´O mau exemplo´


“O mau exemplo arrasta também”.


 


Admoesto também e exorto os mesmos frades que, na pregação que fazem, sejam examinadas e castas suas palavras (cfr. Sal 11,7; 17,31), para a utilidade e edificação do povo,
 anunciando-lhes os vícios e as virtudes, a pena e a glória, com brevidade de sermão; porque palavra abreviada fez o Senhor sobre a terra (cfr. Rm 9,28).


(Regra Franciscana Cap. IX dos pregadores)


 


Está em cartaz nos cinemas, um filme baseado em fatos reais aqui do Brasil.


O filme é: “a ultima parada 174”. Dirigido por Bruno Barreto é um drama nacional. Dois jovens de idade muito próxima passam a conviver com freqüência devido à chacina da Candelária.


 


É muito chocante ver a realidade que costumamos julgar de longe, sentados confortavelmente em nossas poltronas, com pipocas, refrigerantes e com ar condicionado. Cenas fortes e chocantes. Trajetórias de uma vida, criação, lutam para sobreviver em meio a um mundo hostil, sem amor nem piedade. Onde manda a lei do mais forte, do poder de fogo, esperteza e desumanidade… A lei da sobrevivência…


 


O mau exemplo arrasta e depois brutaliza o  homem. O caminho de volta é muito difícil. O ser humano que nunca é totalmente brutalizado encontra uma barreira cuase intrasponível de obstáculos à sua volta em “ser um humano normal”.


 


PERGUNTO O QUE É SER NORMAL?


 


Pessoas que julgamos normais e andam tranquialamente pelas ruas:


Fazem abortos, matam crianças indefesas no ventre de suas mães.


Favorecem a distribuição e o trafico de drogas que acabam e destroem milhares de vidas, famílias, sonhos e ideais…


Prometem e enganam o povo com promessas eleitoreiras e enganosas sugando ate a ultima gota de resistência humana.


Pessoas que podem mudar e melhorar muitas realidades de vida, saúde, moradia, dignidade, trabalho, e nada fazem a não será si próprios, enchem seus bolsos com o sangue e suor dos pobres.


Que andam bem vestidas e zombam dos pobres e maltrapilhos, frutos de sua cobiça, omissão e falta de caridade.


Que não perdem uma missa ou um culto e não tem a coragem de levantar um dedo em favor do próximo e só o julga como sem vergonha e preguiçoso sem conhecer sua historia.


 


RECUSO-ME A SER NORMAL, EU QUERO SER HUMANO, CRISTÃO, SANTO…


 


(Frei Ricardo de Maria).


freiricardo@hotmail.com