Estados de Vida, o matrimônio
“Cristo quis nascer e crescer no seio da Sagrada família de José e Maria. A Igreja não é outra coisa senão a família de Deus. Desde suas origens, o núcleo da Igreja era em geral constituído por aqueles que ”com toda a casa” se tornavam cristãos. Quando eles se convertiam, desejavam também que “toda a sua casa” fosse salva. Essas famílias que se tornavam cristãs eram redutos de vida cristã num mundo incrédulo”.
…cada homem tenha sua mulher e cada mulher seu marido. Que o marido cumpra seu dever em relação a mulher e igualmente a mulher em relação ao marido. A mulher não dispõe de seu corpo, mas sim o marido. Igualmente o marido não dispõe de seu corpo, mas sim a mulher. Não se recusem um ao outro… (1Cor 7, 2-5)
• A família é Igreja enquanto comunidade de batizados (Efésios 5,32)
• Compêndio 340 – A aliança nupcial de Deus com Israel prepara e prefigura a Aliança nova realizada pelo Filho de Deus com a sua esposa, a Igreja.
• O casal cristão é chamado a ser estrutura sustentadora de uma família capaz de encontrar relações novas
• Atos 11,13-14 – O Espírito Santos batizará toda a sua casa
• Atos 16,16-34 – Extensão da salvação pra família
O Concílio Vaticano II chama a família de Igreja Doméstica porque é no seio da família que os pais são “para os filhos, pela palavra e pelo exemplo os primeiros mestres da fé”.
• O lar é assim a primeira escola de vida cristã e, “uma escola de enriquecimento humano” (GS 52)
• Analogia com as desordens (escolares; sociais; comunitárias e na igreja)
• É preciso ser uma benção e romper com toda maldição
• Deus coloca a nossa frente às duas opções benção e maldição (Dt.11,26)
• O louvor do diabo em nossa casa e por todas as nossas gerações (Tiago 3,10).
• A Salvação de Jesus rompe os laços que nos prendiam as maldições e abrem as comportas do céu, derramando assim chuva de bênçãos sobre nós.
CIC 1669: todo batizado é chamado a ser uma benção e a abençoar.
• A benção é o encontro de Deus com o homem.
• As famílias precisam novamente se encontrar com Deus.
Podemos encontrar dois exemplos claros disto no Livro dos atos dos Apóstolos: o primeiro acontece quando Pedro foi acusado por entrar na casa de incircuncisos e comer com eles, e respondeu á acusação narrando que havia sido enviado por Deus para entrar na casa de um homem pagão, anunciar a boa nova e batizar no Espírito Santo não somente a ele, mas a toda a sua casa.(Cf. At 11,1-18).
O outro exemplo narra a libertação milagrosa de Paulo e Silas da prisão, que acabou na conversão do carcereiro, a quem eles prometeram: “Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e a tua casa”. O carcereiro recebeu o batismo no Espírito e os levou para sua casa, onde lhes ofereceu uma refeição e se alegrou com eles. (Cf. At 16,16-34).
Sacramento do matrimônio
Segundo o Compêndio do Catecismo da Igreja Católica, os sacramentos são “sinais sensíveis e eficazes da graça, instituídos por Cristo e confiados à Igreja, mediante os quais nos é concedida a vida divina” (n. 224). Em que sentido são da Igreja? São “num duplo sentido: enquanto acção da Igreja, que é sacramento da acção de Cristo, e enquanto existem «para ela», ou seja, enquanto edificam a Igreja.” (n. 226). E qual a relação com a fé? “Os sacramentos não apenas supõem a fé como também, através das palavras e elementos rituais, a alimentam, fortificam e exprimem. Ao celebrá-los, a Igreja confessa a fé apostólica. Daí o adágio antigo: «lex orandi, lex credendi», isto é, a Igreja crê no que reza” (n. 228).
Fonte: Cancaonova.com