Eucaristia e confissão, armas contra a tentação

Eucaristia e
confissão, armas contra a tentação

 

Uma
grande tentação é não fazer a vontade de Deus
 

Tua Palavra, Senhor, é
mais penetrante que uma espada de dois gumes. Toca-nos, agora, Senhor, para que
Tua Palavra possa trazer a vitória sobre qualquer espírito mau que queira nos
enganar.

Eu acho que todos devem saber o que os romanos faziam quando derrotavam um
império ou um general. O vencedor entrava de forma triunfante em Roma. E em
meio àquela entrada triunfal, o general era aplaudido e louvado. E o general
derrotado era amarrado à carruagem do vencedor. E isso era o máximo de
humilhação para quem que havia sido derrotado.

Se olharmos Colossenses, veremos que São Paulo usa esse mesmo fato para falar
da derrota do inimigo de Deus. Já foi dito várias vezes que o demônio já foi
derrotado. Não precisamos temer nada. É verdade que o maligno é como um leão
que ruge à nossa volta, tentando achar uma brecha e nos devorar. Mas por que
ele continua a entrar nesse campo de batalha, uma vez que já foi derrotado? A
intenção dele é diminuir a força do reinado de Jesus. Satanás continua a tentar
enfraquecer aqueles filhos e filhas de Deus que fazem parte do Reino de Deus. E
a experiência de muitos é esta: “Por que depois que comecei a seguir Jesus
tenho mais tentações, me sinto mais oprimido que antes e tenho mais
crises?”

Muitas pessoas, muitos cristãos, uma vez que tomam a decisão de seguir ao Senhor
pensam que vão ter uma vida mais tranquila. Mas a verdade é o contrário, pois o
demônio não tem interesse em atacar os que não são seguidores de Jesus. O
interesse dele é colocar obstáculos na vida daqueles que decidiram seguir o
Senhor. Os cristãos são as pessoas mais atacadas. Até os santos foram
perseguidos.

Seguir Jesus, num momento de entusiasmo, é
fácil, mas continuar O seguindo nos momentos de sofrimento é difícil. Mas
existe uma coisa, uma técnica que frequentemente o demônio usa para nos atacar:
o desânimo, o desencorajamento
. O inimigo de Deus virá tentá-lo quando você
estiver se sentindo fraco, cheio de medos, com raiva, ansioso e triste. Ele é
como um rato dentro em um duto. Você não o vê. Ele age durante à noite,
esconde-se sem que ninguém o veja. Mas se você derramar uma chaleira de água
quente lá onde ele está, ele vai ter de sair do buraco. Quanto mais louvamos a
Deus, tanto mais o maligno não consegue suportar isso e foge.

O desânimo não vem de Deus, sempre vem do inimigo, daquele que nos faz desistir
de seguir em frente.

Não temos por que temer o diabo, pois
ele já foi derrotado. Ele é que tem de ter medo de você e de mim!
 A razão para isso é simples:
nós somos filhos e filhas de Deus, herdeiros do Reino de Altíssimo. O maligno
tem muita raiva, porque aquilo que foi dado a ele uma vez, agora é dado para
nós. Ele tem raiva e ódio de nós por causa disso. Ele odeia a cada um de nós. E
faz tudo para nos enganar, para que voltemos desencorajados e desanimados. Ele
tenta nos enganar de várias maneiras.

É nosso papel lutar contra essas táticas que inimigo de Deus utiliza para nos
desanimar. Outra tática usada por ele é nos apresentar meias verdades, porque o
demônio é um mentiroso, enganador, trapaceiro. Ele nos apresenta algo que
parece muito bom, quando, na verdade, é muito ruim.

O maligno diz que, por causa dos seus pecados, você não consegue fazer nenhuma
tentativa para ser mais santo. E faz de tudo para que nós saiamos do caminho da
vontade do Senhor. Muitas vezes, nós pensamos que tentações são apenas
relacionadas ao sexo, à raiva, a sentimentos de ódio e vingança. Essas são
grandes tentações. Mas temos de estar atentos a uma grande tentação que é não
fazer a vontade de Deus. Ele ousou tentar Jesus a desobedecer ao Pai, quando O
levou ao alto do monte e mostrou-Lhe as cidades, dizendo-Lhe que elas
pertenciam a Ele.

Irmãos e irmãs, será uma luta até o fim de nossa vida, mas se nós usarmos as
armas certas não precisaremos ter medo nenhum. A primeira arma é a Eucaristia.
O inimigo treme diante do Corpo de Cristo, porque é sinal de humildade,
enquanto ele luta para ter poder. Jesus Cristo quis, por um momento, aniquilar
a Si mesmo, entrando nas espécies do pão e do vinho para ficar perto de nós.
Uma outra arma forte contra o maligno é o sacramento da confissão, que é mais
poderoso do que a própria oração do exorcismo.

Frei Elias Vella