O que o Papa disse e o que ele não disse

O que o Papa disse e o que ele não disse

Site dos Jesuítas de Portugal
Entrevista com o Papa Francisco foi divulgada nesta quinta-feira, 19
Esta semana foi divulgada a entrevista que o Papa Franciscoconcedeu para a revista La Civiltà Cattolica, que pertence aos Jesuitas, sua congregação de origem. A entrevista foi realizada no mês de Agosto pelo diretor da publicação, padre Antonio Spadaro. 

Muito a vontade para falar de diversas temas e assuntos, o Papa conversou com profundidade e liberdade sobre todas as questões que lhe foram colocadas. Quem leu a entrevista na íntegra e conhecendo a forma como Francisco vem conduzido o seu Pontificado pode saborear o bom senso, a profunda espiritualidade e o caminho de renovação interior que ele enxerga para a Igreja, o seu pontificado e os temas mais controversos para a própria Evangelização. 

Infelizmente, muita gente se deteve em artigos, comentários sobre a entrevista e não tomaram conhecimento da íntegra da entrevista e de todo o contexto em que o Papa abordou os diversos assuntos. 

A primeira coisa a ser dita é que o próprio Francisco não fez nenhum pronunciamento oficial, sobre nenhum ponto da doutrina ou da moral da Igreja. Ainda que o Santo Padre sinta-se muito a vontade para falar sobre a maneira como ele encara as diversas realidades do tempo presente, os assuntos são sempre vistos de um ponto de vista pastoral e de espiritualidade. O Papa mesmo diz que a doutrina da Igreja sobre os diversos assuntos já é bem conhecida de todos e que ele não vai insistir naquilo que todos já sabem, o que ensina e pensa a Igreja.

Do ponto de vista pastoral, os pronunciamentos de Francisco têm sido uma chamada de atenção para uma revisão de postura da Igreja, dos pastores e dos agentes de pastorais, quanto à maneira de tratar e de lidar com o ser humano. Ele não apresenta nada de novo, mas chama a atenção para uma prática pastoral onde a pessoa humana precisa ser vista com o amor e com o cuidado que ela merece. 

O Papa tem insistido na necessidade de acontecer, o mais urgente possível em toda a Igreja, a pastoral da Misericórdia. Nesta entrevista ele compara a Igreja a um hospital de campanha depois de uma batalha. São muitos os feridos e os machucados no mundo de hoje. É dever da Igreja oferecer acolhimento, ternura e cuidado com as feridas que cada pessoa humana tem no seu coração. Neste ponto, Francisco chama a atenção para que o pastor não se preocupe primeiro em anunciar a doutrina, os dogmas e as exigências da fé. O primeiro desafio é cuidar da ferida, dos machucados e levar cada um a entender o quanto é amado e o quanto a mensagem de Jesus salva e liberta. 

O Papa afirma que a Igreja precisa ser mãe e pastora e a exemplo do bom samaritano é seu dever cuidar dos ferimentos, chagas e dores dos seus filhos. Acolher a pessoa humana é mais importante do que doutriná-la e ensinar preceitos. Primeiro se ama, se cuida e depois se ensina a viver. O homossexual, a mulher que aborta, o casal em uma segunda união ou qualquer grupo de pessoas que se sentem machucadas ou não acolhidas pela própria Igreja, por causa de suas escolhas, ele, a pessoa humana é muito mais importante que qualquer escolha que ele possa ter feito. 

A Igreja pode ensinar caminhos e apontar a salvação, mas jamais deve interferir nas escolhas pessoais que cada um faz. Não cabe a Igreja tornar o fardo destas pessoas mais pesados, mas sim acompanhá-las em sua caminhada. Acompanhar com amor, com misericórdia, mostrando a face bondosa de Deus.

Em nenhum momento Francisco se ocupa em questionar a qualquer ponto da doutrina da Igreja, ao contrário fez questão de reafirmar que ele é um filho da Igreja, e como filho ele se faz servo de tudo aquilo que ensina e prega a Igreja. 

A preocupação de Francisco não é com o conteúdo da doutrina mas com os destinatários da mesma. Maior do que qualquer ensinamento da própria Igreja é Deus autor de toda criatura humana. A Igreja deve estar mais preocupada em aproximar o ser humano de Deus e não tornar Deus mais distante do seu ser humano, dos seus dramas, sofrimentos e contradições. Francisco se mostra apaixonado por Deus, pela Igreja, pelo ser humano e não obcecado por dogmatismos e controvérsias doutrinárias.


Padre Roger Araújo
Jornalista e membro da Com. Canção Nova

2013 – Campanha da Fraternidade será lançada no dia 13 de fevereiro

Campanha da Fraternidade será lançada no dia 13 de fevereiro

Será lançada no dia 13 de fevereiro, quarta-feira de Cinzas, mais uma edição da Campanha da Fraternidade (CF). Esse ano o tema será “Fraternidade e Juventude” e o lema “Eis-me aqui, envia-me!” (Is 6,8).

Após 21 anos da Campanha da Fraternidade de 1992, que abordou como tema central a juventude, a CF 2013, na sua 50ª edição, terá a mesma temática. A acolhida da temática “juventude” tem como objetivo ter mais um elemento além da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) para fortalecer o desejo de evangelização dos jovens.

O presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Eduardo Pinheiro, explicou que uma das metas principais da CF de 2013 é olhar a realidade juvenil, compreender a riqueza de suas diversidades, potencialidades e propostas, como também os desafios que provocam atitudes e auxílios aos jovens e aos adultos.

O objetivo geral da CF é acolher os jovens no contexto de mudança de época, propiciando caminhos para seu protagonismo no seguimento de Jesus Cristo, na vivência eclesial e na construção de uma sociedade fraterna, fundamentada na cultura da vida, da justiça e da paz.

Fonte: Jorge Teles

2013 – Bote Fé Guarapuava e Abertura da Campanha da Fraternidade acontecem no dia 13 de fevereiro

Bote Fé Guarapuava e Abertura da Campanha da Fraternidade acontecem no dia 13 de fevereiro

Será lançada no dia 13 de fevereiro, quarta-feira de Cinzas, mais uma edição da Campanha da Fraternidade. Esse ano o tema será “Fraternidade e Juventude” e o lema “Eis-me aqui, envia-me!”

 

Em Guarapuava a abertura da campanha acontece junto com o Bote Fé Guarapuava, com a chegada dos ícones da Jornada Mundial da Juventude. Às 14h carreata pelas principais ruas da cidade  com chegada às 16h na Praça da Fé onde, às 17h haverá a Missa de Abertura da Campanha da Fraternidade com distribuição das Cinzas, às 19h Momento da Cruz, 20h Show com a Banda Rosa de Saron e em seguida procissão luminosa até a Catedral.

 

A programação prossegue no dia 14 com vigília organizada pelas paróquias de Guarapuava finalizando ao meio-dia com celebração de envio dos símbolos da Jornada Mundial da Juventude para a Diocese de Ponta Grossa.

 

Horário das Vigílias

·        00h-01h – Paróquia São Pedro e São Paulo

·        01h-02h – Paróquia N.S. Fátima

·        02h-03h – Paróquia Dom Bosco

·        03h-04h – Paróquia Santa Terezinha

·        04h-05h – Paróquia Divino Espirito Santo

·        05h-06h – Paróquia Santa Cruz

·        06-07h – Paróquia Bom Jesus e Paróquia Nossa Senhora Aparecida

·        07h-08h – Paróquia Santana

·        08h-09h – Paróquia Santos Anjos

·        09h-10h – Paróquia Perpétuo Socorro

·        10h-11h – Paróquia São Luiz

·        11h-12h – Catedral

·        12h – Todas as paróquia: Celebração de Envio dos Símbolos para a Diocese de Ponta Grossa.

Fonte:http://www.diopuava.org.br/?system=news&action=read&id=3064&eid=346

Papa recebe Comitê Executivo da Internacional Democracia Cristã

Papa
recebe Comitê Executivo da Internacional Democracia Cristã

Jéssica Marçal
Da Redação

O Papa Bento XVI reunido com os participantes
do encontro do Comitê Executivo da Internacional Democracia-Cristã na manhã
deste sábado, 22

O Papa Bento XVI recebeu
na manhã deste sábado, 22, 110 participantes do encontro do Comitê Executivo da
Internacional Democracia-Cristã. Em seu discurso na ocasião, o Pontífice
lembrou que são preocupantes a complexidade e gravidade da atual situação
econômica, mas, que neste contexto, os cristãos são chamados a agir com
espírito profético, assumindo com realismo, fidelidade e esperança as novas
responsabilidades.

Acesse
.: NA ÍNTEGRA: Discurso do Papa ao Comitê da
Internacional Democracia Cristã – 22/09/2012

O Papa disse que, desde o último encontro, realizado
há cinco anos, o empenho dos cristãos na sociedade não deixou de ser um
fermento vivo para melhorar as relações humanas e das condições de vida.
 

“Este empenho não deve conhecer flexões ou limites,
mas, ao contrário, seguir profundo com renovada vitalidade, tendo em vista a
continuidade e, por algumas vezes, o agravar-se das problemáticas que
enfrentamos”.
 

Sobre a contribuição política e institucional dos
membros presentes no encontro, Bento XVI destacou que isso não pode limitar-se
a responder as urgências de uma lógica de mercado, mas também assumir como
central e imprescindível a busca do bem comum e a promoção e proteção da
dignidade da pessoa humana.
 

O Pontífice reiterou ainda a importância do respeito à
vida em todas as suas fases, desde a concepção até seu fim natural, e do
respeito ao casamento, união indissolúvel entre um homem e uma mulher e
fundação da comunidade e da vida familiar.
 

“Um autêntico progresso da sociedade humana não
poderá, portanto, abrir mão da política de proteção e promoção do matrimônio e
da comunidade que deriva daí, política a ser adotada não só pelo Estado, mas
pela própria Comunidade internacional, a fim de inverter a tendência de um
crescente isolamento do indivíduo, o que é fonte de sofrimento e de atrofia
seja para o indivíduo seja para a própria comunidade”.
 

Por fim, o Papa lembrou que se é verdade que a defesa
e promoção da dignidade da pessoa humana é dever dos homens e mulheres, da
mesma forma é verdadeiro o fato de que essa responsabilidade cabe, de modo
particular, àqueles que são chamados a desempenhar um papel de representação.
 

“Esses, especialmente animados pela fé cristã, devem
ser “capazes de transmitir às gerações razões de vida e de esperança” (Gaudium
et Spes, 31)”.
 

 

EM QUEM VOCÊ VAI VOTAR?

 EM QUEM VOCÊ VAI VOTAR?

 Com os programas eleitorais pelo rádio e a TV, inicia a fase
decisiva na campanha eleitoral para as eleições municipais de 2012. É a hora de
conhecer melhor os candidatos, os programas e propostas de seus partidos e de fazer
o discernimento para a escolha dos candidatos.

 Estas eleições são importantes e merecem toda a atenção,
pois nos municípios está a base da vida política nacional: ali está o povo que
vota; vereadores e prefeitos darão, depois, o apoio aos candidatos a deputados
estaduais, federais e governadores e à própria escolha do mandatário supremo do
país. Sua importância maior, porém, está na gestão do poder local: escolher bem
o prefeito e os vereadores é fundamental para a comunidade municipal.

 Os candidatos farão a sua parte, nessas próximas semanas,
para se apresentarem aos eleitores e para obter o seu voto. Também os eleitores
deverão fazer a sua parte; vale a pena recordar alguns critérios para
acompanhar a campanha eleitoral e para discernir sobre as escolhas a fazer.
Abster-se de toda informação, votando em branco, ou escolhendo apenas na última
hora não seria a coisa mais aconselhável.

 É fundamental o conhecimento dos candidatos, sua história
pessoal e seu preparo para assumir o cargo que pretendem exercer. E é
necessário conhecer suas propostas e as de seus partidos, para avaliar se elas
levam em conta as reais necessidades da população e do município. O Legislativo
e Executivo municipal devem estar atentos às grandes questões que interessam à
vida da cidade: educação, saúde, segurança pública, transporte, habitação,
cuidado do meio ambiente, limpeza pública, saneamento básico; atenção especial
merecem os pobres e as camadas sociais mais vulneráveis da cidade. Propostas
com soluções mirabolantes e irreais devem receber a desconfiança do eleitor.

 Infelizmente, a campanha eleitoral tem mostrado, com
frequência, maior preocupação doscandidatos em “demolir” os
adversários do que em apresentar aos eleitores propostas de governo dignas de
fé e adequadas para o exercício do mandato pretendido. Os eleitores têm o
direito de cobrar propostas dos candidatos e de esperar que eles estejam
atentos às necessidades das comunidades locais.

 Os bons políticos não podem estar atrelados apenas ao
interesse de algum grupo, mas comprometidos com a promoção do bem comum. É
necessário desconfiar de quem pede o voto, mas, depois de eleito, nunca mais se
interessa pelas necessidades da população, em geral, e fica apenas a serviço de
algum grupo de interesse. Nesse particular, vale a pena avaliar o desempenho
político de quem pede para ser reeleito.

 A corrupção na vida política é um grande mal e deve merecer
uma atenção especial dos eleitores; a eleição é a grande chance de manter longe
do poder quem não tem “ficha limpa”, ou já esteve envolvido em
desonestidade, ou tem histórias pouco claras na gestão do poder público. Mais
uma vez, é preciso conhecer os candidatos e conferir: ficha limpa e
“cheia” de credibilidade…

 A corrupção política pode começar na própria campanha
eleitoral, quando há o abuso do poder econômico, ou se o candidato tenta
“comprar” o voto dos eleitores, em troca de pequenos benefícios. Mas
também os eleitores não devem “vender” seu voto, nem trocá-lo por
favores, mas votar com liberdade e responsabilidade; o voto representa a
dignidade pessoal, que nenhum preço paga. A compra de votos e outras formas de
pressão sobre o eleitor devem ser denunciadas, com base na lei 9.840, como
“crimes eleitorais”, cuja pena pode levar à perda do mandato.

 Religião e política devem ficar distantes? Depende. O
critério religioso não deve ser o mais importante; trata-se de escolher pessoas
honestas e dignas, capazes de governar e legislar. Mas é bom verificar, se os
candidatos respeitam a liberdade de consciência, as convicções religiosas e
morais dos cidadãos, seus símbolos religiosos e a livre manifestação da fé; não
vote em quem vai criar depois, de alguma forma, problemas para esses direitos.
E apoie candidatos que protejam e amparem a família diante das ameaças à sua
identidade e missão natural. A cidade que descuida ou abandona a família
herdará muitos problemas.

 Cardeal Odilo Pedro Scherer

Arcebispo de São Paulo (SP)

 Fonte: www.cnbb.org.br