará conosco, sobretudo se quisermos aproveitar o tempo que nos resta aqui na terra, tempo este tão precioso, durante o qual nos é agora concedido crescer no amor, enquanto que as almas do purgatório não podem fazer mais nada por si mesmas. Cada ato de amor que nós oferecermos ao Senhor, cada pequena renúncia, cada pequeno jejum, cada pequena privação, cada luta contra nossas tendências e contra os nossos defeitos, os pequenos perdões aos nossos inimigos, em suma, todas as pequenas coisas que possamos oferecer, será para nós, mais tarde, um ornamento, uma jóia, um verdadeiro tesouro para a eternidade.
 
Agora acolhamos cada ocasião para sermos belos como Deus deseja desde já que o sejamos. E se víssemos em plena luz, o esplendor das almas puras, o esplendor de uma alma que é purificada, nós choraríamos de alegria, de maravilhados, tanta é a sua beleza. Uma alma humana é qualquer coisa de esplendido diante de Deus, e é por isto que Deus nos deseja perfeitamente puros. A nossa pureza não consiste em não havermos cometido jamais erros, mas em saber arrepender-nos dos que cometemos e em sermos humildes. Vejam! Isto é muito diverso. Os santos não são pessoas impecáveis, mas são aquelas que sabem levantar-se e pedir perdão, cada vez que caem.
 
Agora, acolhamos também, nós todos, esses maravilhosos meios que o Senhor colocou em nossas mãos para ajudar as almas do purgatório, que ainda sofrem por não terem chegado até Deus. Não esqueçamos que a oração das crianças têm um poder imenso no coração de Deus. Ensinemos as crianças a rezarem. Queria dizer também que os aposentados, e todos aqueles que têm o tempo livre, andassem mais assiduamente à  Santa Missa. Poderiam acumular sufrágios não somente para eles, mas também para os seus falecidos e por milhares e milhares de almas. O valor de uma só Missa é incomensurável. Ah, se todos se dessem conta!
 
Quantas riquezas nós perdemos, por causa da nossa ignorância, da indiferença, ou simplesmente pela nossa preguiça! E dizer, que temos em nossas mãos o poder de salvar os nossos irmãos, tornando-se nós mesmos co-redentores, junto com Jesus nosso salvador e redentor!   (ass.)   Maria Simma.
 
NOSSA SENHORA FALA DAS ALMAS DO PURGATÓRIO, EM MEDJUGORIE:
 
Queridos filhos! Hoje desejo convidá-los a orar todos os dias pelas almas do purgatório. Para todas as almas é necessária a oração e a graça, para chegarem a Deus e ao Amor de Deus. Com isso, também vocês, queridos filhos, recebem novos intercessores, que os ajudarão na vida, a compreender que as coisas da Terra não são importantes para vocês; que só o Céu é a meta para a qual vocês devem encaminhar-se. Por isso, queridos filhos, rezem sem descanso, a fim de que vocês possam ajudar a si mesmos e também aos outros, para os quais as orações trarão a alegria.  Obrigado por terem correspondido a meu apelo.  (06.11.1986)
 
Elaborado em março de 2008:  K.W. Lay,  Laykw @ terra.com.br 
  
 OBS: Um pequena história sobre as almas, conforme a revelações de Maria Sima. Conta ela que certa vez viajava de ônibus e ao seu lado sentou um jovem, que se dizia ateu e que muito blasfemava contra a Igreja. Ela tentou contemporizar, mas ele se mostrava irredutível.

Quando saiam do ônibus, e assim que o jovem pisou no chão, ela vinha logo atrás dele. Então Maria simplesmente disse em seu coração: Que Deus tenha pena desta pobre alma.

E aconteceu que, 20 anos mais tarde, achava-se ela em oração e de repente vê aparecer diante de sim um senhor, na verdade uma alma do Purgatório, e lhe perguntou se o conhecia. Ela disse que não, pois eram tantos…
Então ele contou a ela a história do jovem herege, que 20 anos antes ela tinha visto no ônibos, e este lhe perguntou se ela lembrava. Sim, disse ela, lembro bem agora deste fato. Então a alma lhe perguntou se ela lembrava da frase que ela tinha pronunciado em seu coração, quando saiam o ônibus? Sim, eu disse: Que Deus tenha pena desta pobre alma!

Pois bem, disse ela: este seu desejo foi atendido por Deus, e na hora de minha morte, devido apenas a este fato, eu tive a graça da contrição final, sem o que eu teria me perdido eternamente. 
 
Vejam como é fácil salvar almas, basta um desejo ardente de fazer isso, tudo no amor de Deus, o único que salva. O amor é que salva, e nós podemos fazer parte deste grande mistério, na verdade a maior de todas as obras de caridade. Alias esta é a única caridade que verdadeiramente alcança o infinito: a que brota do amor, para levar a eternidade!

Aquela que brota do orgulho, para um bem finito, “já recebeu a sua consolação”. E esta não salva, antes faz perder eternamente! Então é falsa caridade! Mas é esta que parte falsa e podre da Igreja Católica tem buscado tenazmente.



Toda  “caridade” que visa construir um paraíso aqui na terra é obra morta, que não produz um só fruto de eternidade. Os padres que seguem esta falsa teologia, (talvez a Teologia da Libertação: SDJ) sem excessão, chegam diante do Juíz de joelhos… e de mãos vazias!
 
 
Fonte: Recados do Aarão