Estatísticas do aborto no mundo
Numero de abortos por ano: entre 46 a 55 milhões
Numero de abortos por dia: aproximadamente 126.000
Onde ocorrem
78% de todos os abortos são realizados em países em desenvolvimento e os restantes 22% em países desenvolvidos.
Legalidade dos abortos
Aproximadamente 97 países, com cerca de 66% da população mundial, têm leis que em essência permitem o aborto induzido. Noventa e três países, com cerca de 34% da população, proíbem o aborto ou permitem o aborto apenas em situações especiais como deformações do feto, violações ou risco de vida para a mãe. Todos os anos cerca de 26 milhões de mulheres realizam abortos legais, enquanto que 20 milhões de abortos são realizados em países onde esta prática é restringida ou proibida por lei.
Estatísticas do aborto nos Estados Unidos
Numero de abortos por ano: aproximadamente 1,313,300 no ano 2000 (1)
Numero de abortos por dia: aproximadamente 3.700
Quem realiza os abortos:
1. Idade
52% das mulheres tem idade inferior a 25 anos
mulheres com idades entre 20 e 24 contabilizam 32% da totalidade de abortos
20% são adolescentes sendo 1,2% raparigas com menos de 15 anos
2. Estado civil
64,4% de todos os abortos são atribuídos a mulheres que nunca se casaram
as mulheres casadas contabilizam 18,4% de todos os abortos e as divorciadas 9,4%
3. Rendimento familiar
Menor de 15.000 € – 28,7%
15.000 € – 29.999 – 19,5%
30.000 € – 59.999 – 38,0%
Acima dos 60,000 – 13,8%
4. Motivos
Violação ou incesto – 1%
Potenciais problemas de saúde (mãe ou feto) – 6%
Razões sociais (i.e. criança não desejada ou inconveniente) – 93%
5. Período de gestação em que o aborto é realizado
Antes da 9ª semana – 52%
9ª e 10º semanas – 25%
11ª e 12ª semanas – 12%
13ª à 15ª semana – 6%
16ª à 20ª semana – 4%
Após a 20ª semana – 1% (aproximadamente 16.450 por ano)
6. Probabilidade de aborto
Estima-se que 43% das mulheres irão realizar pelo menos um aborto antes de atingirem os 45 anos de idade
47% de todos os abortos são realizados em mulheres que já realizaram um aborto previamente
Estatísticas do aborto no Reino Unido
Fonte 1 – Fonte 2
A dura realidade
Mais do que uma em cada cinco gravidezes termina num aborto
36% das gravidezes em mulheres abaixo dos 20 foram interrompidas, número que continua a crescer apesar da disponibilidade de contraceptivos e da “pílula do dia seguinte.”
Durante o ano de 2000, 23% das gravidezes foram interrompidas entre mulheres de todas as idades.
São realizados diariamente cerca de 600 abortos.
Em 2003 atingiu-se um valor recorde com 37.043 abortos em adolescentes entre os 15 e os 19 anos, número superior aos 36.018 abortos realizados por mulheres entre os 25 e os 29 anos.
Faixas etárias: 1.171 abortos foram realizados por jovens com idades abaixo dos 15 anos, 2.796 por jovens de 15 anos, 5.768 por jovens de 16 anos, 8.387 por jovens de 17 anos, 9,765 por jovens de 18 anos e 10.327 por jovens de 19 anos.
Um total de 1.365 abortos foram realizados às 22 semanas de gestação ou após.
Um terço das mulheres que recorreram ao aborto tinham já realizado um previamente.
Oito em cada dez abortos são suportados pelos contribuintes.
De acordo com um movimento pró-vida, milhares de mulheres arrependeram-se da decisão de realizar um aborto.
A confusa realidade
Apesar de alguns defensores do direito à escolha (do aborto) referirem não existir provas reais de que as mulheres estão a utilizar o aborto como método de controlo de natalidade, referem também que muitas das que visitam os seus centros já se submeteram ao procedimento várias vezes. Nestes caos, a explicação baseia-se no fato do acto sexual que levou à gravidez ser fruto de uma situação não premeditada ou planeada, em que nenhum contraceptivo estava disponível. A contradição é tão óbvia que até parece confusa. A verdade parece ser que, nesta realidade específica, o aborto só não é uma alternativa a métodos contraceptivos quando não é necessário. Quando todos os outros falham, ou simplesmente não são utilizados (como em muitos casos), então o aborto entra como a escolha final, difícil é certo para as mulheres, mas ainda assim como substituto a métodos contraceptivos.
No meio deste aparente caos, algumas notícias recentes têm chocado a opinião pública ao referir que pelo menos uma dúzia de bebes foram abortados por terem palatos e/ou lábios leporinos. Este aborto “cosmético”, como é designado, representa uma provável violação à Lei Britânica [ler mais…].
Há também quem refira que o aborto é uma parte essencial do controlo de fertilidade, sem no entanto considerar necessário que as mulheres devam ser informadas sobre os perigos de adiarem a maternidade. Para alguns que acreditam nesta ocultação deliberada da informação, ou que apenas acreditam no direito da mulher à escolha mas não à informação, se a altura não é a indicada para ter um filho, não se pode ir com a gravidez para a frente apenas porque essa poderá ser a última oportunidade que a mulher tem de ser mãe.
Aparentemente, o direito à escolha de abortar em determinado momento, é um valor que deve estar acima de qualquer outro, nomeadamente o do direito à verdade (neste caso a simples informação), o da saúde da mulher e o direito de poder ser mãe.
Estatísticas do aborto na Rússia
Fonte
O legado
A prática comum do aborto induzido durante décadas deixou, neste país, um legado de problemas clínicos significativos. As complicações resultantes do aborto são a causa de morte maternal em mais de uma em cada quatro mulheres. De uma forma geral, 2 em cada 3 mulheres russas que se submetem a um aborto induzido sofrem complicações de saúde resultantes do procedimento em si, o que agrava ainda mais o estado do sistema de saúde deste país.
A prática do aborto induzido tem sido também responsável pelas elevadas taxas de infertilidade secundária, estimando-se que uma em cada dez mulheres fica estéril depois de se submeter a um aborto. Estes números apenas têm diminuído porque a prática do aborto também tem diminuído como conseqüência de uma maior informação e disponibilidade de contraceptivos nos anos mais recentes.
O enquadramento
A Rússia sempre apresentou uma elevada taxa de abortos induzidos, cerca de 3 vezes superior à dos Estados Unidos. A sua taxa é uma das mais elevadas em todo o mundo. Esta tendência elevada de abortos é comum em muitos países comunistas ou pós-comunistas. Estima-se que o Vietname, a Roménia e Cuba tenham taxas de aborto ainda mais elevadas que a Rússia, e a China provavelmente o maior número total de abortos. A prática do aborto foi re-legalizada na Rússia na década de 50 e o desejo de ter famílias pequenas, devido em parte à crescente urbanização, contribuiu para que as taxas de aborto se tornassem muito elevadas. Em 1965 as taxas de aborto tinham já subido para mais de 16 abortos por cada 100 mulheres com idade de ter filhos. Apesar dos esforços de implementação de práticas de contracepção (algumas delas desastrosas), a preferência do aborto face à contracepção chegou até à década de 90.
A agravar esta situação, alguns incentivos ajudaram a manter as taxas de aborto elevadas. Até ao final da década de 80, um aborto legal implicava uma hospitalização de três dias. Para o hospital que recebia do estado em função do número de camas ocupadas, esta prática tornava-se rentável. Ainda hoje, os lucros desta prática são um incentivo para alguns médicos realizarem o aborto em lugar de incentivar a contracepção. (1)
O futuro?
Num livro publicado em 2001 com os resultados de um estudo sobre a tendência da demografia na Rússia, os autores referem que os registros russos indicam que um acesso melhor aos contraceptivos podem ajudar a reduzir as altas taxas de abortos. Esta estratégia irá também levar, segundo o estudo, a uma vida reprodutiva mais estável para as mulheres na Rússia e evitar problemas de morbilidade maternal, mortalidade, e esterilidade secundária resultantes do aborto.
Será a Rússia o único pais onde o aborto tem efeitos nefastos? Serão as conseqüências piores para as mulheres que se submetem ao aborto induzido na Rússia do que o são nos Estados Unidos ou Europa? Ou serão os registros russos mais completos e coretos? (2)