Convivência
Conviver é trocar experiência
Somos todos socializados: em casa, no colégio, no trabalho, no clube, no bairro e na cidade vivemos com outras pessoas, “con-vivemos”. O homem é um animal social; socialização é o permanente aprendizado das relações que os homens estabelecem entre si, e com o tempo, ela acaba definindo perfis humanos de caráter coletivo, como a comunidade em que se vive, os hábitos, a religião, a ideologia que aceitou… Vivemos em tensão por sermos indivíduos e sociedade ao mesmo tempo. Indivíduo e sociedade são fenômenos que se integram, pois a vida humana é convivência.
Convivência é “con-viver”, ou seja, “viver junto”, trocar experiências. Dependemos da natureza para sobreviver e da sociedade para nos desenvolver. Temos dificuldade de viver sozinhos. Afinal, somos seres dependentes e associativos, por isso, desenvolvemos formas duradouras e significativas para abrigar nossa convivência.
Vivemos em família; a Canção Nova é a família que nos abriga, bem como nossos familiares, parentes próximos e distantes. Enquanto convivemos, somamos diferenças e reforçamos semelhanças. Já percebemos como é difícil conviver; a convivência é um processo dinâmico e contraditório; prova disso é que os indivíduos nem sempre aceitam as normas sociais; são rebeldes discretos: fazem uma irreverência aqui, outra ali, estão em contínuos processos de contestação, insubordinação às imposições, o que causa inconformismos e até mesmo conflitos, levando a rupturas no relacionamento social. Isso pode acontecer em qualquer sociedade ou grupo, como por exemplo, em nossa comunidade.
Se chegarmos a esse pico doloroso, é sinal de que estamos regredindo; precisamos descobrir as causas e chegar à mesma conclusão sempre: faltou vigilância, empenho, disciplina, transparência, e outras virtudes, por parte das pessoas que estão “con-vivendo”. As relações sociais, sobretudo numa comunidade como a nossa, formam uma corrente de ações mútuas, principalmente quando há docilidade às moções do Espírito. Isso significa crescimento.
“Deixa-te moldar” é o slogan. Se permitirmos – de modo cristão – que nossos irmãos sejam eles mesmos, essas influências recíprocas (minha e dele) tornam a convivência uma arte, a arte de bem viver! Fácil, não? Não!!! Exige-se de cada indivíduo, sobretudo da nossa comunidade, por força de consagração e do Carisma, a vivência experienciada do primeiro mandamento: amar a Deus com todo o coração, com toda a alma, com todas as forças (cf. Dt 6, 4) e ao próximo como a si mesmo. Aí acontece a sadia convivência e você é feliz!
Não é fácil! É maravilhoso!
“Um abraço revolucionário”,
Clives Sanches
Com. Canção Nova