Depois do aborto – depoimentos
“Sabemos que a criança não nascida já tem instinto de sobrevivência, possui todos os sentimentos como qualquer outro ser da mesma espécie: sente medo da morte, pressente o perigo, foge da dor, gritaria por socorro e chamaria pela mãe se tivesse voz”
Depoimentos
De um médico abortista
“Fui diretor da maior clínica especializada em abortos do mundo.
E fui membro fundador da Associação Nacional a Favor do Aborto, cujo objetivo era conseguir do governo dos Estados Unidos, uma lei que permitisse o aborto. Exercíamos pressão sobre os membros governamentais para que fizessem leis neste sentido.
Quero que saibam portanto, que fui membro da maior organização mundial que vendia aborto. Eis o resumo de como funcionava a organização:
Em 1968, ao organizarmos o movimento, fizemos um levantamento para sabermos quantas pessoas eram contra e quantas eram favoráveis ao aborto.
O resultado foi: 1% era a favor – e 99% não aceitava o aborto voluntário.
Vou explicar como fizemos para convencer os 99% a aceitarem a idéia – e a mesma tática foi empregada depois, em outros países onde se organizou idêntica embrulhada.
Duas grandes mentiras nos serviram de base:
1.º – falsificamos estatísticas e fingíamos fazer enquetes mostrando que grande parte do aborto nos Estados Unidos eram favoráveis à provocação do aborto.
2.º – escolhemos uma vítima para atribuirmos a responsabilidade da não aprovação do aborto nos Estados Unidos: a Igreja Católica.
Mais tarde, os pró-abortistas empregavam as mesmas estatísticas e os mesmos números inventados por mim, em 68. Isso me divertia, me fazia rir bastante, porque eu havia participado do processo e sabia muito bem que eram tudo mentiras – puras patranhas – mas havia quem acreditava.
Pelas estatísticas verdadeiras sabíamos que, naquela época, nos Estados Unidos, menos de mil mulheres praticavam, anualmente, o aborto clandestino. Mas este número era pequeno demais e não bastava para chamar a atenção dos desprevenidos. Então, multiplicamos este número por mil – e dizíamos que um milhão de casos aconteciam anualmente!
O número de mortes motivadas por abortos clandestinos também era pequeno: não chegava a duzentos. Este número também não bastava para nossa propaganda – dizíamos pois, que dez mil mulheres perdiam a vida por ano em processos abortivos, por falta de cuidados médicos.
Outras táticas eram ainda de nossa invenção. Dizíamos, por exemplo, que havíamos feito uma enquête nas ruas e que 24% da população aprovava o aborto. Meses depois, dizíamos que a aprovação havia subido para 50% – e assim, sucessivamente, sempre aumentando os números por nossa conta.
A idéia é simples: as pessoas – principalmente as mulheres – desejam estar sempre na última moda; desejam sempre formar parte da maioria; desejam sempre ser consideradas modernas, têm horror a ser chamadas de antiquadas. Assim, elas se uniam aos “avançados”.
Mais tarde, efetuamos enquetes de verdade e comprovamos que, pouco a pouco, os resultados que havíamos forjado iam aparecendo; crescia a adesão ao aborto provocado!
Sejam vocês muito cuidadosos ante as pesquisas, principalmente sobre aborto, porque costumam ser manipuladas e, com isso, convencem aos que se interessam pelos noticiários. Estas pesquisas mentirosas chegam a convencer aos governantes, que modificam as próprias leis.
É importante que estejam atentos aos meios de comunicação porque, de acordo com a maneira de propagar conceitos, eles conseguem infiltrar quaisquer idéias nas pessoas. E, em 68, difundíamos através dos meios de comunicação, todas as mentiras que acabo de referir.
Afinal, quem duvida da estatística?
Quem é que vai conferir se tudo é verdade?
Pois bem: a maior clínica mundial especializada em abortos – o Centro de Saúde Sexual – esteve em minhas mãos. Eram 10 salas de cirurgia e 35 médicos especialistas sob as minhas ordens. Praticávamos 120 abortos por dia, inclusive aos domingos e feriados; só no dia de Natal não trabalhávamos.
Confesso que, enquanto a clínica esteve sob minhas ordens, foram praticados mais de 60.000 abortos sendo que pelo menos 5.000 foram realizados por mim, pessoalmente.
Em setembro de 72 eu me afastei da clínica porque tinha outros compromissos a cumprir mas, para mim, aqueles anos de trabalho me trouxeram uma experiência sem precedentes – e ainda hoje, me pesam no coração, os remorsos pelo que fiz, como uma vergonhosa lápide mortuária.
Lembro-me que os médicos que trabalhavam comigo, apesar de bem remunerados, também não se sentiam à vontade. Suas esposas me contavam que eles tinham pesadelos pavorosos e acordavam gritando, falando em sangue e corpos de bebês destroçados. Alguns dos meus auxiliares bebiam muito, outros passaram a se drogar e vários deles tiveram de fazer longos tratamentos psiquiátricos.
As enfermeiras também, muitas delas se tornaram alcoólatras e outras tiveram de abandonar o trabalho, afetadas por grandes perturbações nervosas.”
Esta é parte da confissão do dr. E. Nathanson, no Congresso Internacional no Colégio dos Médicos em Madrid, na Espanha.
Este médico, para melhor impressionar as futuras clientes – e silenciar talvez a própria consciência – resolveu filmar um aborto. Com este material, poderia esclarecer aos que relutavam em aderir à matança de crianças, os seguintes aspectos: rapidez, eficiência e segurança com que conseguiam retirar um feto do útero, assim como exibir a alta tecnologia empregada.
O filme – que recebeu o nome “O grito silencioso” – mostraria o interior do útero e os meios usados para destroçar e sugar a criança de dentro dele.
Mas a filmagem funcionou ao contrário porque ele próprio, o médico, ficou impressionado com o que viu e, a partir deste filme, ele se posicionou contrário ao aborto. E passou a exibir a filmagem, tentando assim, convencer às mulheres a não praticá-lo.
Para melhor comentar sobre o filme, eis este depoimento:
De Graciela Fernándes Raineri:
“Vi o filme “O Grito Silencioso” apresentado pelo dr. Nathanson, famoso médico ex-abortista norte americano.
Ele mostra, mediante uma ecografia realizada na mãe, no momento do aborto, o que sucede com o bebê que – apenas agora se sabe – já reflete as características humanas: sente medo, sente dor e tem apego à vida.
Ao ver o filme acreditei ser o meu dever divulga-lo pois o mundo tem obrigação de saber o que realmente sucede num aborto provocado.
O filme começa mostrando o bebê antes da operação abortiva. Neste caso verídico, o bebê estava com 12 semanas, se mexia lentamente, colocava, de vez em quando, o polegar na boca. Parecia à vontade no ambiente tranqüilo, na segurança do útero materno.
Quando o abortista introduz o primeiro elemento metálico procurando romper a bolsa amniótica, a criança perde seu estado de tranqüilidade. Os aparelhos registram aceleramento das suas batidas cardíacas e, em movimentos nervosos e perfeitamente conscientes, o pequeno ser muda de lugar, desviando-se do instrumento cirúrgico.
A bolsa é rompida e é introduzido um outro aparelho, espécie de aspirador. Neste estágio, nenhum instrumento tocou ainda o bebê – no entanto, ele pressente que algo anormal e terrível está para lhe acontecer porque, agora, muda de lugar num ritmo enlouquecido para os lados de cima, em busca de segurança, no desejo de fugir ao aparelho e livrar-se de sua ação.
Quando o metal está quase para toca-lo, a criança encolhe todo o corpinho – e sua boca se abre desmesuradamente, como se quisesse gritar.
O instrumento de aspiração alcança seus pezinhos e os arranca.
Arranca os pezinhos, mas a criança ainda está viva!
Ela se debate, mas seus pedaços vão sendo destroçados, puxados, arrancados, sugados, em grande velocidade.
Em menos de um minuto resta apenas a cabeça, que não passa pelo aparelho. Um outro instrumento parecido a uma pinça gigante é introduzido. A cabecinha é presa, triturada, transformada em pedaços e também retirada.
São os últimos resquícios daquele que, pouco antes, era um ser humano tranqüilo – e depois amedrontado, horrorizado, mesmo em desigualdade de condições fez o possível para não morrer e, no último momento, abriu a boca ao máximo, num grito, com o objetivo talvez, de pedir auxílio…
A quem???
Eu, pessoa humana, que posso gritar e expressar minha vontade, empresto hoje minha voz a todos estes pequeninos que, ao serem mortos quiseram gritar, implorar pela vida, abrindo a boca – porém… ainda não tinham voz!
Em nome de todos estes inocentes, eu peço a quem de direito que projete este filme em todas as escolas, nos colégios, nas universidades, para todas as mulheres e homens, a fim de que se faça conhecer o que realmente acontece num aborto provocado e dar a conhecer o direito à vida de uma criança.
De uma mulher anônima
“Sou mulher como você e quero dizer que a ignorância me levou ao erro mais desgraçado que uma mulher pode cometer.
Hoje compreendo o que fiz.
Quando os acontecimentos trouxeram luz à minha vida, horrorizei-me comigo mesma e percebi que não me informaram, na época, a verdade inteira.
Disseram-me que seria retirado apenas um conjunto de células sem que isso viesse a prejudicar-me a mim mesma e a ninguém mais.
Os meus olhos não viram o pequeno ser que se agitava dentro de mim, por isso, eu o desprezei. Dizem que “o que os olhos não vêem, o coração não sente.” Mas hoje, eu sinto e me lamento… tarde demais.
Quando vejo uma criança pequena nos braços da mãe, o coração me estremece diante de tão terrível recordação.
Agora, digo a você, a quem não conheço: — Jamais tome a decisão que tomei, porque não esquecerá nunca. Por muitos anos que você possa viver, sempre que ouvir o choro de uma criança, este som lhe sacudirá as entranhas, o coração e a alma, como me acontece ainda hoje.
Queira Deus que minha amarga experiência a mantenha longe de situação idêntica.
Perdoe por não assinar o meu nome… não o posso fazer.
De onde vem esta criança?
Sabemos agora, que as estatísticas sobre o aborto podem ser mentirosas e enganam aos que querem ser enganados.
Enganam àqueles que procuram motivos para cometer o ato mais desprezível, o ato mais sujo e covarde que o ser humano pode cometer.
E sabemos, principalmente, que a criança não nascida já tem instinto de sobrevivência, possui todos os sentimentos como qualquer outro ser da mesma espécie: sente medo da morte, pressente o perigo, foge da dor, gritaria por socorro e chamaria pela mãe se tivesse voz.
A criança ainda no útero é, portanto, uma pessoa completa, dona de uma alma ou espírito — no entanto, aqueles que provocam o aborto preferem acreditar que uma criança é uma “pessoa” somente a partir do nascimento.
E, mesmo que fosse só um punhado de células, é uma semente de gente.
E esta semente de gente tem VIDA.
Diz Dom Rafael Cinfuentes (responsável pela Pastoral Familiar da Arquidiocese do Rio e principal organizador da visita do papa ao Brasil em outubro de 97):
“Entre o feto e o bebê não há diferença. No início da fecundação ele já é uma vida humana. O feto é dono de todo um patrimônio genético que funciona de modo idêntico e qualquer outro ser humano. Portanto, tem vida.”
A quem pertence aquele corpinho vivo?
Será que pertence a nós, que o estamos carregando na barriga?
Para que aquela pessoinha fosse considerada nossa, de nossa propriedade, ela teria de ser sido comprada numa loja — ou então, teria de ter sido confeccionada por nós — por nossas mãos, por nossos próprios meios.
Mas nenhuma ser vivo pode ser construído por nós, pessoas da Terra.
Até mesmo um clone é feito a partir de células vivas pré-existentes.
Não conseguiríamos construir um único mosquito morto, não saberíamos fabricar uma única pétala de flor natural. O que dizer de um ser humano?
Assim, não está no poder de nenhum de nós a construção de um corpo vivo, pois não sabemos fazer um único fio de cabelo.
Sem os exames médicos, não saberíamos ao menos o sexo da criança que está dentro de nós! Impossível conhecer a fisionomia que está sendo plasmada no interior do nosso ventre, nem a cor dos olhos, nada! E, mesmo assim, misteriosamente, a criança nasce com todas as partes do corpo, com todos os órgãos, com movimentos graciosos, com dedinhos delicados — cinco em cada mão, cinco em cada pé — com inteligência, com um espírito!
Será que fomos nós a fabricar aquele cérebro perfeito que ainda é um enigma até para os maiores cientistas do mundo? Será que fomos nós a construir — com nosso nulo conhecimento — cada orelhinha, cada pezinho, cada olhinho, cada órgão que funciona perfeitamente?
Não! Tudo é fruto de leis maiores, leis da evolução, leis do próprio Deus.
Nós apenas acionamos o interruptor e, estranhamente, nasce de nós um outro ser — uma criança inteira, com tudo no lugar, com tudo funcionando; uma criança que se parece conosco, mas que não sabemos nada sobre ela.
Se este serzinho foi fabricado dentro de nosso útero, com substâncias retiradas de nosso próprio corpo, como é que o desconhecemos completamente?
É porque ele não é nosso.
É porque não fomos nós quem o fizemos.
É porque ele foi colocado em nosso ventre por mãos desconhecidas.
E foi colocado aí já pronto.
Se foi colocado pronto em nós é porque já estava pronto em outro lugar. E se estava pronto em outro lugar é porque foi fabricado por outros.
Neste caso, não somos nós o seu dono.
E se não fizemos esta criança; se não somos donos dela, com que autoridade a matamos? Com que direito nos consideramos senhores daquela alminha de Deus? Como é que se vai destruindo assim, sem mais nem menos o que pertence a outrem?
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Obra consultada e recomendada:
Trechos do livro “Depois do Aborto”, Cleunice Orlandi de Lima, Editora DPL
Profa. Cleunice Orlandi de Lima – Professora, escritora, criadora do Método Historiado Professora de Papel www.professoradepapel.com.br e colaboradora do Cent. Est. Esp. Paulo Apóstolo de Mirassol – SP
Cleunice Orlandi de Lima