Papa envia mensagem pelo Dia Mundial de Oração pelas Vocações

Papa envia mensagem pelo Dia Mundial de Oração pelas Vocações






Por ocasião do 52º Dia Mundial de Oração pelas Vocações, o papa Francisco ordenou 19 novos sacerdotes da diocese de Roma. A missa foi celebrada, no domingo, 26, na Basílica de São Pedro. Durante a homilia, o pontífice recordou que a vocação sacerdotal é um chamado feito por Cristo, para servir o povo de Deus. “Entre todos os discípulos o Senhor escolhe alguns em particular para exercerem publicamente, na Igreja, o ofício sacerdotal em favor de todos os homens e para continuarem, assim, a sua missão de Senhor, sacerdote e pastor”, disse Francisco.


Confira a íntegra da mensagem do papa.


 


MENSAGEM DO PAPA FRANCISCO


PARA O 52º DIA MUNDIAL


DE ORAÇÃO PELAS VOCAÇÕES


26 de Abril de 2015 – IV Domingo de Páscoa


 


Tema: “O êxodo, experiência fundamental da vocação”


Amados irmãos e irmãs!


O IV Domingo de Páscoa apresenta-nos o ícone do Bom Pastor, que conhece as suas ovelhas, chama-as, alimenta-as e condu-las. Há mais de 50 anos que, neste domingo, vivemos o Dia Mundial de Oração pelas Vocações. Este dia sempre nos lembra a importância de rezar para que o «dono da messe – como disse Jesus aos seus discípulos – mande trabalhadores para a sua messe» (Lc 10, 2). Jesus dá esta ordem no contexto dum envio missionário: além dos doze apóstolos, Ele chamou mais setenta e dois discípulos, enviando-os em missão dois a dois (cf. Lc 10,1-16). Com efeito, se a Igreja «é, por sua natureza, missionária» (Conc. Ecum. Vat. II., Decr. Ad gentes, 2), a vocação cristã só pode nascer dentro duma experiência de missão. Assim, ouvir e seguir a voz de Cristo Bom Pastor, deixando-se atrair e conduzir por Ele e consagrando-Lhe a própria vida, significa permitir que o Espírito Santo nos introduza neste dinamismo missionário, suscitando em nós o desejo e a coragem jubilosa de oferecer a nossa vida e gastá-la pela causa do Reino de Deus.


A oferta da própria vida nesta atitude missionária só é possível se formos capazes de sair de nós mesmos. Por isso, neste 52º Dia Mundial de Oração pelas Vocações, gostaria de refletir precisamente sobre um «êxodo» muito particular que é a vocação ou, melhor, a nossa resposta à vocação que Deus nos dá. Quando ouvimos a palavra «êxodo», ao nosso pensamento acodem imediatamente os inícios da maravilhosa história de amor entre Deus e o povo dos seus filhos, uma história que passa através dos dias dramáticos da escravidão no Egito, a vocação de Moisés, a libertação e o caminho para a Terra Prometida. O segundo livro da Bíblia – o Êxodo – que narra esta história constitui uma parábola de toda a história da salvação e também da dinâmica fundamental da fé cristã. Na verdade, passar da escravidão do homem velho à vida nova em Cristo é a obra redentora que se realiza em nós por meio da fé (Ef. 4, 22-24). Esta passagem é um real e verdadeiro «êxodo», é o caminho da alma cristã e da Igreja inteira, a orientação decisiva da existência para o Pai.


Na raiz de cada vocação cristã, há este movimento fundamental da experiência de fé: crer significa deixar-se a si mesmo, sair da comodidade e rigidez do próprio eu para centrar a nossa vida em Jesus Cristo; abandonar como Abraão a própria terra pondo-se confiadamente a caminho, sabendo que Deus indicará a estrada para a nova terra. Esta «saída» não deve ser entendida como um desprezo da própria vida, do próprio sentir, da própria humanidade; pelo contrário, quem se põe a caminho no seguimento de Cristo encontra a vida em abundância, colocando tudo de si à disposição de Deus e do seu Reino. Como diz Jesus, «todo aquele que tiver deixado casas, irmãos, irmãs, pai, mãe, filhos ou campos por causa do meu nome, receberá cem vezes mais e terá por herança a vida eterna» (Mt 19, 29). Tudo isto tem a sua raiz mais profunda no amor. De facto, a vocação cristã é, antes de mais nada, uma chamada de amor que atrai e reenvia para além de si mesmo, descentraliza a pessoa, provoca um «êxodo permanente do eu fechado em si mesmo para a sua libertação no dom de si e, precisamente dessa forma, para o reencontro de si mesmo, mais ainda para a descoberta de Deus» (Bento XVI, Carta enc. Deus caritas est, 6).


A experiência do êxodo é paradigma da vida cristã, particularmente de quem abraça uma vocação de especial dedicação ao serviço do Evangelho. Consiste numa atitude sempre renovada de conversão e transformação, em permanecer sempre em caminho, em passar da morte à vida, como celebramos em toda a liturgia: é o dinamismo pascal. Fundamentalmente, desde a chamada de Abraão até à de Moisés, desde o caminho de Israel peregrino no deserto até à conversão pregada pelos profetas, até à viagem missionária de Jesus que culmina na sua morte e ressurreição, a vocação é sempre aquela ação de Deus que nos faz sair da nossa situação inicial, nos liberta de todas as formas de escravidão, nos arranca da rotina e da indiferença e nos projeta para a alegria da comunhão com Deus e com os irmãos. Por isso, responder à chamada de Deus é deixar que Ele nos faça sair da nossa falsa estabilidade para nos pormos a caminho rumo a Jesus Cristo, meta primeira e última da nossa vida e da nossa felicidade.


Esta dinâmica do êxodo diz respeito não só à pessoa chamada, mas também à atividade missionária e evangelizadora da Igreja inteira. Esta é verdadeiramente fiel ao seu Mestre na medida em que é uma Igreja «em saída», não preocupada consigo mesma, com as suas próprias estruturas e conquistas, mas sim capaz de ir, de se mover, de encontrar os filhos de Deus na sua situação real e compadecer-se das suas feridas. Deus sai de Si mesmo numa dinâmica trinitária de amor, dá-Se conta da miséria do seu povo e intervém para o libertar (Ex 3, 7). A este modo de ser e de agir, é chamada também a Igreja: a Igreja que evangeliza sai ao encontro do homem, anuncia a palavra libertadora do Evangelho, cuida as feridas das almas e dos corpos com a graça de Deus, levanta os pobres e os necessitados.


Amados irmãos e irmãs, este êxodo libertador rumo a Cristo e aos irmãos constitui também o caminho para a plena compreensão do homem e para o crescimento humano e social na história. Ouvir e receber a chamada do Senhor não é uma questão privada e intimista que se possa confundir com a emoção do momento; é um compromisso concreto, real e total que abraça a nossa existência e a põe ao serviço da construção do Reino de Deus na terra. Por isso, a vocação cristã, radicada na contemplação do coração do Pai, impele simultaneamente para o compromisso solidário a favor da libertação dos irmãos, sobretudo dos mais pobres. O discípulo de Jesus tem o coração aberto ao seu horizonte sem fim, e a sua intimidade com o Senhor nunca é uma fuga da vida e do mundo, mas, pelo contrário, «reveste essencialmente a forma de comunhão missionária» (Exort. ap. Evangelii gaudium, 23).


Esta dinâmica de êxodo rumo a Deus e ao homem enche a vida de alegria e significado. Gostaria de o dizer sobretudo aos mais jovens que, inclusive pela sua idade e a visão do futuro que se abre diante dos seus olhos, sabem ser disponíveis e generosos. Às vezes, as incógnitas e preocupações pelo futuro e a incerteza que afeta o dia-a-dia encerram o risco de paralisar estes seus impulsos, refrear os seus sonhos, a ponto de pensar que não vale a pena comprometer-se e que o Deus da fé cristã limita a sua liberdade. Ao invés, queridos jovens, não haja em vós o medo de sair de vós mesmos e de vos pôr a caminho! O Evangelho é a Palavra que liberta, transforma e torna mais bela a nossa vida. Como é bom deixar-se surpreender pela chamada de Deus, acolher a sua Palavra, pôr os passos da vossa vida nas pegadas de Jesus, na adoração do mistério divino e na generosa dedicação aos outros! A vossa vida tornar-se-á cada dia mais rica e feliz.


A Virgem Maria, modelo de toda a vocação, não teve medo de pronunciar o seu «fiat» à chamada do Senhor. Ela acompanha-nos e guia-nos. Com a generosa coragem da fé, Maria cantou a alegria de sair de Si mesma e confiar a Deus os seus planos de vida. A Ela nos dirigimos pedindo para estarmos plenamente disponíveis ao desígnio que Deus tem para cada um de nós; para crescer em nós o desejo de sair e caminhar, com solicitude, ao encontro dos outros (cf. Lc 1, 39). A Virgem Mãe nos proteja e interceda por todos nós.


Vaticano, 29 de Março – Domingo de Ramos – de 2015.


Papa Francisco

2015 Imigrantes cristãos são jogados ao mar por Muçulmanos e se afogam durante travessia para Itália.


 Imigrantes cristãos são jogados ao mar por Muçulmanos e se afogam durante travessia para Itália.



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A polícia da Itália prendeu quinze imigrantes muçulmanos acusados de jogar doze companheiros de embarcação em alto-mar por serem cristãos. A acusação se baseia no testemunho de passageiros do mesmo barco que foram resgatados pela Marinha italiana e transferidos ao porto de Palermo na manhã de ontem. As autoridades italianas informaram que os detidos são de nacionalidade marfinense, malinesa e senegalesa e todos são acusados de homicídio múltiplo agravado por ódio religioso. As vítimas do ataque, provavelmente de Gana e da Nigéria, são consideradas mortas, segundo aBBC.


“Os náufragos, muitos deles em lágrimas, explicaram que tinham sobrevivido não a um naufrágio provocado pelas condições meteorológicas adversas ou pela precariedade da embarcação, mas pelo ódio humano”, disse a chefia da polícia de Palermo. As testemunhas relataram que partiram dia 14 de abril da Líbia em direção à Itália a bordo de um navio com 105 passageiros, essencialmente senegaleses e marfinenses.


Em um incidente separado, 41 pessoas se afogaram no Mediterrâneo ao tentar chegar à Itália de barco da Líbia, disseram quatro sobreviventes resgatados e levados ao porto siciliano de Trapani, de acordo com a Organização Internacional para Migração (IOM, na sigla em inglês). Segundo relataram os sobreviventes, que disseram ser originalmente da África subsaariana, o barco teria deixado a cidade de Trípoli, na Líbia, no sábado. Eles ficaram quatro dias à deriva após o naufrágio do barco, e foram achados boiando no mar com coletes salva-vidas por um helicóptero, quando foram resgatados por um navio militar italiano, informou o porta-voz da IOM em nota.


Os acidentes aconteceram um dia depois que cerca de 400 pessoas morreram no naufrágio de outro barco que tentava chegar à Itália vindo da Líbia. O barco, transportando aproximadamente 550 pessoas, virou cerca de 24 horas depois de deixar a costa do país africano, de acordo com alguns dos 150 sobreviventes que foram resgatados e levados a um porto do sul da Itália.


Mais imigrantes


O número de barcos que transportam imigrantes com o objetivo de alcançar a União Europeia (UE) vindos da África aumentou nas últimas semanas, já que o clima de primavera torna a travessia mais segura. Em fevereiro, mais de 300 pessoas morreram afogadas ao tentar atravessar em meio ao clima frio e ao mar agitado. A IOM e outras organizações humanitárias têm pedido para a União Europeia reforçar suas operações de salvamento no mar assim como normalmente faz no verão. Autoridades italianas informam que mais de 15.000 imigrantes chegaram até agora em 2015. O Ministério do Interior da Itália solicitou aos prefeitos para encontrarem habitação de emergência para 6.500 imigrantes. Com o verão do hemisfério norte se aproximando, a UE Frontex, agência responsável pelas fronteiras do bloco, estima que mais de 500.000 pessoas devem tentar deixar o Norte da África rumo à Europa.

2015 Cristãos se tornaram alvo fácil no Oriente Médio, diz patriarca

Segundo o Patriarca de Antioquia, os cristãos se tornaram um alvo muito fácil para os ataques do islamismo extremista no Oriente Médio.


O Patriarca de Antioquia, Ignatius Youssef III Younan, durante sua participação no Congresso Internacional “Somos Todos Nazarenos” (#WeAreN2015), fez uma apresentação a respeito das situações de conflito desencadeadas nos últimos anos no Oriente Médio e como a “comunidade cristã forma o componente demográfico mais vulnerável”.


O evento sobre a perseguição dos cristãos teve início nesta sexta-feira, 17, e segue até domingo, 19, em Madrid (Espanha), organizado pela instituição MasLibres.org.


Segundo o patriarca, os cristãos se tornaram um alvo muito fácil para os ataques do islamismo extremista naquela região. “Os acontecimentos horríveis vividos no Iraque, especialmente durante o último ano, tem levado os cristãos a perseguições mais violentas. O patriarca chegou a afirmar que para os cristãos “é melhor uma ditadura onde se cumpre a lei, do que um sistema totalitário islamita”.


Os terroristas, de acordo com o religioso, chegam a recrutar jihadistas de todas partes do mundo, e ainda contam ajuda econômica de países ricos em petróleo.


Ignatius considerou que Ocidente deve promover a reconciliação entre os grupos islâmicos e um “diálogo verdadeiro, para salvaguardar a vida dos cristãos nesses países”.


Participam do Congresso Internacional “Somos Todos Nazarenos”, diversas personalidades religiosas do universo cristão, oriundas de várias partes do mundo.


Segundo o presidente de HazteOir.org, Ignacio Arsuaga, o objetivo do encontro é despertar a atenção dos governos e da sociedade para que não ignorem esse “genocídio”. “Queremos que os olhares sejam voltados para os cristãos perseguidos. No Ocidente, às vezes parece que não somos suficientemente conscientes do perigo da jihad. Por isso, agora damos voz na Europa aos cristãos perseguidos”, salientou.














Canção Nova

2015 Vigília lança o “Rota 300”, projeto de evangelização juvenil

No contexto das comemorações pelo tricentenário do encontro da imagem de Aparecida, projeto quer envolver os jovens na evangelização e ação missionária


Jéssica Marçal
Enviada especial a Aparecida (SP)


Dom Eduardo Pinheiro apresenta cartilha que explica o "Rota 300" / Foto: Jéssica Marçal

Dom Eduardo Pinheiro apresenta cartilha que explica o “Rota 300″ / Foto: Jéssica Marçal


O bispo auxiliar de Campo Grande (MS), Dom Eduardo Pinheiro da Silva, apresentou nesta sexta-feira, 17, o projeto “Rota 300”, que tem como objetivo a evangelização da juventude nesse caminho de comemoração dos 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida.


O lançamento do projeto será na noite deste sábado, 18, com uma vigília de oração, que contará com a participação de fiéis de várias dioceses do país. Após a acolhida, haverá uma apresentação teatral sobre o encontro da imagem de Aparecida nas águas do Rio Paraíba. Em seguida, uma procissão exibirá cartazes com intenções da juventude das dioceses do Brasil.


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Na oração, os mistérios gozosos, contemplados a partir de pregações de bispos bem como de testemunhos de jovens pertencentes a diversos movimentos da Igreja. Para encerrar a vigília, haverá a adoração ao Santíssimo Sacramento, das 5h15 às 6h.


No domingo, 19, às 11h, será celebrada a Missa de Envio. Antes, haverá procissão da juventude junto com os bispos que participam da 53ª Assembleia Geral da CNBB, levando a imagem de Nossa Senhora Aparecida até a Basílica para a Missa.


O projeto


Dom Eduardo explicou que, no clima da Jornada Mundial da Juventude, que em 2013 foi no Brasil, busca-se continuar o serviço da juventude à Igreja no Brasil. No final de 2013, ainda colhendo os frutos da JMJ, percebeu-se três fatores importantes: a necessidade da experiência missionária juvenil, a assessoria dos adultos aos jovens nesse processo e a necessidade de investir em estruturas de acompanhamento, ou seja, em espaços próprios da juventude. Com base em todos esses aspectos, nasceu o “Rota 300”.


“Neste período de 2014 a 2017, em que celebramos a importância de Nossa Senhora junto ao seu Filho na obra de salvação, pedimos que Ela, como Mãe dos jovens, acompanhe todos que procuram seguir as pegadas do seu Filho”, informa uma cartilha explicativa sobre o projeto.


O projeto se desenvolve a partir da peregrinação da imagem de Nossa Senhora Aparecida nas dioceses brasileiras no período de 2015 a 2017. O clima que perpassa essa iniciativa é de missionariedade dos jovens, estando em sintonia com a comissão que organiza as comemorações do tricentenário do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida.